Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 435

Otávio agarrou minha mão e, sem dizer uma palavra, me levou para o carro!

Ele nem sequer colocou o cinto de segurança e o carro acelerou instantaneamente para 300 km/h, o que era extremamente perigoso, mesmo em plena madrugada, pelas ruas da cidade.

Meu rosto empalideceu, e meu corpo começou a se sentir terrivelmente mal, como se eu fosse vomitar a qualquer momento, enquanto tremia, procurando pelo cinto de segurança ao lado do assento.

"Otávio, você pirou?!"

Seus olhos estavam vermelhos e fixos à frente, sem piscar ou me responder, enquanto a velocidade do carro aumentava para 320 km/h.

"Otávio! Se você quer morrer, morra sozinho! Pare o carro! Eu quero descer!"

Os olhos de Otávio se estreitaram por um momento, talvez uma palavra tenha o tornado especialmente sensível, finalmente ele reagiu, "Eu queria morrer com você!"

A velocidade do carro subiu para 350 km/h.

Não ousei provocá-lo mais, sem saber se ele aceleraria ainda mais. Tentei manter a calma, "Então, não precisa parar, apenas diminua a velocidade. Para onde você está me levando? Vamos conversar, faz tanto tempo que não nos vemos."

Subestimei o quanto Otávio estava fora de si, ele simplesmente ignorou tudo o que eu disse, comecei a suspeitar que ele nem mesmo podia me ouvir.

"Elvira, deveríamos ter morrido juntos no casamento do Antônio, assim ficaríamos juntos para sempre e faríamos daquele um casamento inesquecível para Antônio!"

A velocidade do carro disparou para 400 km/h!

Essa velocidade já estava no limite do carro, até mesmo um pequeno pedregulho na estrada poderia nos matar.

Ele definitivamente tinha enlouquecido!

Não queria viver e não me deixaria viver!

Antônio já estava sendo forçado a se casar, o que mais ele queria?!

Por um momento, até pensei que morrer ali talvez fosse um alívio.

Estava tão cansada!

Com os olhos vermelhos de raiva, gritei, "Então, vamos morrer juntos!"

Se não fosse por sua loucura hoje, arriscando nossas vidas por diversão, eu nem sequer planejava contar a ele, pensava em me divorciar e levar a criança para longe, voltando somente após o parto.

"Elvira, repita, o que você disse antes?"

Otávio perguntou novamente, ansioso, enquanto a velocidade do carro começava a diminuir.

Ele murmurou para si mesmo, "Foi aquela vez, com certeza foi aquela vez!"

"Elvira, eu vou ser pai!"

Um alívio passou pelo meu coração, virei o rosto, sem querer falar mais nada, as lágrimas não sabia se eram de medo de ter sobrevivido ou de sentir tantas injustiças, não conseguia parar de chorar.

O carro parou, Otávio virou meu corpo em sua direção, levantou minha face com as mãos e começou a enxugar minhas lágrimas com o polegar.

Não precisava que ele enxugasse, segurei sua mão em meu rosto, "Foi mal, você está sentindo algo? Vamos ao hospital!"

Tentei abrir a porta do carro, mas ele se inclinou sobre mim, me prendendo no canto, com um tom de negociação, "Agora que temos um filho, podemos dar a ele uma família completa, podemos não nos divorciar?"