O Amor Perdido romance Capítulo 123

O coração de Dorothy deu um pulo, depois que ela terminou de falar. Ela desviou o olhar rapidamente e esperou pela resposta de Credence, em silêncio. Ela sentia um misto de antecipação, apreensão e amargura.

Então, ela esperou um longo tempo, mas Credence ainda não lhe deu uma resposta.

O que Credence lhe deu foi um longo período em silêncio e indiferença.

Os olhos de Dorothy estavam avermelhados, ela zombou de si mesma por estar tão sentimental de novo.

Ele nem mesmo deu uma reposta qualquer. Portanto, como ela poderia ter coragem de voltar a ter aquela vida miserável novamente?

No final, ainda havia um toque de insatisfação em seu coração.

Dorothy respirou fundo e o indagou mais uma vez, com uma voz triste e fria: “Credence, você já me amou?”

"Eu a amo?" ele pensou.

Credence se fazia a mesma pergunta em seu coração.

Durante quatro anos de casamento, de fato ele gostara de fazer amor com ela. Ele era obcecado por cada centímetro de seu corpo, pois isso o levava ao paraíso. No entanto, ele nunca ligou muito para o que ela sentia ou pensava.

Sem pudor nenhum, pode-se dizer que nos últimos quatro anos ele só estava interessado no corpo dela. Quanto à personalidade de sua esposa, ele nunca havia dado atenção.

Porém, se ele contasse a verdade naquele momento, seria um golpe brutal contra ela. Além disso, ele não conseguiria mais trazê-la de volta para o seu lado.

Ele não podia ser honesto com ela, mas também não queria mentir para ela. Por traz do silêncio de Credence, ele debatia-se diante deste dilema.

Ele estava a cerca de três metros de Dorothy, olhando fixamente para ela. O seu rosto brilhava e se enrubescia, sua pele delicada era reluzente e alva, o que a fazia parecer mais adorável do que antes.

O que isso significa?

Isso significava que, depois de deixá-la, mesmo estando presa na sala de detenção, ela tinha tido uma vida melhor do que antes.

De repente, o olhar de Credence se aguçou. Ele viu uma marca tênue de mordida, ainda perceptível, no canto superior do lado esquerdo dos lábios de Dorothy, deixando ainda mais atraente.

Aquilo era uma marca de beijo?

Juelz deve ter deixado aquela marca quando eles estavam se beijando!

Mesmo em silêncio, Credence não faria troça de si mesmo. Mas, ele já queimava de raiva. Ele esticou o braço forte e agarrou Dorothy pelos ombros. Arrastou-a para o seu lado e a pressionou contra a parede. Ele ignorou sua resistência, apesar de atordoada ele se aproximou dela e a beijou ferozmente.

"Ai! Está me machucando!"

Credence pegou os lábios de Dorothy de surpresa. Ela mordeu vorazmente o canto do lábio esquerdo, como uma besta. Ela sentiu tanta dor que as lágrimas brotaram de seus olhos, além disso seu corpo não parava de tremer.

Maldição! Será que esse canalha enlouqueceu?

Enquanto isso, Credence ardia em fúria. Ele abraçou o corpo macio de Dorothy, que há muito ele não sentia o toque. Ele queria usar todos o seu poder para amarrara essa mulher ao seu lado, para que ela nunca mais se envolvesse com nenhum homem.

Credence beijou-a até a dor de seu estômago se tornar cada vez mais insuportável por causa do esforço. Então, ele a libertou, ofegante e malicioso. Ele encarou a barriga dela, estava maior do que antes. Com uma expressão confusa nos olhos, ele perguntou: “Você tem se divertido com Juelz ultimamente?”

"Quando é que me diverti com o Juelz?" Dorothy pensou consigo mesma.

Ela sentiu que Credence tinha enlouquecido. Antes de se divorciarem, ele fazia pouco caso dela. Mas, recentemente, ele a colocava em apuros e estava ficando louco.

Ele não afrouxou o aperto, ainda envolveu seus braços em torna da cintura dela, pressionando-a contra a parede. Dorothy estava nervoso e sentiu um desconforto no estômago ao ser prensada pelo braço. Ela levantou a cabeça e o encarou com raiva. “Credence, me solte!"

Como ela estava ansiosa, ela falou rápido e em um tom agudo. O movimento dos lábios fisgou a atenção de Credence. Em particular, a marca no canto dos lábios, a qual fez Credence perder a cabeça.

Ele tinha feito o seu melhor para ajudá-la, utilizara todos os seus contatos apenas para reduzir a sentença dela. E o que ela fez?

Na verdade, ela tinha abraçado e beijado Juelz na sala de detenção, e até mesmo...

Credence queria logo sanar todas as dúvidas em seu coração. Ele estendeu a mão e agarrou a bainha do uniforme da prisão de Dorothy. Levantou-a e olhou friamente para aquela bela e protuberante barriga, e um leve vislumbre do seio dela.

Sua pele era clara e limpa, sem nenhum chupão vermelho suspeito.

Por alguma razão, Credence deixou escapar um suspiro de alívio. Com dois dedos longos ele ergueu o queixo de Dorothy com força. Sua expressão se tronou mais fria e agressiva, com um sorriso de escárnio ele disse: “Nós nos divorciamos há pouco tempo, e você já foi correndo para Juelz. Você estava desesperada?”

Suas palavras sombrias e ásperas foram como espinhos afiados perfurando o coração de Dorothy, causando-lhe uma dor lacerante.

Ela não lutou para se livrar da mão de Credence, que segurava seu queixo. Ela ligeiramente ergueu-se e o fitou calmamente: “Sr. Scott, como você mesmo disse, agora sou uma mulher divorciada. Portanto, estou livre. É normal que eu me encontre com outro homem, não é?”

Sr. Scott?

Ao ouvi-la se dirigir a ele de forma sarcástica, a mente de Credence encheu-se com imagens dela e Juelz em momentos de intimidade, trocando beijos e abraços, uma cena nojenta. Ele sentiu uma pontada no coração e perdeu toda a sua racionalidade.

De repente, ele fez outra investida contra ela. Com sua longa perna, ela a posicionou entre os joelhos e Dorothy e gradualmente a moveu para cima. A perna dele parou bem abaixo de sua barriga.

Naquele momento, Dorothy extremamente aflita.

Ela sempre considerou a criança em sua barriga mais importante do que sua própria vida. Naquele momento, a perna de Credence estava pousada logo abaixo da criança. Se ele se tornasse ainda mais violento e desse um empurrão...

Dorothy estava tão assustada que não se atreveu a se mover, nem a irritar ainda mais Credence. Ela implorou suavemente com os olhos vermelhos: "Credence, por favor, não machuque meu filho."

Então, Dorothy ergueu a cabeça para olhar para ele. Seu rosto estava pálido e seus olhos estavam marejados de lágrimas com suas súplicas cautelosas.

Credence respirou fundo ao ouvir a palavra 'criança'. Com um movimento ágil, ele afrouxou o aperto em seu queixo e removeu sua perigosa perna direita. Ele olhou friamente para ela, e seu belo rosto estava cheio de raiva.

Ela estava protegendo o filho de Juelz com tanto cuidado.

No instante seguinte, ele se virou e saiu sem olhar para trás. Sua presença era incisiva e congelante!

Dorothy viu a pesada porta de ferro se abrindo e fechando na sua frente. A figura fria do homem desapareceu.

Ela olhou para o teto acima de si. Ela piscou e as lágrimas escorreram de seus olhos, enquanto isso seu corpo tremia por inteiro.

Depois de muito tempo, Dorothy finalmente se acalmou. Ela caminhou lentamente para o banheiro e encostou-se na porta, sorrindo amargamente.

Ela tinha convicção de que seu relacionamento com Credence de fato havia acabado.

Ele definitivamente a deixaria em paz e pararia de importuná-la.

Era algo pelo qual ela ansiava muito, mas quando este desejo se tornou realidade, o que ela sentiu foi insatisfação e certa relutância.

Ela o amava há pelo menos uma década, sua afeição por ele tinha criado raízes profundas em seu coração. Como era doloroso e difícil esquecê-lo.

Os dedos de Dorothy tremiam enquanto ela apertava o peito. Ela fechou os olhos em desespero.

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