Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 436

Eu pensava comigo mesma, sem um divórcio, eu e ele simplesmente não conseguíamos mais seguir juntos.

O amor dele era como a rosa em uma estufa de vidro, parecendo tão vibrante e cheia de vida, tão rica e desejável, mas eu não tinha a chave da estufa.

Eu só podia ouvir sobre o amor dele através das palavras que saíam de sua boca.

Não conseguia sentir o perfume das rosas, mas sabia bem que elas geralmente têm espinhos, e qualquer contato poderia deixar marcas dolorosas.

Mesmo se eu moldasse meu coração na forma do dele, ainda assim não conseguiríamos nos encaixar perfeitamente.

Isso eu tinha aprendido da maneira mais dura.

Quando cedi a ele, ele desapareceu da minha vida como se tivesse caído de um penhasco.

Sozinha, enfrentei o rebote de todas as emoções, sem ninguém para desabafar, e justamente quando eu estava superando, ele me vem com essa história de não querer o divórcio?

Eu ri friamente, "Normalmente, quando um homem acha que a ex era melhor, é porque a atual não está à altura."

Otávio era um homem tão inteligente que eu sabia, assim como ele deveria saber, que Sófia e Saulo tinham um caso inapropriado. Como ele poderia não saber?

Talvez ele preferisse fingir que não sabia, escolher viver nesse limbo confuso com Sófia do que enfrentar a verdade.

Ele realmente a amava.

"Elvira, eu nunca tive ninguém além de você, não faça essa acusação na frente do nosso bebê. Se ela nascer carregando memórias do útero, com certeza vai odiar o pai."

Otávio falava baixinho, seus olhos fixos na minha barriga.

Eu coloquei a mão sobre o ventre, "Agora ela é apenas um embrião, impossível ter memórias. Além do mais, ela é minha filha, e você não tem nada a ver com isso."

Otávio se ajustou no assento, aproximando-se mais de mim, como se não ouvisse a rejeição em minhas palavras, continuou falando, “Nosso filho com certeza vai puxar a mim, vai ser muito inteligente. Eu já tinha memórias dentro do útero, meu filho com certeza também terá.”

No segundo seguinte, ele se inclinou diante de mim.

Sua orelha estava contra o meu ventre.

Estávamos tão próximos que eu quase podia sentir as batidas do seu coração.

“Pum! Pum! Pum!”

Seu coração batia tão rápido, ele também estava nervoso, rindo emocionado, “Elvira, eu ouvi! O bebê chutou!”

“Você está falando bobagem! O bebê nem tem três meses!” Eu o empurrei com força, minhas mãos tremendo.

Por que ele achava que podia compartilhar essa alegria comigo?

"Otávio, mantenha distância. Você só contribuiu com um pouco de esforço, nada mais! Vou dizer de novo, essa criança é só minha, e não tem nada a ver com você!"