Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 11

Ele não me ama.

Assim que ele disse essas palavras, eu as repeti em silêncio para mim mesma.

Parecia que, depois de ter clareza sobre certas coisas, eu começava a encontrar evidências da falta de amor dele por mim em todo lugar, ele não tinha mais paciência alguma comigo.

Tentei decifrar seus olhos, mas logo desviei o olhar, não querendo investigar mais, já que não havia mais esperança.

Quando Otávio viu que eu não estava me movendo, agarrou meu pulso e me arrastou com ele. Quando percebi que ele estava me levando para o closet, resisti imediatamente.

Lembrando-me do que ele havia feito lá pela manhã, eu simplesmente não queria entrar novamente.

Otávio ficou sério e disse friamente: "Elvira, como vou levar você para casa assim?"

Olhei para minhas roupas, que antes eram perfeitamente lisas e agora estavam amassadas por causa do que ele havia feito. Eu definitivamente não poderia mais usá-las.

Afinal de contas, nossos problemas ainda não tinham sido resolvidos, não era hora de contar aos pais dele. Eu tinha que ir embora de qualquer maneira.

Convenci-me a fazer um acordo: "Escolha algo para mim, por favor".

"Desde quando você me dá ordens?" - ele respondeu sarcasticamente.

Perguntei com calma: "Você não consegue nem escolher um vestido para mim?"

Eu nunca gostei de seus cuidados e, depois do casamento, fui eu quem organizou sua vida minuciosamente. Agora que estávamos nos separando, eu tinha que tentar me redimir de alguma forma.

Logo, um vestido foi jogado sobre minha cabeça, rejeitando suas palavras quase cruéis: "Isso não vai acontecer de novo, as esposas dos outros não têm esse privilégio".

As esposas não têm esse privilégio, mas Sófia tem.

Ele cuidou de sua meia-irmã com suas próprias mãos, mas para mim foi como uma concessão.

Em uma família comum, até maridos que preparam o banho para suas esposas existem, então escolher uma roupa não deve ser um grande problema.

Eu o segui em silêncio e, quando tentei entrar no carro, ele me impediu: "Você vai atrás".

"Por quê?"

"Vamos para o hospital primeiro, Sófia não está se sentindo bem, ela vai na frente."

Meus dedos apertaram a porta do carro até ficarem brancos, e o sorriso em meu rosto desapareceu instantaneamente.

Em segundos, meu mundo parecia ter sofrido um terremoto, despedaçando-me e deixando-me de lado.

Algumas pessoas morreram sob os escombros, enquanto outros comemoravam em cima sem inibição por estarem fora.

Sófia estava se recuperando bem, embora seu andar fosse um pouco desajeitado.

Mas Otávio a apoiava o tempo todo e, se não fosse por saber a verdade, ninguém pensaria muito sobre isso.