Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 40

MURILO

Batidas na porta tiram minha concentração do relatório importante que acabei de receber do financeiro da matriz em Barcelona.

- Entre.

- Senhor Hernandez, essa é a Olga.

Manu apresenta a mulher que pretendo ter como aliada na descoberta do que está acontecendo na empresa, e eventual queda do diretor financeiro, aquele majadero do Billy.

- Boa tarde Olga.

Levanto para apertar a mão da mulher de meia idade a minha frente, indicando a cadeira para que ela se sente.

- É um prazer Senhor Hernandez.

- Manuela?

- Sim senhor.

Toda vez que ela me chama assim eu fico louco de tesão, doida para pegá-la de jeito aqui nessa mesa outra vez, com ela me assim ou de senhor Hernandez, como ela faz quando está com raiva, posso sentir meu pau começar a ganhar vida nas calças, olho para a senhora a minha frente me obrigando a manter o controle.

- Pode pedir um café para nós?

- Claro.

Minha mulher responde sorrindo, e sai com aquela bunda linda, deliciosa. Assim que a porta se fecha volto a encarar a tal Olga, chegou a hora de descobrir de que lado ela está.

- Manuela é uma moça excelente, gentil e educada, nunca soube que elevou o tom de voz para alguém aqui dentro.

Fico sem entender onde a mulher quer chegar com essa conversa, observo que Olga fala sorrindo sem o menor sarcasmo na voz.

- Manuela desperta os homens a sua volta, além de muito bonita, acho que esse ar de inocência faz com todos a queiram proteger.

- Não estou entende seu comentário.

- Perdoe minha indiscrição, os comentários na empresa são de que vocês estão juntos.

Poucas coisas me surpreendem nessa vida, mas saber que a empresa toda já comenta que estamos juntos me deixa espantado, achei que éramos discretos.

- Não estou julgando senhor Hernandez, todos já vimos os olhares apaixonados que vocês trocam, mas se me permite dizer, tem uma pessoa que não está nada contente com essa situação e pode ser uma pedra no cominho de vocês.

- Billy? - Pergunto já sabendo a resposta.

Olga não responde com palavras, apenas balança a cabeça confirmando.

- Esse é exatamente o tema da nossa conversa, Billy.

Com um sorriso surgindo no rosto e uma sobrancelha arqueada, responde:

- Em que posso lhe ser útil?

- Primeiro quero saber para com quem é sua lealdade?

- Com a Naturalys senhor, sempre.

Cruzo minhas mãos ao mesmo tempo que me recosto na cadeira

- Certo, e o que tem para me contar?

Se acomodando na cadeira de forma mais confortável, Olga começa a falar.

- Sou uma pessoa direta, e como foi o senhor quem me chamou aqui, imagino que já desconfia de alguma coisa, e eu sempre soube que esse dia chegaria. Já faz um tempo eu percebi que as planilhas não batem, na verdade nada na contabilidade bate no final do mês, isso começou a me incomodar, passei a analisar melhor os dados, foi quando questionei o Billy, ele me disse de forma bem clara que se eu não estivesse satisfeita com o gerenciamento dele podia ficar a vontade para procurar outro trabalho.

Ela fez uma pausa, mas eu só a observava, dando espaço para que ela me falasse mais. Olga falava de maneira eloquente, sem rodeios, segura de si, não pareceu estar mentindo.

- Passei a investigar por minha conta, as ordem de compras de vários setores não batem com os valores dos pagamentos, que são sempre em valores maiores e as tentativas de esconder são ridículas. - Diz sorrindo. - O que pode-se esperar de um ser humano tão cheio de si como o Billy?

- Você tem como provar suas acusações, Olga?

- Claro que tenho. - Diz sorrindo. - Guardei todas as provas que achei, tem mais uma coisa que acho que vai deixá-lo aborrecido senhor Hernandez, desconfio que o setor jurídico esteja envolvido, as questões trabalhistas que a empresa sempre tem, como o pagamento de custas,

honorários de sucumbência e indenizações por exemplo triplicaram, o mesmo processo é pago

duas, três vezes.

Irritado pra caralho dou um soco na mesa.

- Carajo!

Levanto passando a mão pelo cabelo puto da vida com Billy, já não bastava o que ele vinha fazendo com minha mulher, descubro que é esse hijo de puta está me roubando.

- Desculpe Olga, você não precisa ouvir isso, mas estou muito irritado com tudo que acabei de descobrir.

- Posso imaginar, o senhor precisa que eu investigue mais?

Olho a mulher, enquanto volto a me sentar.

- Sim Olga, preciso que veja tudo que possa estar errado e me fale, vamos fazer uma varredura

em todos os setores, quero todos que estão de acordo com essa fraude fora!

- O senhor pode contar comigo, nunca concordei com as atitudes do Billy e não posso negar que vai ser prazeroso ver a queda daquele ser presunçoso.

- Obrigado Olga, você vai ser de grande ajuda.

Passamos a tarde em uma reunião, traçando metas pra acabar com esse esquema. Quando me levanto para levá-la até a porta.

- Vamos nos falando.

- Sim senhor, eu aviso qualquer novidade.

Assim que abrimos a porta encontro Ariel e Manu conversando animadas, elas riam e falavam bastante.

Depois do expediente Ariel e eu fomos para casa, tomamos banho e resolvemos ir para casa de Manu, ainda no caminho começamos a conversar.

- Murilo?.

- Hun.

- Quem é o tal do Billy?

Ainda prestando atenção ao GPS para não me perder nas ruas do Rio, aperto o volante com força, sinto toda a raiva voltar a me consumir.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Murilo, o CEO sedutor.