Resumo de Capítulo 10 – Uma virada em Namoro de Aluguel de Ana Franco
Capítulo 10 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Namoro de Aluguel, escrito por Ana Franco. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
- Sim amor, estamos bem. Carolyne está dormindo e eu acho que ouvi o chuveiro ligando, então a Lana deve ter acordado e está tomando.... Ah! Era ela sim. Acaba de sentar aqui do meu lado.
- Diga que mandei um beijo. - Sussurrou Lana para seu irmão enchendo uma xícara com café preto.
- July manda outro e está reclamando que não lhe vê desde o nosso casamento. Ela disse que está ansiosa para lhe ver de novo. - Disse ao ver sua irmã resmungar algo inaudível. - Amor, tenho que ir, nos falamos mais tarde. Também te amo e diga ao Michael quando ele acordar que vá direto para o banho antes de tomar café. Bom dia! - Falou seu irmão beijando sua irmã carinhosamente no rosto.
- Como a July está? - Perguntou tomando seu café.
- Está ótima. Essa segunda gravidez está mais tranquila. Parece que depois do primeiro filho todos os mitos viram lendas. Não vai comer? - Indagou seu irmão preocupado.
- Não estou com fome mamãe. - Respondeu irônica.
- Lana, precisa se alimentar, desde ontem...
- Depois comerei alguma coisa Gael. Então, porque mandou Michael tomar banho antes de tomar café? Ele não é grandinho para saber disso? – Indagou mudando de assunto.
- O Michael agora está dando uma de jogador de futebol e fica nos enrolando até tarde sem tomar banho as vezes fingindo que tomou e acaba dormindo todo sujo. E ontem pelo que a July falou ele fez isso de novo, então avisei que café da manhã só depois de tomar banho. Não quero criar um porquinho na família.
- Hnnn. - Suspirou Lana ficando em silêncio.
- Dormiu bem? - Perguntou seu irmão puxando assunto.
- Eu apaguei. - Disse esticando as pernas para a cadeira em sua frente. - E você? Como foi dormir comigo depois de tanto tempo?
- Hora não foi tão ruim assim... - Disse vendo sua irmã fazer uma careta. - Pelo menos não ronca mais. - Disse se esquivando de um pãozinho.
- Hei, eu nunca ronquei. - Disse fazendo seu irmão rir.
- Mas, ainda bate que é uma maravilha. Bom soco aliás. – Respondeu comendo um pedaço de pão.
- Há Há. Tive um bom professor. – Disse sorrindo para seu irmão.
- A Carol pelo visto ainda vai dormir um tempão. - Falou tentando manter uma conversa com sua irmã.- Será que ela conseguiu dá conta ontem de tudo sozinha?
- Você lembra do Phil? - Indagou Lana de repente.
- Phil? - Indagou forçando a memória.
- Sim, Phil... Philipe, da faculdade em Atlanta. Meu amigo.
- Ah! Sim, claro. O garoto que quase soquei a cara também quando descobri o que aquele babaca, como era o nome dele mesmo? - Questionou esquecido.
- Edgar. - Disse com um sabor amargo.
- Isso, quando soquei o Edgar até cansar. - Falou contente consigo mesmo.
- Você achou que o Phil estava tentando se aproveitar de mim também. - Comentou Lana saudosa.
- Ele era um bom garoto.
- Eu perdi a virgindade com o Phil. - Falou fazendo seu irmão engasgar.
- Sabe, você não precisava ter me contado isso. Não quero ter em minha mente a imagem da minha irmãzinha transando com ninguém.
- Pelo amor de Deus Gael... - Falou lhe entregando um guardanapo.
- Então, eu devia ter socado a cara dele também, eu estava certo. - Disse se limpando.
- Lana... - Gael suspirou tocando em sua mão.
- Nós ficamos tão amigos depois daquilo tudo. E quando indaguei mais uma vez porque ele me ajudara, ele confessou que era apaixonado por mim desde que tinha entrado na faculdade, que tinha sido amor à primeira vista, mas sempre guardara aquele sentimento para si mesmo. Depois ele me contou que estava doente, que sempre estivera. Pensou que o câncer não voltaria, mas ele voltara e que os médicos disseram que ele tinha pouco menos de seis meses de vida, ele queria passar o resto do seu tempo sem perder a oportunidade de ser feliz, então ele perguntou se eu queria acompanha-lo na sua aventura. Você lembra?
- Foi quando você trancou sua faculdade antes de começar o segundo período não foi? - Indagou Gael. - Lembro de ter ficado maluco com você, mas a mamãe interferiu dizendo para você seguir seu coração. E só por isso concordei.
- E, é claro com a minha palavra de que que eu voltaria seis meses depois e retomaria os estudos. – Completou saudosa. - Foram os quatro meses mais felizes das nossas vidas. Fizemos mochila pelo Brasil, concordamos que iríamos fazer todo o litoral, faltava tão pouco Gael. Conhecemos pessoas maravilhosas, comidas e bebidas diferentes, trabalhamos de graça... Ele me fazia rir de tudo. Então, numa manhã quando estávamos começando as praias do Sul em Florianópolis, ele passou mal. Ligamos paro seu pai que mandou um jatinho imediatamente para busca-lo.
- Lana, eu sinto muito.
- Quando voltamos ele pediu para ficar internado em casa, então os pais providenciaram tudo, os melhores médicos, os mais caros e é lógico os maiores especialistas, mas nós dois sabíamos que era tarde demais. O Phil sabia que não resistira a mais um tratamento e que só tinha pedido tudo aquilo para acalmar seus pais. Ele dizia que havia fracassado, então desistiu de lutar.
- Às vezes saber perder não é um fracasso Lana. Talvez ele só quisesse terminar sua luta bem. Em paz. Com honra. - Disse confortando sua irmã.
- Eu fiquei com ele todos os dias, o Phil pediu para eu ir para casa e retomar a faculdade, mas eu não consegui. - Disse limpando as lágrimas. - Um dia ele me acordou de madrugada, estava bem, animado, feliz e parecia saudável. Na verdade, ele estava ansioso, tinha até feito a barba, tomado banho. Dissera que seus pais não podiam ouvir nós dois e que eu tinha que fazer silêncio porque queria fazer comigo uma última aventura. Eu indaguei se não era perigoso e ele disse que não sairiam da mansão. Então, eu concordei. Atravessamos o jardim e entramos na pequena estufa da sua mãe. Ele prepara tudo, percebi assim que entrei na estufa. Havia música no local, tocava Deixo de uma cantora chamada Ivete Sangalo - Disse vendo seu irmão franzir a testa sem saber de quem se tratava. - Eu nunca vou esquecer porque foi quando conhecemos João Pessoa e fomos a um show dela por lá e o Phil criou coragem e roubou um beijo tímido de mim, escutamos por dias essa música cantando com um português desajeitado, mas entendo a profundidade de cada letra dita naquela canção e o Phil também entendia, acho que no fundo ele sempre soube que nossa aventura estava chegando ao fim. Naquele momento eu entendi que o que o Phil queria era sentir-se amado não apenas como um amigo, mas por um momento ele queria ser apenas um homem e por Deus, eu o enxerguei, eu o enxerguei e sabia que não o teria comigo para sempre. Ele estava dizendo adeus ao colocar aquela música de novo. Então, me aproximei dele...
Dez anos atrás...
- Lana, eu te amo. Sei que posso está estragando nossa amizade e que é muito egoísmo ter pedido para você ir comigo nessa aventura maluca de conhecer as praias, mas eu queria saber se você podia.... Se você...
- Shiii, está tudo bem. - Eu sussurrei. - Também vou te amar para sempre. - Disse o beijando em seguida.
- Lana...
- Fizemos amor naquela noite. E dois dias depois o Phil partiu. - Eu nunca tive isso com o Gregory, agora eu sei.
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