Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 70

MURILO

Mesmo cansado da viagem, depois do almoço sigo para o escritório com meu pai e meu irmão, para uma reunião sobre como andam as coisas na empresa, assim que entramos papá fecha a porta, ele estava sério, mais do que o seu habitual provavelmente quer saber sobre o andamento da coisas, ou sobre minha briga com o desgraçado do Billy.

- E então?

Ele pergunta ao se sentar na cadeira e cruzar as pernas, sei que ele quer saber sobre a empresa.

- Até agora já apuramos mais de três milhões, só em ações judiciais, fraude nos pagamentos de custas processuais, nos pagamentos de indenizações e mais algumas coisas no setor jurídico. - Alejandro fala.

Vejo papá fechar o punhos de maxilar cerrado, ele estava puto com tudo que vinha acontecendo sem nós darmos conta, não se conformava com os roubos em baixo dos nossos narizes.

- Descobriram os responsáveis? - Ele pergunta.

- No departamento jurídico tem três que participam do esquema de certeza, mas eu

mandaria todos embora, uma maçã podre contamina o resto do cesto. - Alejandro fala.

- O diretor da contabilidade também. - Digo sentindo o gosto amargo do ódio ainda entranhado em meu corpo.

- Billy, o cara que você bateu? - Papá pergunta.

Meus pais não fizeram nenhuma pergunta ao ver meu supercílio um pouco inchado ainda, mas já sem hematomas. Baixo meu olhar e confirmo.

- Tudo bem, e quais foram as consequências desse ato de homem das cavernas filho?

- Nós prestamos queixa antes dele, e até o momento Billy não fez nada, no dia seguinte ele foi trabalhar normalmente. - Alejandro fala.

- Você ainda defende seus irmãos mais novos Alejandro?

Meu irmão coça a nuca sem graça, logo volta a sua postura profissional.

- Só apresentando os fatos papá.

- Já temos provas?

- Temos. - Alejandro responde.

- Assim que chegarem ao Brasil, quero todos na rua. - Um sorriso de satisfação surge em meu rosto, não suporto mais olhar para Billy. - Não quero alardes, só comuniquem a demissão e que não precisa cumprir o aviso prévio.

- Como? Acho que não entendi direito, vamos só manda-los embora?

- Isso mesmo Murilo, só demitam todos, o primeiro que questionar ou arrumar problema, você mostra as provas, ameasse, faça o que quiser, mas essa história não pode vazar.

- Mas eu achei que. ...

- Meu filho, nós vamos fazer como eu estou dizendo, uma demissão em massa já é ruim para a imagem da empresa.

- Papá tem razão hermano, não vamos criar um escândalo desnecessário, só cortar o problema pela raiz.

Passo a mão pelos cabelos, muito puto por não poder colocar Billy atrás das grades que é o lugar que ele merece estar, mas sei que eles estão certo. Deixei minha raiva pelo Billy me cegar, um escândalo desse tamanho pode abalar toda estabilidade da empresa, fazer nossas ações caírem na bolsa, trazendo consequências ainda piores.

- Agora mudando de assunto, sua namorada é bonita. - Meu pai fala.

Mal posso conter meu sorriso, falar de Manu me anima imediatamente, deixando os problemas todos para trás, ela tem o dom de me fazer esquecer tudo.

- É sim, e inteligente, trabalhadora, meiga e tudo mais. - Respondo animado.

- Ah porra, mais está de quatro mesmo! - Alejandro fala rindo feito um idiota.

- Olha esse linguajar Alejandro!

Papá fala olhando de lado para Alejandro com um ar de sorriso.

- Desculpa papá.

- Pode fala. Estou apaixonado como nunca estive. - Respondo muito sincero.

- Você sabe que vamos encontrar os Gonzales hoje a noite.

O comentário de papá me surpreende, apesar de Alejandro já ter comentado comigo algo sobre um mal entendido, nunca houve nada entre Andezza e eu, nada além de umas poucas fodas sem compromisso, claro.

- Não tenho nada a esconder, então não vejo problemas em encontrá-los.

- Não sei se seu irmão te contou, acontece que Andrezza andou comentando que vocês estão namorando.

Olho para os dois sem acreditar no que estou ouvindo, por um momento achei que Alejandro estava de brincadeira comigo, mas agora ouvindo do meu pai a mesma história, pude perceber que ela enlouqueceu de vez.

- Isso é algum tipo de brincadeira? - Pergunto sério, todo ar de brincadeira morreu ali.

- Não hijo, gostaria que fosse.

- Que bom, porque eu também gosto.

Beijo sua testa com carinho antes de sair em direção ao meu antigo quarto. Quando empurro a porta aberta, vejo Manuela que está distraída segurando uma foto minha, sorrindo enquanto a observa.

- Gostou do modelo?

Me olhando por cima do ombro ela sorri, antes de responder.

- Muito.

- Vou ficar com ciúmes.

Enquanto ela coloca a foto no lugar, me aproximo a abraçando por trás, aquele cheiro doce de bala, baunilha e cereja invadem meus sentidos, fecho os olhos antes de beijar seu pescoço, ela se arrepia no mesmo instante, colando seu corpo ao meu.

- Não precisa sentir ciúmes, eu só penso em você amor.

Sem se dar conta do que estava dizendo ela me chama de amor pela primeira vez, senti meu coração errar uma batida, estou tão fodido, como diz Alejandro um idiota apaixonado. Giro Manuela em meus braços, observando seus olhos castanhos tão intensos.

- Como é?

Posso ver a confusão em seu olhar, que se foda tudo, não estou disposto deixar nada nesse mundo me afastar dessa mulher, da minha mulher!

- Eu só penso em você.

- E o que mais Manu?

Pergunto tentando entender o que realmente sentimos, o quanto esse amor, um sentimento tão novo para mim, representa para nós dois. Um sorriso lindo toma conta do seu rosto no instante que ela entende o que eu preciso ouvir de novo.

- Amor?

Segurando sua cintura, puxo seu corpo contra o meu antes de devorar sua boca em um beijo faminto, Manu se tornou minha fonte de ar, minha religião, meu universo inteiro. Segurando sua bunda redonda, empinada, durinha, perfeita, tento trazê-la ainda mais para junto de mim, meu pau já estava duro feito pedra, latejando de desejo por ela, é sempre assim basta estar perto

de Manu para que eu fique duro, ela sorri fico duro, ela me olha fico duro, é difícil trabalhar assim, o dia todo com Manu pertinho de mim, cada vez que ela entra na porra da minha sala tenho vontade de jogá-la naquela mesa e repetir a nossa foda ali.

- Eu amo você Manu.

Com nossos lábios colados digo a ela o que nunca uma mulher ouviu de minha boca, eu amo Manuela, o que sinto por ela nunca senti por mulher nenhuma, ela é única. Não estou mentindo nunca nenhuma mulher me despertou o turbilhão de emoções que Manu me faz sentir.

- Também te amo.