Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 392

Desde o dia em que ele anunciou seu casamento ao público, não era mais apenas um assunto dele, mas uma questão entre duas famílias. O que nós poderíamos fazer nessa situação? Não tínhamos poder algum. Além disso, entre nós dois, quem poderia bater no peito e dizer que está vivendo bem?

Embora minhas palavras soassem indiferentes, ele não era um estranho para mim, não podia simplesmente observar a situação de fora.

Não importava a escolha que ele fizesse, eu só precisava apoiá-lo.

O som do anúncio do aeroporto ecoou, peguei minha mala das mãos de Aurelio e disse, "Vamos."

"Querida, ela que não me deixou carregar, não é minha culpa, viu!" Aurelio brincou.

Hortencia, com um peso no coração, não disse mais nada a Aurelio, alcançou-me e caminhou ao meu lado.

De repente, ela apontou para a frente, "Elvira! Aquela pessoa não parece o Otávio?"

Meu coração deu um pulo, mas ao levantar os olhos, não vi ninguém que se parecesse com Otávio, "Onde? Não estou vendo."

Hortencia também se agitou, ficando pálida, "Deve ser meu nervosismo, estou vendo Otávio em todo lugar."

Otávio estava de férias, Sófia com certeza o manteria sob vigilância estrita, sem chance de ele aparecer aqui. Além disso, ele não poderia deixar Hugo, especialmente no final do ano, quando todos estão preocupados com sua saúde.

Aliviada, eu não deixei de observar a primeira classe após o embarque.

Examinei cada passageiro até todos os assentos serem ocupados, e então tinha certeza de que Otávio definitivamente não viria; ele jamais se rebaixaria a sentar na classe econômica, suas longas pernas provavelmente nem caberiam.

Durante todo o voo, a primeira classe estava anormalmente quieta, cada segundo era uma agonia.

Mal o avião pousou, meu celular imediatamente tocou.

Era uma ligação de Antônio, dizendo que seus homens já estavam nos esperando fora do aeroporto para nos levar ao hotel.

Uma fileira de carros pretos de luxo, com uma presença imponente, fazia parecer que estavam à espera de alguma equipe de celebridades, embora na verdade fosse apenas para nós três.

Um bastardo, se não fosse por Elvira, ele jamais poderia aparecer em seu próprio casamento, mas essa ação fez com que, pela primeira vez, ele se sentisse digno.

Antônio acenou com a cabeça, seu olhar voltando a se fixar em mim, "Elvira, você veio."

Eu mexi meus lábios, querendo dizer algo, mas minha garganta parecia bloqueada, incapaz de emitir um som, então apenas acenei com a cabeça para ele.

"Vamos, vou te levar ao hotel."

Acenei novamente, e quando estava prestes a entrar no carro, uma voz repentinamente veio de trás, "Não precisa se incomodar, minha esposa naturalmente ficará comigo."

Meu corpo travou, e ao me virar abruptamente, meu olhar colidiu com um par de olhos escuros como a noite.

À distância, o homem com uma expressão gelada não poderia ser outro senão Otávio.