Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 21

“Não se mexa, polícia! Operação contra a prostituição.”

Quando vários policiais invadiram o local, Paloma já estava com a roupa pela metade.

Fausto a abraçou forte e rosnou para os que estavam atrás dele, “Vão embora.”

Talvez por causa da sua presença imponente, os policiais não avançaram. “Vocês dois, se vistam e saiam.”

Foi então que Paloma, nos braços de Fausto, de repente levantou a cabeça, e seu cabelo estava todo desarrumado. “Socorro, ele me forçou!”

Fausto: ...

Esse era o trunfo de Paloma. Ela havia visto Vitória fazendo a ligação para denunciar, e sabia que se conseguisse atrasar até a chegada da polícia, estaria salva. No entanto, ela não esperava encontrar Fausto ali, presa entre a espada e a parede.

Ele, sendo seu marido ainda não divorciado, não deveria ter intervindo diretamente? Mas ao invés disso, ainda a colocava em uma situação difícil. Bem, ela iria fazer com que ele experimentasse essa sensação de desconforto.

A polícia saiu com um bom resultado.

Envolveram-se em brigas, lascívia e forçamento.

A pequena delegacia estava superlotada, senhores e senhoras gritavam, e não demorou muito para que os advogados do escritório de advocacia da Capital fossem convocados.

Quando Paloma e Célia chegaram em casa, já passava das 2 da manhã, enquanto Fausto e João ainda estavam sendo interrogados.

Célia conseguiu se conter no táxi, mas assim que entrou em casa, começou a chorar. “Irmã, foi tudo culpa minha.”

Paloma pegou um copo de água e bebeu de uma só vez, demorando um pouco antes de responder. “Vitória veio atrás de mim, sou eu quem te envolveu nisso.”

“Nós duas queríamos nos inscrever no mestrado do Prof. Aleixo, e ela vive me provocando na universidade.”

“Ela?” Uma pessoa que só entrou na universidade por causa de dinheiro, conseguia entrar no mestrado?

Paloma conhecia o Prof. Aleixo, um homem muito rigoroso, que não se deixava influenciar por dinheiro.

Célia estava assustada, e por isso, Paloma não voltou para casa. Depois de um banho, as duas dormiram na mesma cama.

Não demorou muito para a chamada de Fausto chegar.

Célia ficou tão assustada que quase gaguejou. “Irmã, irmã, o celular.”

Paloma estendeu a mão para desligar. “Deixe pra lá.”

Ela estava exausta, já tinha se esgotado por hoje e não tinha energia para lidar com ele.

Mas ele não planejava deixá-la em paz. Após ser desligado pela segunda vez, ele enviou uma mensagem pelo WhatsApp.

“Paloma, te dou dois minutos. Se você não descer, ninguém neste prédio vai conseguir dormir.”

Paloma, sentindo-se sem saída, fechou os olhos por alguns segundos antes de se levantar com relutância.

“Irmã, eu vou com você.”

Paloma a segurou. “É uma questão entre marido e mulher, eu cuido disso. Vá dormir.”

...

A chama azul iluminou brevemente seu rosto de contornos marcantes, parecendo ainda mais sombrio.

No entanto, ele não fez mais nada, apenas ficou fumando em silêncio.

Paloma aos poucos relaxou o corpo e tentou abrir a porta.

Não se moveu.

Ela, desanimada, abaixou o vidro da janela, deixando o vento salgado do mar entrar, dissipando o pesado aroma do homem, o que a fez se sentir um pouco melhor.

Mas no momento seguinte, o vidro da janela subiu.

Paloma olhou para ele e abaixou o vidro mais uma vez.

Fecharam-se, baixaram-se, nenhum dos dois falava, empenhados numa competição infantil.

Finalmente, foi Paloma quem desistiu, mas ouviu o homem dizer com um tom sombrio: "Tem mosquito".

Paloma: ... Ela ia enlouquecer.

Decidindo não competir mais, ela falou diretamente, "Se vai me matar ou me cortar, faça rápido, não me atrase para voltar para casa e dormir."

Um trago de cigarro foi direto para a garganta, fazendo Fausto tossir violentamente.

Essa mulher, realmente não se arrependia nem um pouco.

Depois de se acalmar um pouco, ele finalmente falou de forma indiferente, "Não vou insistir na questão do vazamento de informações sobre a criança, e posso até esquecer o que aconteceu esta noite, mas você tem que voltar para casa e ser a boa Sra. Coelho."