Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 133

Após deixar a detenção, me vi sem rumo.

Exportei as gravações entre mim e Vasco e as enviei para Otília.

Assim que ela ouvisse, entenderia que, além do procedimento judicial normal, não havia outra saída. Eu lhe disse que, se ela preferisse não se expor, eu mesmo poderia comparecer ao tribunal.

Ela respondeu que precisava pensar e ver como estaria sua saúde no próximo mês.

"Se meu estado de saúde permitir, eu gostaria de vê-lo mais uma vez."

Respeitei a decisão dela, mas uma de suas frases quase me fez perder a compostura.

Ela disse, "Talvez esse encontro seja a última vez que o vejo em minha vida."

O sol se pôs no horizonte, e o crepúsculo não durou muito. Assim que desliguei o celular, as luzes de neon começaram a brilhar nas ruas.

Inicialmente, eu voltaria diretamente para a Vila Oceano Luxo, mas então recebi uma ligação de Hortencia Rocha.

Recentemente, ela pegou o caso de divórcio de Otília e, por causa do efeito celebridade, a discussão sobre mim na internet nunca cessou. Preocupada que eu estivesse sob muita pressão, Hortencia quis me levar para espairecer.

Eu concordei.

Em casa, Otávio provavelmente estava fazendo o possível para acalmar Sófia. Não sabia se quatro horas seriam suficientes, então decidi não atrapalhá-los.

Me sentindo opresso, decidi me dar ao luxo.

Gastei uma fortuna para encontrá-la na boate mais luxuosa da cidade, preparado para não voltar sóbrio.

Nesse ponto, havia coisas que precisava contar a ela abertamente, incluindo pedir sua ajuda em algumas questões.

"Finalmente te vejo, ocupadão! Se não te visse mais, começaria a pensar que você estava planejando cortar relações comigo."

Hortencia cruzou os braços, fazendo bico e imitando alguém mal-humorado quando entrou na cabine, de forma impressionantemente precisa.

Sabia que ela estava apenas tentando me animar, então sem perder tempo, retirei da bolsa a carta de demissão que já havia preparado e a entreguei a ela.

"Entrega para o Advogado Silva por mim, assim que os casos que tenho em mãos forem julgados, eu me demito oficialmente."

Landulfo jamais trabalharia para Otávio, e eu tampouco.

Além disso, em meus planos, não deixei uma saída para mim mesmo, e este trabalho não poderia mais continuar.

Ela me olhou com um olhar cheio de compaixão, "Elvira, por que nunca te vi chorar?"

Chorar, hein?

Eu não queria.

"Antes eu pensava que o divórcio era uma espécie de jogo, entre ele e eu, eu sempre era a perdedora. Mas agora, eu quero tentar.

Não tenho mais nada a perder, vou dar a eles um presente de despedida, para que sintam o sabor da dor."

"Não faça nenhuma besteira!"

"Não farei."

Eu e Hortencia bebemos mais um pouco, com uma leve embriaguez, liguei para Otávio.

Na ligação, forcei uma voz dolorida com soluços de quem foi injustiçada, "Amor, por que você nem sequer me liga? Eu ainda tenho uma casa para voltar?"

"Onde você está! Eu vou te buscar!"