Nosso Passado romance Capítulo 58

Parte 5...

— Não vamos, não - ela cruzou os braços — Vá sozinho. Ou leve outra - deu de ombro.

— Se não tem roupa para ir, não se preocupe - ele gesticulou sorrindo — Comprarei um traje completo para você. Um vestido vermelho ou preto, com um decote grande para destacar seus seios e saltos altos finos.

— É isso o que você quer? - se aproximou — Me exibir como sua nova amante?

Ele a encarou apertando os olhos. Anelise parecia cansada, mas tudo o que ela fazia era servir mesas, não era um trabalho para cair de cansaço. Sua aparência estava um pouco abatida.

Ele não sabia que ela trabalhava muito mais com a mente até altas horas e isso era estressante. Não sabia de sua vida dupla.

— Qual o problema? - riu — Você era minha amante antes.

— Não - ela disse firme — Eu era sua namorada - apontou para ele — Eu era apaixonada por você, por isso fazia tudo o que queria. É diferente.

— Na verdade você amava era o meu dinheiro e todas as vantagens que podia ter.

— Vantagens? - ela riu — Como pode querer acreditar nisso? É absurdo que aceite uma mentira.

— Tudo bem, eu entendo - deu de ombro — Você era muito nova - ele recordou que ela mentira sobre a idade — Meninas gostam que homens mais velhos paguem por seus brinquedos. E tudo o que eu queria mesmo era o seu corpo.

— Ah... Isso eu já entendi há muito tempo - sentiu raiva e apertou as unhas na palma da mão — Você era o playboy conquistador - sentiu vontade de soltar um palavrão, mas não o fez — Era o riquinho mimado por mamãe, que queria se divertir com a garota pobre - apertou os lábios — Você poderia ter me deixado viver em paz, mas não, você queria aumentar suas conquistas - ele fechou a cara — Só tomar minha virgindade era pouco, queria me humilhar, se divertir às minhas custas.

— Você transou comigo porque quis - ele retrucou com raiva — Eu não a forcei a me dar sua virgindade - disse frio — Fez de tudo para me deixar louco e cego, para não ver o que queria mesmo.

Era triste ver como ele a confundia com outras e tinha tão pouco respeito por ela. Balançou a cabeça.

— Você não parece ter aprendido muito com os anos - ela sussurou entristecida.

— E você aprendeu?

— Você não imagina o quanto - suspirou — Se era só isso, pode ir. Não vou a evento nenhum com você.

— Já entrou - ele disse irritado pelo corte.

— Bobagem - ela piscou o olho — Ontem foi só uma transa comum. Eu cedi à você porque estava sem sexo há muito tempo. Poderia ser qualquer outro que me desse tesão. Isso não vai se repetir - ergueu o dedo.

Ele puxou o ar fundo, travado na cadeira.

— Você me desejava.

— E acho que sempre vou desejar - deu de ombro, assumindo — Você é como uma droga para mim. Entrou no meu sistema. Mas, como todo viciado, eu preciso me manter atenta para não recair ou posso estragar minha vida para sempre. Antes eu podia me jogar de cabeça, agora não posso. Tenho outros assuntos para me preocupar no futuro.

Ver o quanto ela estava madura e segura o irritou, tanto quanto lhe deu orgulho e sabia que ela estava certa.

— Nós somos solteiros e não temos nada que nos prenda - ele insistiu.

— Se eu fosse irresponsável o suficiente para me envolver à sério com você de novo, logo sua família arranjaria um modo de nos afastar - disse com naturalidade — Ou até mesmo você se enjoasse e partisse para outra. Quem sabe o que seria dessa vez? - ela abriu as mãos — Não há futuro para nós e não vou gastar meu presente, sendo mais uma em sua cama. Tenho mais chance de ser feliz com outro qualquer do que com você.