Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 41

MANU

Dizer a Murilo em voz alta que estou apaixonada, foi libertador e ao mesmo tempo apavorante. Não tenho ideia do que vem a seguir, qual será nosso próximo passo, assumir que estamos juntos envolve tanta coisa que me apavora o pensamento. Todas as formas do nosso relacionamento dar errado me passam na mente, Murilo pode até estar realmente apaixonado por mim, mas e quando ele for embora? Como vai ser ele morando na Espanha e eu no Brasil.

Tenho certeza que vai acabar enjoando de mim, ele é lindo, rico, sexy, sedutor, pode ter a mulher que quiser a seus pés, porque iria querer ficar só comigo? Eu não sou ninguém, sou uma simples secretária, o que eu tenho a oferecer? Meu corpo? um dia ele vai se cansar e serei eu a ficar magoada, esse é um pensamento recorrente no meu dia a dia, o medo é grande, agora com nossas declarações me sinto ainda mais exposta, vulnerável, os braços de Murilo que me prendiam em um abraço apertado se afrouxam, seus olhos buscam os meus.

- No quê estava pensado mi cariño?

Seu dedo desliza suave pelo meu rosto, me fazendo sorrir com o toque delicado e gentil.

- Que estou com fome.

Murilo sorri de forma gentil, beija minha boca e se afasta.

- Então vamos te alimentar.

Seguimos para a cozinha, onde Ariel e Elias conversavam animados ainda comendo pizza, tomando vinho e dando muitas risadas.

- Até que enfim, a pizza vai esfriar. - Elias diz me olhando.

- Deixa de drama!

Respondo dando um beijo no rosto do meu amigo que sorri ao me servir uma fatia de pizza, sentei ao lado de Murilo, comi enquanto conversávamos amenidades até que o assunto tomou um rumo natural de família.

- E seus pais Manu, moram aqui no Rio? - Ariel pergunta.

O pedaço de pizza desce machucando minha garganta, meu sorriso perde a força ao mesmo instante que olho para Elias e ele toma a palavra.

- O pai dela morreu há uns dez anos.

A forma como Elias falou foi natural, tranquila, eu não aceito bem a morte de meu pai, ainda dói muito telo perdido para o câncer em tão pouco tempo, foi uma fase muito difícil da minha vida, tenho a sensação que poderei viver mil anos e a dor da perda do meu pai vai ser tão intensa quanto foi no dia que o enterramos.

- Ah meu Deus! Sinto muito eu não queria ... - Ariel diz com os olhos arregalado e a mão sobre o coração.

- Está tudo bem Ariel, não tinha como você saber.

Respondo com um sorriso amarelo, Murilo segura minha mão, seu polegar desliza sobre meus dedos de forma carinhosa, me dando apoio.

- E sua mãe, ela também morreu? Foi acidente? - Ariel pergunta ainda curioso.

- Ariel, pelo amor de Deus, cala essa boca.

Murilo diz de forma ríspida com a irmã, mas essa parte da história não me incomoda tanto, eu consigo falar sem chorar.

- Tudo bem Murilo, ela está curiosa, você me contou sobre seus pais é justo saber sobre os meus.

Elias me olha de lado, fazendo um leve aceno negativo com a cabeça, sei o que ele não quer que eu fale, mas eu também não teria coragem de qualquer forma de contra.

- Meu pai teve câncer, um tipo bem agressivo no estomago, ele morreu seis meses depois de receber o diagnostico.

- Como ele se chamava? - Ariel pergunta.

- Raul, Raul Gomes Fontes.

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas a saudade é tanta que queima meu peito.

- Desculpa Manu eu não queria te chatear.

- Não tem problema Ariel, eu amava muito meu pai, amo na verdade, nós éramos inseparáveis, íamos até aos jogos da flamengo juntos.

- Eu amava essa parte. - Elias diz sorrindo.

- Você gosta de futebol mi cariño?

- Ela detesta, mas amávamos ir ao Maracanã todos juntos. - Elias responde.

- E sua mãe? - Ariel volta a perguntar.

- Ela está bem, eu acho. Depois que mamãe se casou de novo, nossa convivência ficou difícil, eu sai de casa e acabamos perdendo contato.

De olhos arregalados vejo Ariel me encarar chocada, mas essa foi a forma mais branda de mascarar a verdade sem deixá-los chocados, com quem minha mão era.

- Não consigo imaginar minha vida sem mi mamá.

Sua voz sai baixinha, ela não me olha, suas palavras parecem mais sussurros para si mesma do que qualquer outra coisa. Lembro de um dia pensar que eu não conseguiria perder minha mãe depois que meu pai se foi, que seria demais para mim, ficar sem os dois, mas a vido veio e me mostrou que eu precisava ser forte e seguir em frente sozinha, apesar de toda a dor, eu sobrevivi.

- Na verdade a gente acaba conseguindo. - Respondi.

- E eu seu best, estarei sempre aqui. - Elias diz segurando minha mão.

Murilo não voltou a falar no assunto, em compensação seu olhar me queimava, eu sabia que ele estava me analisando, ouvindo atentamente tudo que era dito.

- Eu sei, por isso te amo tanto. - Digo já sorrindo.

- Também te amo Manuzita. - Ele beija minha mão e sorri.

- Qual a história de vocês?

- Eu conto.

Elias dá um pulo na cadeira eufórico, mordi mais um pedaço da minha pizza e concordei.

- Estávamos na escola, na quinta série eu acho, Manu era tímida ...

- Era? - Murilo pergunta sorrindo.

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