Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 44

"O Diretor Barcelos foi mesmo pão-duro, quantos medicamentos ele deu? Mal valem algo! Chegam a vinte reais?"

Eu franzia meus lábios levemente, olhando diretamente em seus olhos, questionando-o. Havia uma raiva fervendo dentro de mim, raiva pelo fato de ele tratar a Sófia tão bem, mas me humilhar com uma pomada de vinte reais.

"Haha."

Otávio estava praticamente escondido nas sombras fracas, apenas seus lábios sinistros eram visíveis, ligeiramente curvados.

"O que é valioso?" - ele me perguntou: "O medicamento que o Antônio lhe deu é feito de ouro? O dele vale alguma coisa e o meu só serve para ser jogado fora?"

Ele abaixou mais a cabeça, e eu senti como se uma pressão o estivesse empurrando. Ele agarrou minha mão, questionando: "O salário de vinte e um mil por mês que o Antônio lhe paga é valioso, mas eu, que a sustentei por quatro anos, não valho nada."

Fiquei chocada, ele até sabia do contrato que Landulfo havia assinado comigo no início?

Mas e daí? Ele poderia pagar dezenas de milhares em despesas médicas para Sófia, mas não se ofereceu para me levar ao hospital para um check-up, apenas me deu uma pomada de vinte reais.

Virei a cabeça, deixando-o com um perfil frio, sentindo-me desprezada: "Não precisa ser irônico comigo, o que significa quatro anos? Eu pensei que tinha me casado com o amor, mas você nunca me amou. Seus sentimentos, Otávio, não valem vinte reais. Além disso, não envolva outras pessoas em nossos assuntos!"

"Estou cansado de ouvir você falar de amor." - Ele suspirou.

Ele suspirou: "Tenho vinte e nove anos, me sinto muito infantil."

"Então nunca mais falaremos sobre isso!"

O que você pode falar sobre amor com alguém que não tem amor em seu coração?

"Quanto a envolver outras pessoas, você também sabe que não pode fazer isso, não é?" - ele zombou: "Então, por que envolver a Sófia? O sangue dela é raro. Se algo realmente sério acontecesse com ela, o que você faria?"

Então era isso… Baixei a cabeça, soltando um suspiro pesado.

Mas será que eu realmente havia envolvido Sófia nisso?

Ele havia escolhido manter um relacionamento ambíguo com ela, não era ele o verdadeiro culpado?

Mas eu realmente queria aconselhá-lo, até desejava que ele tornasse público seu romance com Sófia para parar de me torturar.

Ignorei a dor em minha bochecha, sorrindo suavemente, provocando-o: "Sim, acho que você entende melhor do que eu. Os jovens são diferentes, devem ser mais excitantes do que estar comigo."

Quando ele estava comigo, as loucuras que fazíamos eram normais, mas com Sófia era diferente, afinal, elas acabavam no hospital.

Otávio estreitou os olhos, seu olhar atravessou a luz fraca do corredor e pousou em mim, como se não se importasse com o que eu dissesse.

Seu celular tocou, o eco no corredor amplificando o som da vibração, e de repente percebi que ele não havia atendido minhas ligações antes, não porque não pudesse ouvir, mas porque não queria.

Ele atendeu rapidamente, pensei que fosse a Sófia, mas ele chamou o nome da Sra. Tereza.

"O que há de errado?" - ele respondeu em um tom áspero.

"Diretor Barcelos, acabamos de receber uma notícia da equipe de segurança, todos os carros no estacionamento da sua empresa foram vandalizados. Gostaria de saber se devemos organizar um reparo no exterior imediatamente?"