Parte 4...
Logo que chegou ao restaurante, Diana lhe passou um papel com as fofocas que captara na sala de Lenora. Guardou na bolsa para ler depois. Tinha passado em uma farmácia antes de chegar ao trabalho e comprou uma caixa com dois comprimidos e ali mesmo tomou um. Não queria ter outro filho dele. Nunca mais.
Quando ela chegou viu o carro dele parado na vaga reservada. Respirou fundo. Ele já estava no restaurante. Entrou pela porta dos funcionários e colocou o uniforme.
Ela o viu sentado no mesmo lugar e seus olhos a comiam de longe. Parecia mais arrogante e cheio de si. Sabia que ele se sentiria o dono da situação. Foi até ele com o menu e o tratou como sempre.
— O que vai querer? - perguntou educada.
— O que eu quero, não está no cardápio - ele falou baixinho segurando seu olhar.
— Então sugiro que fale com a gerente para que melhore os pratos - respondeu desconversando — Quer algo para beber? - pegou de volta o menu.
Ele a olhou de cara fechada. Não era só mais um cliente.
— Traga apena café. Forte.
— Já volto - saiu sem olhar para trás.
Ela foi servir outra mesa e sentia seu olhar a seguindo. Quando recebeu o café foi levar até ele.
— Está muito quente - ele reclamou.
— É só deixar que esfrie - disse sem dar importância.
Ele então pediu o café completo e ela foi buscar. Quando o serviu, ele reclamou de tudo.
— Se não gosta da comida, troque o cozinheiro ou então reclame com a Lorena - respondeu calma.
Estava decidida a não se aborrecer e menos ainda logo cedo. Ele que ficasse com a raiva dele. Respondeu a cada reclamação com calma e sorriu quando ele foi embora sem deixar gorjeta. Passou o resto do dia bem e não pensou mais nele.
Quando chegou em casa deixou Diana no quarto respondendo aos e-mails e ligou para Felipe, para falar sobre o acordo da nova representante que os levaria ao mercado da Espanha. Agora só faltaria depois chegar até a Irlanda, mas isso seria para o próximo ano.
— Estou de olho em Hugo - ele disse — Sei que não mandou, mas ele anda agindo estranho.
— Eu confio em você, Felipe, pode continuar, se achar necessário.
Depois ele a informou que as crianças estavam na sala de cinema com Ludimila e outros amiguinhos.
— Não precisa chamá-los, então. Deixe que se divirtam - lhe contou sobre o que Diana havia escutado — Acho que aquela chamada estranha no outro dia foi ele, só pode ter sido.
— Será que é o tal do Novaes? Muito cuidado.
— Acho que entendi o que houve... Mais ou menos. Diana ouviu quando Márcia falava ao telefone na sala de Lorena, após liberar o dinheiro para ela - viu Diana fazer o sinal de positivo — Ela falava com um homem de forma íntima, embora aborrecida.
— Era ele sim. Eu ouvi quando ela o chamou de Novaes - Diana disse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....