Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 20

Ela era artesã, com uma força nas mãos nada comum, e em um único puxão, arrancou vários dos seus cabelos.

Vitória já não tinha muitos cabelos, precisava até de encher o couro cabeludo com apliques, e agora, ao ver que tinha perdido ainda mais dos seus verdadeiros cabelos, estava prestes a enlouquecer.

Ela não se importou com as consequências, gritou para seus companheiros, "Batam nela, matem essa desgraçada."

Uma multidão de pessoas se aproximou.

Paloma foi empurrada contra a mesa e, apesar de não ter doído muito, ela começou a suar frio.

Olhando para as pessoas que se inclinavam, ela não percebeu a diferença e pegou a garrafa para derrubá-la.

Seu pulso foi agarrado, e ela ouviu a voz fria de um homem, "Bater em outros não pode, mas nos seus parece que tem força, hein?"

Era Fausto, era mesmo ele!

Nesse momento, Paloma não pôde se preocupar com o conflito que tiveram durante o dia, e implorou que ele fosse ajudar Célia e tio Paulo, que estavam sendo cercados.

Fausto soltou uma baforada de fumaça e disse, "Quem você pensa que é para me dar ordens?"

Paloma hesitou, "Somos casados."

"Casados? Estamos prestes a nos divorciar."

Paloma viu Célia sendo segurada e rasgando suas roupas, ela estava tão ansiosa que estava prestes a chorar. "Nós ainda não estamos divorciados?"

"Não nos divorciamos? Então por que quando chego em casa não vejo minha esposa?"

Nesse momento, Paloma percebeu que ele estava apenas brincando com ela, e decidiu agir por conta própria.

O homem segurou seu pulso: "Não me importa se você quer se matar, mas sua irmã também não vai sobreviver."

Ela, com lágrimas na voz, perguntou, "Então o que você quer que eu faça?"

Ele tirou uma caixa de remédios do bolso, "Me diga, o que é isso?"

Paloma nem sequer tinha pensado nisso, seus olhos estavam fixos em Célia, "Não está escrito aí? Você não pode ler?"

"Pílulas anticoncepcionais, você fugiu de casa para ir ao hospital para obter uma receita de pílulas anticoncepcionais, Paloma, com quem você passou a noite passada, com aquele velho asqueroso?"

Paloma se assustou e abraçou o pescoço dele.

Enquanto caminhava para o banheiro, ele ordenou a alguém atrás dele, "João, cuide desse lixo para mim."

João, surpreso por estar envolvido, franziu a testa em desgosto, "E você?"

Fausto olhou para a mulher que lutava em seus braços, "Vou cuidar de uma mulher desobediente."

Ouvindo os gritos atrás dela, Paloma lutou, "Me coloque no chão."

Fausto a colocou em cima da pia e chutou a porta.

Paloma, vendo o homem se aproximando, com olhos cheios de pânico, colocou as mãos em seu peito, "Fausto, o que você vai fazer?"

O homem, como se não a ouvisse, sussurrou em seu ouvido com uma voz baixa e profunda, "Já que você insiste em seduzir, vou satisfazê-la."

Ele puxou a camisa dela e a tirou diretamente dos ombros.

Seus lábios frios e finos beijaram e morderam a pele exposta, descendo—