Parte 1...
Anelise decidiu levar Diana com ela para sua casa em Aracaju e a fez ir até onde morava para falar com os pais e explicar. Era uma casinha pequena, bem menor do que a de sua avó e Diana dormia em um quartinho apertado e só havia um banheiro para eles.
Ela e os pais ficaram envergonhados no começo, mas depois que ela contou que também foi pobre e vivia só com a avó, eles entenderam e relaxaram.
— Garanto que o tamanho da casa não mostra o tamanho do caráter - ela comentou para relaxarem e aceitou uma xícara de café — Eu conheço pessoas que vivem em verdadeiros palácios e não têm nada de caráter.
— Diana nos explicou sobre sua oferta de emprego - a mãe dela disse sentando ao lado.
— Eu gostei muito de conhecer a Diana - respondeu sincera — Acho que ela vai ser uma ótima assistente pessoal para mim.
— Viu só, mãe? - a abraçou — Vou poder ajudar vocês.
— Não tem que se preocupar conosco, filha - o pai dela disse — Tem que fazer a sua vida.
— Ela tem que se preocupar, sim - Anelise afirmou — É sempre importante ser grato a quem dedica sua vida à nós. A maioria das pessoas nem deveriam ser pais, já que não querem criar seres humanos decentes que participem da sociedade para contribuir - disse séria — É horrível ver o modo como os jovens estão perdidos por aí, sem um caminho, porque seus pais não foram responsáveis com seus deveres e obrigações. Diana vai ter mais tranquilidade financeira agora. Nada mais justo do que retribuir.
— E você vai vir visitar a gente? - a mãe perguntou.
— Vou sim. Agora é só uma ida rápida para eu conhecer a empresa e outras coisas e já volto.
— Verdade. Vai ser bem rápido. Estou finalizando aqui ainda.
Anelise ficou conversando com os pais dela, enquanto Diana pegava algumas coisas pessoais para levar na viagem.
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Durante o voo foi engraçado. Diana tinha a mesma impressão que ela teve quando fez seu primeiro voo com Haroldo.
— Gente que coisa linda - alisou o couro da poltrona marrom — Esse avião é da empresa?
— Não - sorriu — Esse é meu. Eu só uso o da empresa quando é uma viagem de negócios.
— Sério? - ela arregalou os olhos — Meu Deus, você é muito rica mesmo.
— Acho que sim - ela riu balançando a cabeça — Vai se acostumar quando começar a viajar mais comigo, quando formos para o exterior.
— Eu vou sair do Brasil? - se espantou.
— Com certeza que sim, mas antes tem que aprender outras coisas, novos idiomas - ela ergueu o dedo — Principalmente o italiano e um pouco de inglês e espanhol.
— Mesmo? - franziu o nariz — Não é muito difícil?
— Com vontade de aprender, não é. Eu vou muito à Itália com minha família e também em nossa casa na Austrália. Preciso que você se comunique bem nesses locais.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....