Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 81

MURILO

Observo a mulher que domina meus pensamentos usando apenas calcinha e sutiã, colocar um pouco de creme nas mãos e espalhar pelo corpo, aquele cheiro de bala invade meu banheiro, fecho o registro, pego a toalha para secar, ainda pelo espelho vejo quando ela passa um pouco de protetor solar no rosto.

Abraço Manu por trás sentindo o cheiro de seus cabelos, ela sorri ao nos observar pelo reflexo do espelho.

- Amo seu sorriso.

Sua mão toca meu rosto, um gesto delicado e carinhoso.

- E eu amo você!

Beijo seu pescoço, ela se arrepia.

- Nunca imagine que dividir minha intimidade com alguém fosse ser tão bom.

Digo sinceramente, nunca me ocorreu que ter uma mulher tão perto fosse ser algo que eu iria gostar.

- Nem sempre é Murilo, a intimidade nos aproxima ou nos afasta, muitas vezes pequenos gestos como deixar um creme na pia pode incomodar o outro.

Os olhos de Manu se perdem em nosso reflexo, senti uma bola de ferro descer por minha garganta, sei exatamente do que ela está falando, ou melhor, de quem ela está falando.

Sem ter o que falar me afasto, indo até o closet pegar uma roupa para vestir, quando ela passa o perfume, sinto aquele leve cheiro adocicado invadindo meu olfato, uma mistura delicada de chocolate e baunilha, algumas notas de limão siciliano, o cheiro me deixa louco desde a primeira vez que o senti naquela boate.

Talvez meus sentimentos por Manuela tenham começado exatamente ali, lembro de estar entediado no meio daquela multidão, eu já tinha conversado com alguma mulheres, nenhuma havia despertado o meu interesse, foi quando a vi, entrando na boate, seu sorriso me encantou no mesmo instante, eu a desejei, a quis para mim!

- Está linda, mi cariño.

- Não tanto como você.

Manu segura minha blusa pela gola, me puxando ao seu encontro para um beijo.

- Você ganha disparada!

Ela sorri e revira os olhos, pego em sua mão, descemos as escadas em direção a cozinha onde costumamos tomar o café da manhã, a conversa estava animada por lá.

- Ariel já estava aqui querendo subir. - Elias fala assim que nos vê. - Ela achou que vocês tinham

voltado a dormir.

- Bem que eu queria dormir mais mesmo. - Manu responde.

Observo seu rosto lindo, um sorrisinho de lado surge em mim, porque dormir seria a última coisa que faríamos naquela cama!

- Hurum sei. - Ariel fala sarcástica, desvantagens de ela morar comigo, aprendeu o que fazemos todas as manhãs.

- Ariel! - Mamá arregala os olhos, repreendendo minha irmã.

- Eu não falei nada mãe. - Ariel se defende.

- Vocês vão sair? - Minha mãe pergunta me olhando.

- Sí mamá.

- E voltam para almoçar?

- Eu e Manu não, só vamos voltar no fim da tarde.

- Vou continuar trabalhando na empresa e quero estudar.

Meus pais olham para ela chocados, era tudo que eles sempre pediram que ela fizesse, e agora ela queria por vontade própria.

- Você está disposta a isso mesmo Ariel?

- Estou sim, mãe. Como já conversamos quero dar inicio a minha vida sozinha, ter rumo, um propósito, vou começar estudando e trabalhando, assumindo minhas responsabilidades.

- E precisava ser no Brasil, Ariel? - Mamá parecia mais magoa do que triste.

Minha irmã olha para nossa māe, posso entender perfeitamente, ela quer distância de tudo aqui, de tudo que a lembre quem ela foi um dia.

- Precisa mamá.

- Muito bem, eu aprovo. - Meu pai se pronuncia.

- Certo, então sou voto vencido.

Ariel levanta e se senta no colo de mamá, me lembrando de quando ela era pequena e vinha chorando porque tinha caído no jardim correndo atrás de mim ou de Alejandro. Ariel entrelaça seus braços no pescoço de nossa mãe.

- Sem drama mãezinha, vai ser bom, a senhora vai ver.

Com um olhar sereno e carinhoso , mamá beija o rosto de minha caçula.

- Eu sei meu amor, mas você é meu bebê, todos são.

Ela nos olha com amor, deixando claro o quanto somos importantes em sua vida, instintivamente busco a mão de Manuela, quero que ela saiba que agora eu serei tudo que ela precisa.