MURILO
Seguimos de carro até o Centro de Barcelona, vamos para o Barri Gòtic (bairro gótico), a parte mais antiga da cidade, o estilo medieval invade as ruas da cidade, em meio a cafeterias e restaurantes.
São ruas estreitas com casas feitas de tijolos parecidos com pedras, tudo muito gótico, por isso o nome do bairro, a sensação de voltar no tempo nos invade assim que começamos a observar o lugar.
- Nossa é lindo. - Manu gira olhando tudo em volta. - Parece um labirinto.
É engraçado como o fato de eu estar tão acostumado a paisagem que não vejo mais a beleza exótica do lugar , já perdi as contas de quantas vezes passei por aqui sem me dar conta da arquitetura surpreendente dos prédios antigos.
- Sí mi cariño.
Estamos em meio a ruas e vielas, as ruas são estreitas com feiras, bares, restaurantes e a arquitetura totalmente peculiar, Manu parece uma criança dentro de uma loja de brinquedos, ela olha tudo a sua volta com um sorriso enorme em seu rosto.
- Aquilo é uma feira? - Ela pergunta animada, apontando para algum ponto a nossa frente.
- É sim, "la Boqueria".
- Vamos até lá, por favor!
Manu sai me puxando pela mão, a sigo rindo. Quando foi que imaginei em toda minha vida estar em pleno domingo passeando de mãos dadas com uma mulher pelo centro de Barcelona? A resposta é nunca! Se isso me faz feliz? Sim, como nunca imaginei que pudesse fazer!
Estou disposto tudo por ela, com ela, não tenho medo dos meus sentimentos por Manuela, sinto dentro do meu coração que nós dois somos certos em tantos sentidos que não tem como nada dar errado.
Meu pensamento são interrompidos pelas muitas pessoas passam por nós carregando caixas de frutas e verduras sem parar, há barracas de tudo que se pode imaginar até que paramos em uma de balas, sim você não leu errado Manu quis comprar doces!
- Gominolas?
- O quê? - Manu pergunta confusa.
- Gominolas. - Respondo apontando para as balas.
- Jujuba?
Ri da forma como falou, a palavra soava de forma estranha. Manu se divertia entre as barracas comprando as coisa mais bobas possíveis, eu me divertia vendo aquele sorriso fácil.
No horário do almoço, escolhi o Louro um restaurante no centro que eu particularmente gosto muito, Ariel e Elias não demoraram para aparecer.
- O que vamos pedir? - Elias pergunta.
- Algo bem típico daqui, que não encontramos no Brasil. - Manu fala abrindo o cardápio.
- Gostei Manuzita. - Elias concorda.
- Que tal bomba de lá barceloneta? - Sugeri.
- Essa bomba é típica da cidade um dos melhores tapas. - Ariel comenta.
- Tapas? - Elias pergunta confuso.
Não consigo disfarçar a risada.
- Si, no Brasil se diz tira gosto, petisco.
Pedimos as entradas e um vinho, assim que somo servidos Manu comenta:
- Parece bom.
- É uma batata recheada com carne moída, o molho que é um pouco picante. - Ariel comenta.
O almoço foi tranquilo entre muitas risadas, comentários sobre a noite de ontem e os seus participantes, graças a Deus o assunto Andrezza ficou esquecido, depois que terminamos seguimos os quatro andando pelas ruas, passamos por alguns lugares bem interessantes como a catedral de Barcelona.
- Estou cansada. - Manu reclama ao descer do carro.
- Nem me fale, andei feito noticia ruim! - Elias brinca.
Já era final do dia quando chegamos a casa dos meus pais, entramos pela porta da frente conversando animados.
- Adorei o mercado. - Elias fala animado mostrando um monte de sacolas.
- Claro que amou, comprou um monte de bobeiras.
- Não são bobeiras Ariel.
- Falou a pessoa que gominolas. - Falo beijando seu rosto.
Vejo o sorriso no rosto de Manu se apagar no instante que a solto, olho em direção ao ponto na sala que agora prendia a atenção dela, seu corpo trava no mesmo instante, sua mão se solta da minha, Andrezza está sentada em um dos sofás da sala, com um sorriso de lado, minha mãe ao seu lado totalmente sem graça, meu pensamento é o que ela faz aqui?
Seguro firme a mão de Manuela, ela me olha de lado e o vazio ali me deixou triste, será que estamos regredindo em nossa relação? Depois de tudo ela não confia em mim?
- O quê ela faz aqui? - Manu pergunta em um fio de voz.
Seguro seu rosto para que ela me encarre olhando em meus olhos.
- Não sei mi amor, essa mulher só pode estar louca.
Manu volta a olhar na direção que Andrezza está, sem pensar muito dou passos certeiros até o local, seguro firme a mão de Manu, ela tenta se soltar, mas essa não é uma opção.
- Filho. - Minha mãe fala extremamente sem graça olhando para Manu.
- O quê você faz aqui Andrezza?
Pergunto sem a menor cerimônia, ela me olha com um sorrisinho de lado, parece querer mostrar a Manu que é um costume ela estar na casa dos meus pais, o que é uma enorme mentira, já que nem meu apartamento ela frequentou, as vezes que ficamos foi na casa dela.
- Agora você fala assim comigo Murilo? - Andrezza questiona debochada.
Seu tom de voz era debochado e seu olhar para Manuela desafiador, intimidador, mas com ela não, não vou aceitar essa merda dentro da minha casa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Murilo, o CEO sedutor.
Muito bom o romance. Onde está a continuação com as histórias de Alejandro e Maria Clara, Elias e Ariel? Estou empolgada para ler....
Nossa, que delicia de romance. Desses que enche o coração de encanto e paixão. Não tem desgraças de perseguições e separações como os dramas chineses. Mas paixão, sedução, sexo e muito amor. Cheio de aventuras tb. Muito bom. Parabéns à autora. Ansiosa pela história do Arthur a seguir....
Ótima história! Muito legal acompanhar o amadurecimento dos personagens...
Maravilhoso amei a história e perfeita do início ao fim, sem fugir do contexto inicial. Parabéns super índico a leitura....