Resumo de 4 – Uma virada em NO MORRO DA ROCINHA de Palomakemm
4 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de NO MORRO DA ROCINHA, escrito por Palomakemm. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Perigo narrando
- Aqui o celular que você encomendou – um dos agentes da penitenciaria me entrega.
Eu pego o celular e a primeira coisa que eu ligo é para o número de Malu mas cai na caixa postal e ela não me atende.
Filha da puta!!
Eu disco o número de Rd , demora um pouco mas logo ele atende.
- É , Perigo – eu falo.
- Até que enfim pegou o celular – ele fala no outro lado da linha – tá sabendo do estrago do morro?
- Quero saber da minha mulher – eu falo.
- Deveria tá tão preocupada com ela assim, não. Ela meteu o pé quando tu foi preso – ele fala.
- Que filha da puta, acha ela até no inferno Rd – eu falo.
- Relaxa, peguei ela fugindo em um ônibus – ele fala – tá no barraco.
- Ela estava fugindo para onde? – eu pergunto.
- Pará – ele fala no outro lado – com uma mala de dinheiro, a mesma que te entreguei mais cedo. Você sabe o que significa né?
- Como os vermes entraram no meu morro? – eu pergunto.
- Denuncia anônima – ele fala. – o que você estava fazendo na hora?
- Discutindo com ela – eu falo – não, eu não quero acreditar que ela me denunciou.
- Você não a tratava com flores – ele fala – foi a forma que ela achou de não viver um inferno mais ao teu lado.
- Mata ela – eu falo no telefone.
- Como é? – ele pergunta.
- Eu mandei você matar ela caralho – eu falo – eu quero Malu morta.
- Se tem certeza disso cara? – ele pergunta – se tu quer que eu mate ela, eu subo lá agora e faço isso.
- Mata ela – eu falo – é isso mesmo que eu quero que você faça, aquela garota ela sabe de mais, se ela fez isso uma vez, ela vai fazer de novo. Tu sabe o tratamento que x9 tem que ter.
- Tem certeza? – ele pergunta mais uma vez.
- Passa bala – eu falo – eu quero traidor na minha mão não.
- Matar ela com um tiro é muito rápido – ele fala – quando tu sair tu faz ela sofrer e faz ela penar na sua mão.
- Quanto tempo vou ficar aqui dentro – eu falo
- Meses – ele fala – meses e eu prometo que te tiro daí, agora a policia tá batendo nos morros, tão de olho em tudo, pode ser arriscado para todos os lados.
- Mantenha ela viva – eu falo – você tem razão, seria muito fácil mandar matar ela, eu quero ver ela na minha frente e quero que ela fale tudo para mim.
- Fechou então – ele fala.
- Leva ela para tua casa – eu falo – tira ela do barraco, não deixa ela lá não.
- Dois minutos atrás queria que eu matasse ela, agora quer que eu leve para a minha casa porque eu não moro em barraco – ele fala rindo.
- Faz o que eu pedi , não deixa ela sair do morro e nem se envolver com ninguém – eu falo – manda o recado que ela se envolver com alguém, eu mato ela.
- Vou deixar ela lá em casa, de castigo convivendo comigo – eu falo. – estão liberado, pode descer. Eu levo ela.
Eu entro dentro do barraco e Malu está dormindo, eu me aproximo dela.
- Anda Princesa acorda – eu dou um grito e ela leva um susto e se senta rapidamente e me encara com os olhos arregalados – anda acabou hotel cinco estrelas. – eu me abaixo para desamarrar ela.
- Para onde você vai me levar? – ela pergunta.
- Para o Perigo – ela me encara .
- Ele saiu da cadeia? – ela pergunta.
- Sim – eu falo – está te esperando lá embaixo com os pneus prontos para colocar fogo.
- Não, por favor – ela diz nervosa – não me leva até ele, por favor isso não. Eu te imploro – eu a encaro e abro um sorriso – ele não saiu da cadeia, não é mesmo?
- Achei uma pessoa que você tem medo, dele – eu falo – já que de mim quer bater de frente, mas vou te passar o recado – eu pego minha arma – tá vendo ela? Ela está louca para atirar em você e a bala atravessar todo esse seu rostinho de princesinha, então dona Maria Luiza, você me obedeça e se comporte, porque as ordem é, desobedeceu as regras que eu vou impor, você tá morta.
- Sim, senhor – ela fala me olhando.
- Pode parar com a porcaria desse teu deboche agora mesmo – eu falo para ela – eu posso ser pior que o Perigo.
- Na cama, você é pior que ele também? – ela questiona e eu a encaro.
- Não adianta querer me provocar, eu não caio em papo de vadia não – eu falo.
- Ué, vadia é quem deita com você na cama todas as noites. – ela fala me olhando – eu não sou vadia.
- Você é o que eu te chamar e ponto – eu falo para ele – se não, quem te leva para o microondas e te faz virar churrasquinho, sou eu. E olha que eu adoro churrasquinho de piranha – ela me encara e eu sorrio para ela.
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