Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 96

MANU

Me encolhi no canto do quanto do quarto, quando ouvi o barulho de carros se aproximando e em seguida vozes, muitas vozes. Tentei me proteger, não sei o que está acontecendo ao certo, mas tenho a sensação de estar em perigo, ainda mais.

Tudo acontece muito rápido ao mesmo tempo que se dá em câmera lenta. A porta do quartinho se abre repentinamente, quase que em um estouro, o que me assusta pra caramba. Minha reação imediata foi a de proteger minha cabeça.

- Vamos princesa.

O homem mascarado surge a minha frente apressado, ele desprende a corrente da parede, segura minha minha mão me puxando para segui-lo, sinto minha cabeça girar, dou um passo para trás cambaleando. Tenho dificuldade em andar rápido, arrasto as correntes pesadas, enquanto o mascarado me puxa bruscamente para que eu não fique para trás, o que me faz cair duas vezes.

- Rápido princesa, precisamos ir!

- Se tirar a corrente eu consigo ir mais rápido. - Argumento.

- Não dá tempo, precisamos sair daqui agora.

Ele fala me puxando pela pequena sala. Não entendo para onde estamos indo, achei que iria tomar banho e depois café da manhã. A porta da frente se abre em um estouro me assustando e como em uma cena de filme de ação, vários policiais armados mirando em nossa direção, surgem gritando "parados".

Congelada no lugar não consigo dar mais nenhum passo, o medo e a adrenalina percorrendo todo meu corpo, me fazendo tremer. Olho assustada um homem tomar a frente.

- Você está cercado. - O homem tinha um sotaque carregado no "r", diria que é russo.

- Não vou me entregar tão fácil.

Meu sequestrador me abraça, colocando me corpo a sua frente como um escudo de proteção, sinto o cano frio da uma arma encostar na lateral da minha cabeça. Por instinto fecho meus olhos, as imagens de Murilo, Elias, clara e Ariel aparecem a minha frente, temo que nunca mais os veja novamente, sinto minhas lágrimas caírem.

Até esse momento eu nunca tinha parado para pensar no quanto nossa vida é findável, afinal somos todos mortais, claro que todos iremos morrer um dia é o ciclo natural da vida, mas nunca pensei que pudesse morrer tão jovem. Eu queria me formar, trabalhar na minha área, me casar um dia e quem sabe ter um filho, e nada disso vai acontecer, vou morrer aqui nesse fim de mundo.

- Sabe quais são suas chances? - O homem de sotaque carregado fala.

- Eu sei sim. - O mascarado fala enquanto roça seu rosto no meu. - Mas se eu morrer, ela morre também.

O medo me faz chorar cada vez mais, ele não parece ter nada a perder, mas eu tenho e muito. Minha vida está começando a entrar nos trilhos, tudo está melhorando e agora vai acabar.

- Que tal você se entregar e ninguém morrer? - O homem de sotaque carregado está tentando negociar.

- Acho que não. Tenho uma ideia melhor, eu saio daqui com a princesinha e ainda recebo meu dinheiro.

O homem alto, de olhos claros, aparento ter pouco mais de cinquenta anos, faz um sinal de negação com a cabeça enquanto sorri.

- Todos os seus comparsas já estão sendo presos nesse instante, os do Brasil e o da Espanha.

A informação me pega de surpresa, alguém da Espanha se juntou com alguém no Brasil para me sequestrar? A fala de Andrezza naquela tarde me vem a cabeça, afasto esse pensamento, tentando me concentrar no que está acontecendo agora.

Sinto a respiração do homem atrás de mim mudar, seus braços se afrouxam para em seguida ele me empurrar.

- Vai princesa.

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