Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 452

Otávio vacilou na brisa, segurando com toda a força a maçaneta da porta do carro, meu coração parecia querer saltar pela boca.

Não podia me dar ao luxo de pensar muito, se continuasse assim, Otávio estaria em perigo!

“Liberato, eu tenho que tentar, vai que ele quer me ver...”

Mal terminei de falar, e a porta já estava trancada, “Especialistas em resgate e negociação já estão a caminho, se a Sófia conseguir ganhar mais cinco minutos, mesmo que Otávio pule, ele não vai morrer!”

“E se ele não aguentar? Liberato, seja profissional, não deixe seus sentimentos pessoais afetarem seu trabalho, estamos falando de uma vida aqui!” Meu rosto esfriou completamente, “Abre essa porta!”

Liberato, sentado ao meu lado, tremia levemente, com uma expressão gélida.

“Meu dever é garantir a segurança pública, incluindo a sua! Olha para o lado direito, depois para às três horas, e agora para o lado direito do prédio, na troca de guarda com formação rigorosa, você ainda acha que isso é um hospital comum? Isso pode muito bem ser uma armadilha! Elvira, mesmo que Otávio pule agora, mesmo que ele morra diante dos seus olhos, mesmo que você me odeie pelo resto da sua vida, eu não posso deixar você sair do carro agora!”

O ambiente ficou tenso, o jovem policial dirigindo se mostrava inquieto, “Sra. Gattas, você confia no nosso capitão, certo? Ele solucionou inúmeros casos ao longo dos anos e nunca falhou em investigações. Estamos entrando em uma toca de lobos, e o capitão, mantendo você aqui, já está fazendo o máximo possível. Se não fosse por ele, eu provavelmente teria dado meia-volta e fugido quando percebi algo estranho!”

“Cala a boca!”

Liberato deu uma risada leve.

O jovem policial murmurava algo sob sua respiração, mas eu já não conseguia ouvir nada além de um zumbido irritante, como o de um mosquito.

Nesse breve intervalo de conversa, Otávio, no topo do prédio, de repente sorriu.

Mas, à beira da morte, ele começou a acreditar no destino. Esperava que na próxima vida não fosse abandonado ou desprezado pela família, que pudesse ter afeto e amor, que pudesse experimentar o que é comum à maioria das pessoas.

Otávio deu um passo à frente, e Sófia, com o rosto coberto de suor frio, exclamou, “Otávio! Você esqueceu o que prometeu quando éramos crianças? Você disse que cuidaria de mim a vida toda!”

De repente, Sófia percebeu que Otávio realmente estava contemplando a morte, não como antes, quando um simples consolo a fazia ver ele guardar a arma com um sorriso. Ela estava realmente assustada.

Otávio só havia saído por uma noite, o que ele havia vivido para cair em tal desespero?

Naquele momento, ela odiava Elvira profundamente!