NO MORRO DA ROCINHA romance Capítulo 16

Malu narrando

Eu acordo e vejo que eu estou nua, eu sento na cama e minha cabeça está dolorida, parece que tinha passado um caminhão em cima de mim, eu me levanto e vou em direção ao banheiro e tomo um banho demorado e relaxante, saio enrolado na toalha e olho para o chão vendo que tinha uma cueca do Rd no canto da cama e começo a lembrar de toda a noite passada.

- Meu Deus – eu falo colocando a mão sobre a cabeça.

Eu começo a lembrar dos beijos, dos seus toques, dele dentro de mim, da sua boca na minha intimidade. Isso não poderia ter acontecido nunca, se alguém soubesse e descobrisse, contasse para Perigo, quem estaria morta era eu.

Eu coloco um vestido solto, seco e arrumo o meu cabelo, e tento abrir a porta mas ela está trancada. Eu forço a porta mas ela continua trancada.

- Alguém? – eu grito – Rd abre essa porta, que palhaçada é essa? - eu pergunto com raiva.

Eu vou até as janelas e a mesma coisa elas estão todas trancadas , nem se eu forçasse eu iria conseguir abrir elas.

A porta se abre e era Bn com um outro vapor, ambos armados.

- O que está acontecendo aqui? – eu pergunto com raiva. – Cadê Rd?

- Ele mandou te trazer comida e deu ordens que você não pode sair de dentro desse quarto. – Bn fala.

- Manda ele vir aqui agora – eu falo.

- Ele não está no morro – ele fala.

- Onde esse corno está – eu falo nervosa – eu vou sair e ninguém vai me impedir.

Eu tento passar por eles mas ambos apontam a arma para mim.

- Se você sair a ordem é atirar – Bn fala.

- Diz para a porra do teu amigo que ele acha que vai comer e depois vai me deixar trancada aqui ele tá muito enganado, diz para aquele pau pequeno que ele é um bosta na cama – eu grito e Bn me encara.

Os dois fecha a porta do quarto e eu começo a quebrar todas as coisas de dentro do quarto com raiva, é como eu disse a Julia eles não eram diferente de um do outro, ele teve o que queria a noite toda e agora quer seguir as ordens do primo dele, mas ele tá muito enganado que eu vou deixar.

Ele sabe muito bem que o que aconteceu aqui essa noite, pode fazer com que Perigo cause uma guerra com ele.

Eu me sento na cama e ligo a televisão, eu pego o que eles tinham trazido de comida e começo a comer, eu estava morrendo de fome, eram dois hamburguer, batata frita e nuggets, eu como tudo sem deixar nem a migalha, eu bebo o refrigerante e depois abro a garrafa de água, estava morrendo de sede.

Eu me deito para trás na cama e minha cabeça estava bem pesada, faz muito tempo que eu não encostava bebida na minha boca, eu começo a escutar a voz de Perigo na minha cabeça e me sento vendo que não tinha ninguém no quarto. Depois começo a lembrar da minha noite com Rd e ela tinha sido muito boa, não dava para negar que aquele homem sabia muito bem satisfazer uma mulher.

Na mesma hora eu lembro de Perigo logo que a gente começou a ficar, ele era muito diferente do que ele se tornou, ele não me batia, ele cuidava de mim, ele dizia que me amava, foi mais ou menos depois da morte do meu pai que ele se transformou.

Eu acabo pegando no sono.

Quando eu acordo a porta do quarto está aberta e até levo um susto, acordo olhando tudo dentro do quarto mas não tinha ninguém.

- Rd? – eu pergunto descendo pelas escadas mas ninguém me respondia.

– Rd? Julia?

- Vagabunda – eu olho para trás vendo o meu pior pesadelo – achou que iria ficar comigo e com meu primo ao mesmo tempo? – eu olho para o chão vendo sangue e o corpo de Rd.

- Meu Deus – eu falo e Perigo tinha uma arma na sua mão.

- Agora é você – ele fala – quantas vezes eu te disse para não brincar comigo? Para você me obedecer?

- Não, por favor – eu falo para ele chorando – por favor , eu não fiz nada.

- Estou cansado de você Malu – ele fala – minha paciencia com você acabou – ele aponta a arma para mim.

- Não – eu falo implorando.

- Encontre seu amante no inferno – ele fala apontando a arma para minha cabeça e puxando o gatilho.

Eu dou um gritoe um pulo da cama , eu estava suando e vejo que tinha sido apenas mais um pesadelo, a porta do quarto continua fechada e a televisão está ligada, eu me levanto e vou até a porta e novamente ela está trancada.

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