Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 468

Sofia andava descalça pelo chão, fazendo um som rápido e pegajoso com os pés, ao avistar a silhueta de Otávio, ela não conseguiu se conter e gritou, "Otávio!"

"Otávio, você finalmente decidiu me ver."

"Pare de me chamar de irmão, isso me dá nojo."

Otávio olhava para a mulher à sua frente, que vestia poucas roupas, com um olhar frio como gelo, sua voz não demonstrava emoção, "Limpe isso."

Sofia olhou ao redor, a única coisa disponível para se limpar era a toalha de banho aos pés de Otávio.

Ela pensou que Otávio estava apenas sendo duro, ele ainda devia querer ela, do contrário, por que ele permitiria que ela se despir dessa forma, tão perto dele.

Já faziam três anos, e Otávio não teve nenhuma mulher decente ao seu lado, todo homem se sente solitário.

E ela também havia mudado, agora com vinte e seis anos, ela se tornou ainda mais madura, pronta para aceitá-lo onde quer que ele desejasse.

Ela escondeu seu sorriso frio, olhou para Otávio com olhos cheios de desejo e caminhou em sua direção, com uma expressão apaixonada, "Otávio, eu farei tudo o que você disser, só quero estar ao seu lado novamente."

Ela esticou o corpo, abaixando-se de forma a mostrar sua cintura fina deliberadamente, lembrando-se de que aquele pervertido gostava disso, gostava quando ela olhava para ele com inocência e fazia manha como uma criança.

Ela repetiu o gesto, torcendo o corpo, seus movimentos desajeitados instigavam um desejo de cuidar dela, "Mas, eu gosto de te chamar de irmão, eu não consigo alcançar minhas costas, você poderia me ajudar?"

Ela se arrastou até os pés de Otávio, abraçando suas pernas e inalando profundamente, fazia muito tempo que ela não sentia o cheiro de Otávio.

Ela se sentia injustiçada, não achava que sua maneira de tratar Otávio estava errada, desde que Otávio se separasse de Elvira, ele iria se recuperar, e ela estava certa!

Desde que Elvira foi para o exterior, a condição de Otávio melhorou, ela não pôde deixar de se defender, "Otávio, existem muitos caminhos na medicina, a verdade é o que importa, ver você assim me deixa muito feliz."

"Cale-se." Otávio levantou a mão levemente, e o pequeno corpo dela bateu contra a enorme janela de vidro como se fosse um pedaço de papel, "Eu te chamei aqui hoje para te avisar, quando Elvira voltar, não ouse aparecer na frente dela ou na minha."

"Ah? Haha." Sofia cobriu a garganta, emitindo uma risada rouca como se fosse um fole quebrado, seus olhos e sobrancelhas transmitiam malícia, "Enquanto eu for a senhorita da Família Barcelos, posso aparecer em qualquer lugar que eu deseje, Otávio, se você a ama tanto, por que não anuncia ao mundo e corta relações comigo? Ou então me mata, assim eu desapareceria para sempre."

"Não tenho mais nada para dizer a você." Otávio levantou-se, virou-se preparando-se para partir, "Sofia, que você viva bem, ter tudo e depois perder tudo é o castigo que eu lhe dou."

A voz desesperada de Sofia ecoou atrás dele, "Você anuncia para todos que sou a senhorita da Família Barcelos, mas eu vivo em farrapos, morando naquele hospital branco e decadente, você faz o mundo acreditar na sua magnanimidade por acolher uma meia-irmã, mas você não me permite mais te chamar de irmão. Três anos se passaram sem que eu te visse, você diz que esta é a minha punição, mas irmão, você realmente está em uma situação melhor do que a minha? Antônio se divorciou, você finalmente não conseguiu se segurar, não foi?"

Otávio parou por um momento, olhando para o escuro, "Levem-na de volta, mandem alguém limpar a casa, troquem o tapete por um novo."

Sofia estava certa, ele queria vê-la, ele não podia esperar mais.