Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 393

O homem andava muito rápido, sem se importar com o grupo barulhento que o seguia.

Havia Sofia, apressada, chamando Otávio para esperá-la, e dois secretários, ambos conhecidos dela nos escritórios do Grupo Barcelos.

A preparação para a viagem era até mais imponente do que a de Antônio, o noivo prestes a casar.

Antônio percebeu, agarrou meu braço e me escondeu atrás dele, se posicionando à minha frente com o peito estufado, "O que você está fazendo aqui? Eu tenho certeza que não te convidei."

Otávio, com um olhar firme em nossa direção, deu um passo à frente.

Antônio me puxou para trás.

Ele soltou uma risada fria.

Justamente nesse momento, Dona Tereza apareceu, correndo com seus saltos altos, "Diretor Barros, o convite do nosso presidente foi entregue pessoalmente pelo seu pai, com ênfase especial para que nossa presença fosse indispensável."

Ela falou e retirou do seu portfólio o convite, cujo estilo dourado era ainda mais elegante do que o que eu havia recebido.

Antônio apertou os punhos e se virou para me explicar, "Elvira, eu realmente não sabia."

"Não tem problema", respondi calmamente.

Nesse momento, uma mulher apareceu correndo por trás, loira de olhos azuis, com uma figura esbelta e equilibrada, e com um surpreendente ar de admiração em seu precário português, exclamou, "Antônio! O que você está fazendo aqui?"

Antônio olhou e seu rosto mudou de expressão.

Ele lançou um olhar severo para Otávio antes de dizer à mulher que se aproximava, "Vim buscar minha amiga para o casamento de amanhã."

A mulher sorriu, tão bela quanto as bonecas que comprávamos quando crianças, "Que coincidência, meu pai também me pediu para buscar nosso querido amigo, para te apresentar, este é o jovem empresário mais famoso do nosso país, que terá uma colaboração profunda com nosso grupo."

Antônio sorriu, "Claro que eu sei, ele também é nosso cupido."

Ele falava, mas a segunda metade da frase foi direcionada a mim.

Olhei para Otávio, percebendo então que Antônio estava prestes a se casar e que eu não tinha mais nada a ver com isso.

O olhar de Otávio permaneceu em mim, ele deu mais dois passos à frente e estendeu a mão para mim.

O carro ficou em silêncio, mas eu ainda me sentia sufocada pelo perfume daquela mulher desconhecida.

Sofia, que tinha sido uma presença quase invisível até então, virou-se e disse, "Otávio, me leve para passear mais tarde, ainda não explorei este país com você."

Otávio não respondeu, e o carro voltou a se mover. Eu abri a janela, deixando o ar fresco entrar, o que me fez sentir um pouco melhor.

"Otávio! Otávio!" Sofia chamava, insistente.

Eu estava com dor de cabeça.

"Pare o carro!"

Pedi ao motorista que parasse à beira da estrada, dando espaço para eles, mas, para minha surpresa, Otávio também desceu do carro comigo.

Ele instruiu o motorista a levar Sofia para passear, e quando olhei para trás, percebi que ele estava me seguindo.

Se isso for visto pelos internautas aqui do Brasil, vão fazer o maior alarde, dizendo que nós dois estamos vivendo um romance, passeando pelas ruas do exterior!