O Amor Perdido romance Capítulo 124

Porém, por mais triste que ela estivesse, a vida continua e vale a pena olhar para o futuro.

Para garantir que o bebê em sua barriga continuasse bem nutrido, mesmo se sentindo péssima, Dorothy ainda se obrigava a comer um jantar bastante farto.

Depois de se sentir um pouco estufada, ela caminhou vagarosamente por sua cela, a qual tinha menos de cinco metros quadrados.

Sob a vigilância de um guarda penitenciário, Juelz entrou carregando sacolas de todos os tamanhos. Observando Dorothy, que parecia estar à vontade, Juelz não conteve o sorriso: “Dory, vim visitar você e o bebê. Venha ver o que eu lhe trouxe hoje.”

Ele havia trazido várias roupas de bebê. As coisas mais maravilhosas que ele comprou foram as mamadeiras e o leite em pó importado. Ele comprou uma dúzia de mamadeiras, vermelhas, amarelas, roxas, azuis, de todas as cores disponíveis.

Dorothy pegou uma das lindas mamadeiras. Então, ela não podia perder a oportunidade de provocá-lo: “Você comprou tantas mamadeiras. Alguém o deixou irritado de novo?”

Da última vez, uma vendedora lhe disse de maneira provocativa: “Seu bebê vai ser tão bonito quanto você, quando ele crescer”. Ao ouvir isso, Juelz quase comprou todas as roupas da loja.

Com terceiro filho da família Sherman, Juelz sempre teve tudo a sua disposição, principalmente quando se divertia nos clubes. Contudo, recentemente, para agradar e mimar Dorothy, ele entrava nas lojas de bebês e escolhia cuidadosamente os itens que pretendia comprar. Dorothy achava aquela cena muito cômica.

"Não fui persuadido por ninguém desta vez. É porque tenho uma boa notícia!"

Juelz exalava alegria. Ele estendeu a mão para segurar os ombros de Dorothy e a puxou para si, olhando-a com os cílios tremulando, “Dory, após importunar e persuadir meu avô, incansavelmente dia e noite, enfim ele concordou em permitir que você seja minha namorada, depois que você sair da prisão!”

"Dory, você não está feliz? Isso não é maravilhoso?"

Ele não disse a ela a verdade.

Mas, verdade seja dita, quando Gordan descobriu que a mulher com quem Juelz insistia em se casar, não era alguém que ele conhecera em um bar, mas sim a ex-esposa de Credence, ele quase teve um infarto. Ele ficou furioso com Juelz e o repreendeu, dizendo que ele poderia se casar com quem quisesse, exceto Dorothy.

Gordan disse em tom de desagravo que, se Juelz ousasse se casar com Dorothy, ele o deserdaria como seu neto. O expulsaria junto com Dorothy!

Juelz conhecia muito bem o temperamento do avô. Ele sabia que Gordan não faria isso com ele.

Quando era mais jovem, ele havia feito muitas coisas imprudentes, porém, no final do dia ele apenas recebia uma surra de Gordan, extravasando sua raiva.

Portanto, se ele quisesse se casar com Dorothy, desde que ela concordasse e estivesse disposta a ter um novo casamento, ele poderia tentar convencer Gorda a aceitar Dorothy, permitindo que ela entrasse oficialmente para a família.

Olhando para o sorriso de Juelz, Dorothy não se sentiu confortável surpresa, pelo contrário ela ficou chocada e desamparada.

Ela não queria desapontá-lo, então balançou a cabeça com um sorriso e disse: "Juelz, vamos conversar sobre isso mais tarde. Eu só quero ter o meu filho em segurança. Por enquanto, não quero pensar em outras coisas além disso.”

Ao ouvir suas palavras, a expressão de Juelz ficou sombria. Ele lentamente esquadrinhou o rosto de Dorothy. De repente, ele notou uma marca avermelhada no canto de seus lábios. Parecia uma marca de mordida, quando alguém é beijado a força. Ele semicerrou os olhos, com o dedo indicador tocou suavemente a região da mordida. Então, ele inquiriu: “Dory, por que de onde veio este machucado? Algum mosquito te picou?”

Todos os dias, uma faxineira arrumava a cela. O recinto tinha ar-condicionado, máquina de lavar e tudo o que ela precisava, exceto, claro, pela liberdade. O lugar era mais luxuoso do que uma suíte comum de hotel. Como poderia haver um mosquito ali?

"Não."

Dorothy balançou a cabeça e lembrou-se de quando Credence estivera ali, a menos de três metros de si, além de sua costumeira aura congelante, não havia nada de incomum. Contudo, um segundo depois, seu olhar mudou e ele se tornou violento.

Como se tivesse se recordado de algo, Dorothy correu para o banheiro. Ela observou seu rosto no espelho pendurado na parede e encontrou a pequena mancha vermelha no canto dos lábios, de fato parecia uma marca de mordida feita por um homem depois de beijá-la.

Oh, essa foi a razão de tudo o que aconteceu.

Credence pensava que Juelz a havia beijado, por isso ele ficara exaltado com ela e a tratara com tanta grosseria.

Olhando para o canto dos lábios, Dorothy sentia-se confusa e permaneceu em silêncio.

Alguém chutou a porta do banheiro e Juelz entrou ansioso. Ao ver Dorothy, que encarava aturdida a pequena ferida no canto dos lábios, Juelz ficou mordido de ciúmes. Furioso ele ergueu o tom da voz, “Dory, foi Credence quem fez essa marca de mordida?”

"Não, fui mordida por uma criança de três anos."

Dorothy ficou assustada. Então, ela tocou o canto da boca e se lembrou do menino gordinho, que se jogou em cima dela quando a viu. Ele veio gritando: “Posso ganhar um abraço?” Ela não podia simplesmente negar, então sorriu para ele.

Ele era o filho de três anos, de uma das suas companheiras da prisão, ele viera com seu pai visitar a mãe. Quando Dorothy passou, o menino a viu e correu rapidamente em sua direção.

Dorothy foi pega desprevenida. Como ela estava grávida, ela temeu que o menino pudesse esbarrar no bebê em sua barriga. Por isso, ela não se atreveu a esticar os braços para abraçar o menino. Então, ela pensou que era melhor se esquivar para o lado.

O menino caiu no chão e começou a chorar. Só quando Dorothy se abaixou, tirou um brinquedo e um chocolate do bolso e deu a ele, deixando o menino contente.

No entanto, ele não esqueceu que caíra por causa de Dorothy. Quando ela não estava prestando atenção, ele abriu a boquinha e a mordeu com voracidade, deixando a marca suspeita, a qual fizera tanto Credence como Juelz interpretar de maneira errada a situação.

Ao ouvir que Credence não era o autor da mordida, Juelz deu um longo suspiro de alívio. Ele acompanhou Dorothy para fora do banheiro e tagarelando sem parar. Ele a importunou sobre todos os tipos de assuntos. Naquele momento, ele desejou por ficar com Dorothy o dia todo, se tornar o seu guarda-costas.

Só bem tarde da noite, quando Dorothy já demonstrava cansaço e estava à beira que o mandar embora, Juelz, com relutância, resolveu sair.

“Dory, se alguma coisa acontecer, peça para a guarda da prisão me ligar. Meu celular sempre vai estar disponível para você, vinte quatro horas por dia, sete dias por semana. Não hesite em ligar!” Disse Juelz a ela antes de ir embora.

......

À meia-noite, um Maybach preto estacionou silenciosamente na frente seu uma mansão luxuosa e discreta nos subúrbios.

Credence abriu a porta e saiu do carro. Ele viu que as luzes do quarto de hóspedes em que Dorothy costumava ficar, estavam acesas. A luz suave e branca não era diferente das demais luzes, brilhando em seus olhos, aqueceu seu coração de gelo.

Através das janelas translúcidas, ele vagamente viu a silhueta de uma pessoa dentro do quarto.

Quase instantaneamente, Credence voltou a si, seu rosto bonito assumiu feições sombrias.

Dorothy estava na prisão. Quem estaria em seu quarto àquela hora da noite, então?

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