Parte 9...
Quando a campainha tocou, ela pensou em não atender. Já estava cansada emocionalmente para outro confronto com Mathias, mas era Diana.
— Oi, que bom que é você. O que veio fazer aqui agora? - ela estranhou — Você não tinha que trabalhar no restaurante hoje?
— Tinha - ela deu de ombro — Mas o Felipe ligou e eu saí - elevou o queixo — Minha nova amiga e chefa precisa de mim. Somos amigas... Certo? - fez uma cara engraçada.
— Claro que somos - ela respondeu rindo — Mas Felipe não deveria ter aborrecido você. Depois eu ligaria para avisar. Não vou mais ao restaurante.
— Ele me disse - sentou na poltrona florida — Mas ainda está de pé a sua proposta?
— De trabalhar comigo? É claro que sim - sentou perto dela — E o que eu tenho para receber lá fica com você também - franziu o nariz — Não vou deixar nada para eles. Já estou na reta final do que vim fazer. Aproveite o dinheiro e dê aos seus pais para ajudar.
— Obrigada. Eu vou aceitar sim - mordeu o dedo indicador pensando — Ai que bom que você já vai encerrar - esfregou as mãos — Confesso que estava super nervosa e ansiosa e se não tivesse mais sua proposta, eu estaria ferrada agora.
— Ué... Porque? - ela riu.
— Eu pedi as contas no restaurante e disse aos meus pais que iria trabalhar para você. Eles não sabem de nada pessoal, não se preocupe, só o que interessa saber.
— Mas você lhes disse que vai ajudá-los antes de ir?
— Disse sim, para não ficarem preocupados. Também vou ficar depositando todo mês um valor na conta do meu pai. O que você vai me pagar é suficiente para mim, posso ajudar de boa.
Anelie ficou contente com isso. Ela precisava de alguém de confiança e com Diana faria assim como o marido fizera com outras pessoas. Estenderia a mão para ela e abriria oportunidades em novos caminhos, que talvez ela sozinha não conseguiria chegar.
— Que bom, Diana - ela sorriu — Fico feliz em saber e agradeço que tenha confiado em mim.
— Eu que agradeço, Anelise. Você está fazendo muito mais por mim, do que qualquer outra pessoa que eu conheço - meneou a cabeça — Não vou perder a chance.
— Eu entendo você, infelizmente muitas vezes pessoas de longe são as que mais nos trazem algo de bom - apontou o dedo para ela — Mas eu já aviso que vou exigir muito, hein!
— Por mim está ótimo - ergueu as mãos — Pode exigir sim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....