Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 45

"Vandalizados?" - Otávio perguntou pensativo: "Quem fez isso?"

"Diretor Barcelos, o segundo filho da Família Barros. Ele disse que quase se envolveu em um acidente hoje e queria ver se dirigir era realmente tão difícil, mas não conseguiu controlar o volante..." - A voz da Sra. Tereza foi se tornando cada vez mais baixa: "O Sr. Barros pediu para eu transmitir que, de fato, é bem complicado..."

Otávio não disse nada, apenas ficou me olhando em silêncio por um longo tempo. Depois deu um passo à frente, permitindo que eu ouvisse com mais clareza enquanto ele fazia uma ligação telefônica: "Não precisa mandar para o conserto, um dia desses eu e minha esposa vamos levá-lo pessoalmente para ele".

Ele desligou o telefone, virou ligeiramente a cabeça para me olhar, com seus olhos escuros se estreitando perigosamente: "Estou curioso, como você entrou em contato?"

Ele até esboçou um sorriso, suavizando as linhas de seu rosto que já não pareciam tão severas, mas eu sabia que, quanto mais ele agia assim, pior ficava seu humor.

Por baixo da aparência gentil, escondia-se um frio cortante.

Ele se aproximou de mim, estendendo a mão para pegar meu celular. Recuei até minhas costas baterem na parede, sem sentir dor.

"Você quer ver meu celular?" - Tentei impedi-lo.

"Ah, você também não olhou o meu?" - Ele retrucou.

"Mas eu não o desbloqueei."

"Não faz diferença, nós não confiamos um no outro de qualquer forma, olhar seu celular é apenas um gesto, não é?"

O código no meu celular era a data do nosso aniversário de casamento, e ele o desbloqueou na primeira tentativa. Ele apertou algumas teclas e, no segundo seguinte, me pegou no colo e foi em direção à minha casa.

Eu comecei a me debater, chutando com força, mas não consegui fazer ele se mexer.

Ele deu passos largos, com seus dedos agindo rapidamente no trinco eletrônico da porta.

"Bip bip…"

Ele colocou a mão atrás do meu pescoço, forçando-me a me ajoelhar na frente dele.

Olhando para a cena à minha frente, balancei a cabeça em pânico: "Otávio, você está falando bobagem, Antônio e eu somos inocentes!"

"Você sabe quanto custa consertar esses carros na garagem? Se não fosse por você, por que ele estaria disposto a gastar tanto? E você ainda diz que não tem nada a ver com ele."

"Você me viu apanhar e não fez nada, você levou Sófia ao hospital, então eu não posso deixar Antônio me levar por um trecho?"

Otávio parou por um momento, respirou fundo: "Sófia ainda está nos esperando lá embaixo."

Depois de dizer isso, ele me soltou e arrumou suas calças.

Sua voz ficou mais baixa, me advertindo: "Eu só vou dizer duas coisas. Primeiro, não se esqueça que você ainda é Sra. Barcelos, não quero mais te ver com ele, caso contrário, não me culpe por agir contra ele! Segundo, não tente mais provocar Sófia, isso é mais sério do que você imagina."