Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 69

ARIEL

Batidas na porta me acordam, abro os olhos não estou no Rio, estou no meu quarto de Barcelona, acho que o fuso horário me deixou meio abobada.

- Entra.

Mamá abre a porta caminha até meu lado da cama, tocando meu rosto de me beijar.

- Bom dia princesa.

- Bom dia mamá.

- Aas meninas chegaram meu amor.

- Que horas são? - Pergunto confusa.

- Quase meio dia.

- Dormi demais.

- É o fuso horário mi nina. Será que ele quer ir com a gente?

Ela pergunta vendo Elias dormindo ao meu lado, pego no ombro dele sacudindo e o chamando.

- O quê foi mulher, onde é o incêndio?

Elias levanta bruscamente nos fazendo rir.

- Mamãe chamou manicure, maquiadora e cabeleireiro, para nos prepararmos para a noite, voce quer ir?

Ele pisca algumas vezes, ainda acordando tadinho.

- E você acha que eu vou perder?

- Então vamos chamar Manu. - Mamá fala.

- Pode deixar que eu chamo, sei bem como vou encontrar os dois.

Tomei um banho de corpo inteiro daqueles que lavam até nossa alma. Vesti um roupão e fui ao quarto de Murilo bati na porta algumas vezes, ninguém respondeu, abro a porta bem devagar olhando pela fresta, não quero ficar traumatiza da com uma cena estranha.

- O que está fazendo Ariel?

Levo a mão ao coração no mesmo instante, olho para trás o filho da puta do meu irmão mais velho está rindo com a mão na barriga.

-Quer me matar Alejandro? - Pergunto dando uns tapas no idiota que só fazia rir.

- A curiosidade mata gatinha.

- Palhaço, só vim chamar a Manu, ninguém respondeu abri a porta.

- Pelo amor de Deus Ariel, se eles estivessem transando.

Arregalo os olhos.

- É claro que pensei nisso por isso abri a porta devagar.

Alejandro empurra a porta do quarto rindo.

- Se eles estivessem transando você saberia do corredor.

Reviro os olhos, entro no quarto, eles estavam dormindo abraçadinhos, coisa mais fofa gente! Vou até o lado onde Manu dormia, toco de leve em seu ombro.

- Manu.

Sussurro perto do seu ouvido, ela se mexe um pouco, toco seu braço chamando outra vez.

- Manu.

- Oi.

Manu responde sonolenta, quando abre os olhos se assusta ao me parada ao seu lado, me fazendo rir ao puxar o lençol.

- Acorda bela adormecida, sua fada madrinha chegou.

- Hum? - Manu pergunta confusa, provavelmente ainda dormindo.

- Toma um banho e me encontra no salão lá em baixo.

- Salão?

- Lá em baixo tem uma salão, te espero lá.

- Tá bom.

Saio do quarto deles em direção ao pequeno espaço que mamãe montou em casa para receber profissionais de beleza, um mini salão para dizer a verdade.

- Vamos ter que colocar mais cadeiras. - Digo vendo mamá fazendo as unhas.

- Já tomou café querida? - Ela pergunta.

Já era tarde quando meu telefone vibra com uma mensagem, era Julia uma outra amiga, não resisti, acabei abrindo a mensagem para ler.

- Oi, já chegou? Estou ansiosa para te ver! Você vai ao baile? - Olhei para as mensagens tentando ver o que tinha de interesse ali por trás. - Ariel???? Você está aí???

- O que esse telefone tanto vibra? - A voz de mamá me tira do mundo de pensamentos.

- Yasmin e Júlia, elas estão querendo saber se eu já cheguei, se vou ao baile.

- E não vai responder mi nina?

- Para que mamá? - Bloqueio a tela, coloco o aparelho sobre a bancada. - Para elas me pedirem carona, ou um vestido emprestado, ou quem sabe para eu conseguir um convite de última hora? Não mesmo, muito obrigada. Esse tempo que passei no Brasil, me ensinou algumas coisas.

Vejo mamãe olhar para Manu e sorrir, sim foi ela, minha cunhada com toda sua simplicidade que me ensinou o que de verdade devemos esperar das pessoas, meu mundo era tão irreal, que chega a ser ridículo como vivi até hoje!

- Que bom hija, que você finalmente abriu os olhos.

- Talvez vocês só precisem conversar Ariel, quem sabe elas realmente se importam com você.

- Duvido Manu, elas só me usaram para conseguir alguma coisa, nem todas admito a Julia nunca foi assim.

- Não fica pensando nisso, você vai ficar chateada e hoje não é dia disso, vamos estar lá com você. - Manu fala sorrindo.

- É uma pena que a Clara não pôde vir. - Comento.

- É sim, ela precisava trabalhar.

- Ainda acho que entre ela e o Alê vai rolar alguma coisa

- Seu irmão? - Manu pergunta surpresa.

- Sei lá, senti uma energia ali.

- Também achei que ela gostou dele. - Manu responde.

- Tinha que ver mãe, ele olhou para ela de uma forma diferente, conheço meu irmão, ele gostou dela e muito.

- E a menina olhou para meu menino?

- A Clara foi meio arredia com ele, mas ela é assim mesmo, um pouco escorregadia.

- Aqueles dois não me enganam, havia desejo ali, dava para ver.

Assim terminamos de nos arrumar, prontas para a grande noite que prometia muitas emoções. Quando me olhei no espelho já vestido, eu pude ver uma nova Ariel, uma que não estava disposta a deixar que ninguém a fizesse de boba, uma nova mulher decidida e cheia de vontades, mas que ainda sentia aquele frio na barriga ao saber que veria Sebastian outra vez.