Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 97

MURILO

Todos os sentimentos que estavam guardados dentro de mim explodiram no momento que a vi parada na porta ao lado de Boris, ansiedade, medo, amor, raiva, preocupação, tudo o mais que se possa sentir.

Ando a passos largos até Manuela, abraço seu pequeno e frágil corpo com força, todo medo que senti de perde-la se transformando em um choro compulsivo, meu e dela.

- Você está bem meu amor? - Pergunto entre lágrimas.

Seguro seu rosto entre as mãos e a observo, um medo filho da puta de que ela possa estar machucada me invade.

- Te machucaram?

Manu sorri timidamente segurando minhas mãos, ficando na ponta dos pés, beija meus lábios.

- Eu estou bem, só um pouco assustada.

Volto a abraça-la, tentando agora acalmar meu coração. Demorará tempo demais para que eu me acalme e entenda que ela finalmente está segura.

- Obrigado Boris, nunca te agradecerei o suficiente.

Ainda estamos parados perto da porta, Elias e todos os outros se aproximam querendo abraçá-la, saber como está, todos estamos em um misto louco de emoções, Manu sorri olhando para Elias, seus olhos brilham pelas lágrimas contidas, quando os dois se abraçam eles choram, um choro alto e sofrido, Elias beija Manu, abraça, sorri e chora, minha mulher por sua vez apenas sente o que o amigo oferece.

- Meu amor, eu fiquei com tanto medo de te perder. - Elias a abraça e chora compulsivamente, Manu faz o mesmo.

- Achei que nunca mais veria você. - Ela se afasta um pouco e nos olha. - Todos vocês.

Elias faz sinal para que Clara se aproxime.

- Sempre soube que você voltaria, amiga. - Clara fala entre soluços.

Conversamos um pouco, logo Manu comeu, tomou um banho, foi examinada por um médico para ver seus tornozelos feridos, e foi dormir.

NA MANHÃ SEGUINTE

Não sei dizer a quanto tempo estou acordado só vendo Manu dormir, por mais que eu finalmente tenha conseguido relaxar e dormir ao lado dela, não consegui por muito tempo.

A observo em silencio, sem me mover para não acordá-la, desejando que agora tudo fique bem. Minha vontade é de abraçá-la e dizer que a amo, soaria tão repetitivo, mais um "te amo", mais um carinho nos cabelos, um cheiro no pescoço, até mesmo os beijos, por agora só o silêncio me bastava. Olhar seu rosto angelical, sua mão jogada por cima dos cabelos, a boca entreaberta, mesmo calado ali só a observando, eu a amava e muito. Ela se remexe na cama abrindo os olhos.

- Oi.

Sua voz sonolenta invade meus sentidos, porra como eu senti falta disso, como poderia viver sem isso? Como pude viver viver antes dela?

Esse olhar, o sorriso, até seu lindo bafo matinal, Deus eu amo demais essa mulher, e não há nada que eu não faria para protegê-la do mundo.

- Oi mi amor.

Ficamos deitados de frente um para o outro nos observando em silencio, até que ela toca meu rosto e eu o dela, fecho meus olhos com a sensação.

- Você iria pagar tudo aquilo por mim?

- Muito mais se tivessem me pedido.

Manu estreita os olhos para em seguida desviar o olhar, se virando na cama encara o

teto pensativa.

- O que foi? - Pergunto beijando seu rosto.

- Nada. - Ela volta a se virar para mim. - Nunca tinha parado para pensar em como nossa vida é frágil, eu sempre pensei que morreria velha sabe, casada, com filhos, netos, essas coisas normais na vida da gente. - Manu suspira voltando a olhar o teto. - No momento que fui levada do estacionamento, eu soube que poderia morrer a qualquer momento, antes de completar trinta anos. Eu senti medo.

Pego sua mão, entrelaço nossos dedos, ela se vira para mim.

- Eu sei mi amor, também senti. - Toco seu rosto com cuidado, preciso dizer a ela como me sinto, os sentimentos estão me sufocando. - Eu não poderia viver sem você Manuela. Esses dias que passei sem você foram um inferno, me senti um zumbi, não comi direito, não trabalhei, eu só conseguia pensar em você meu amor.

Deslizo meu polegar sobre seu lábio inferior, ela fecha os olhos e suspira, em seguida se aninha em meu peito.