Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 374

Na noite passada, eu e Otávio voltamos para a Vila Oceano Luxo.

Quando Hortencia Rocha soube, me repreendeu como se eu tivesse enlouquecido, "Você está maluca? Até a Sófia, que é uma cobra criada, se esquiva dela. Quando ela se enfurece, é capaz de machucar alguém, e você ainda volta?"

Eu apenas sorri, onde mais eu poderia ir? A nossa nova casa, aquela que nunca mais pisaremos, é que era realmente um lugar a evitar.

"Sófia até me chamou de cunhada, acredita? Que divertido, não?"

Falei como se não fosse nada demais.

Na verdade, nos últimos dias, me acostumei com o homem que sempre ia cedo para a cama se agarrar a mim. Mas, depois de voltarmos para a Vila Oceano Luxo, ele demorava para voltar ao quarto.

Claramente, eles dois estavam felizes ontem, conversando animadamente.

Lembrando da cena de ontem à noite, Otávio estava triste um segundo antes pela minha partida repentina e, no seguinte, sorriu ao ouvir que eu queria voltar para a Vila Oceano Luxo.

Ele acariciou o topo da minha cabeça, lamentando, "Finalmente percebeu como é importante cuidar do seu marido."

Foi nesse momento que percebi, a ideia de querer que ele e Sófia se separassem, na verdade, não era por não me importar com ele.

Segundo ele, era seu desejo me mimar e satisfazer meus caprichos que o levou a ir para a nova casa comigo.

Senti um arrepio. Esse tipo de cuidado, eu realmente não mereço.

Naquele momento, ainda o abraçava, ouvindo-o falar, e aquela sensação de asfixia indescritível simplesmente desapareceu.

Depois de um breve doce momento, o que veio não foi uma dor dobrada, mas uma libertação completa.

"O que eu deveria fazer? O que mais eu posso fazer para te ajudar?"

"Você já me ajudou muito. O Escritório de Advocacia Atlântida está indo muito bem, tudo graças a você. E quanto a Aurelio, eu só tive alguns contatos breves com ele, mas ele definitivamente não é fácil de lidar. Tenha cuidado na sua relação com ele, não se envolva demais, entende?"

Sempre quis alertar Hora sobre namorar, mesmo confiando no seu julgamento, eu ainda estava preocupada. Agora que finalmente falei, respirei aliviada.

Fui designada para um caso menor: um jovem delinquente roubou o pão que uma senhora acabara de comprar. Provavelmente por estar faminto, usou mais força do que necessário e acabou derrubando a senhora, que quebrou a perna.

Eu só precisava seguir o procedimento e depois esperar pelo julgamento. Uma viagem de um dia era ideal.

No segundo antes de o avião decolar, enviei uma mensagem para Otávio e desliguei o celular sem esperar pela resposta.

No segundo seguinte, o avião disparou para o céu.