Credence destrancou a porta com sua impressão digital e entrou na grande sala de estar com passos pesados. Ele caminhou pelo corredor e foi em direção ao quarto de hóspedes.
Quanto mais perto ele chegava da porta entalhada, seus passos foram diminuindo a velocidade.
Ele caminhou pelo corredor vazio, queria poder fumar um cigarro para acalmar seu coração descompassado.
Ele sabia que era impossível Dorothy estar no quarto, mas ele ainda estava envolto naquela ilusão boba, como se nada tivesse acontecido entre ele e Dorothy, como se o divórcio não tivesse acontecido. Apesar do relacionamento distante e frio, seus corpos pelo menos estavam próximos.
Quanto a Dorothy, ele esperava que nunca o deixasse ou tivesse sido presa. Ele ainda desejava que ela fosse a mesma mulher dos últimos quatro anos, deitada em sua cama e usando uma simples camisola. Ele queria vê-la escutando músicas para relaxar, enquanto esperava ele voltar para casa.
Infelizmente, isso não passava de um sonho longínquo e que nunca se realizaria.
Embora ele tivesse bebido muito na companhia de Jonathan no bar, ele não conseguia tirar a imagem de Dorothy de sua mente..
Quanto mais ele bebia, mais doce o sorriso dela parecia em sua mente. Ela era como uma linda flor se desabrochando, ninguém poderia se comparar a ela!
Credence piscou os olhos com força, depois os abriu novamente. Ele estava tão agitado que acendeu um cigarro e entrou quarto. Ele perguntou friamente: "Quem está aí?"
"Credence, sou eu!"
Uma voz suave e feminina ecoou, Rosalie, vestia o pijama de Dorothy e tinha feito um penteado semelhante ao dela, caminhou de maneira graciosa e charmosa, em direção a Credence.
“Sr. Scott, é tudo culpa minha. Eu não verifiquei o quarto com cuidado e uma mulher qualquer simplesmente entrou.”
Maria, que estava no quarto da emprega, ouviu o barulho e correu para ver o que era. Quando ela viu Rosalie vestindo o pijama de Dorothy, sem permissão, ela ficou furiosa ao ponto de seus lábios ficarem crispados, “Srta. Fisher, quando você entrou aqui? Por favor, eu agradeceria se você tirasse a roupa da Sra. Scott.”
Quem essa mulher pensa que é? Ela estava usando as roupas da Sra. Scott e dormindo na cama dela, só porque ela não estava por perto. Rosalie até queria roubar o marido da irmã. Que vergonha.
Ela tinha visto muitas pessoas de mau caráter ao longo da vida, mas nunca alguém tão horrível assim.
Credence gritou: "Não me toque!"
No momento em que os braços macios de Rosalie esticavam-se até ele, Credence a repeliu. Ao fazer isso, um forte cheiro de álcool exalou de seu corpo.
“Credence, eu fiz o que você me pediu, então por que não pode me perdoar? Por que você sendo tão frio comigo?”
“Eu admito que não deveria ter armado para incriminar Dorothy, mas eu fiz tudo aquilo porque eu te amo!”
"Meu amor por você nunca mudou. Meu amor por você só cresce a cada dia. Quanto a você, está sempre nesse jogo de morde e assopra comigo. Você até se esqueceu da sua promessa de que depois de se divorciar de Dorothy iria se casar comigo. Você se esqueceu de tudo..."
"Estou com tanto medo. Tenho medo de que você não me queira mais e de que eu não tenha mais um lugar seu coração."
"Vamos recomeçar? Não quero um título, não quero nada. Enquanto você estiver disposto em me ter ao seu lado, ficarei satisfeita para o resto da minha vida!"
As palavras de Rosalie foram tão nojentas e afetuosas que até Maria teve vontade de vomitar ao ouvi-las.
Enfim, ela tinha testemunhado com seus próprios olhos como os desavergonhados são invencíveis.
Rosalie tinha usado a desculpa do amor para se infiltrar lentamente em suas vidas. Ela queria tirar o Sr. Scott de sua esposa. Como ela podia ser tão sem vergonha?!
Depois disso, a única resposta que Rosalie obteve de Credence foi o som estrondoso da porta se fechando. Ele entrou no quarto e bateu a porta atrás de si.
Ele parou no meio do quarto e olhou ao redor com frieza.
Ainda havia muitas roupas no guarda-roupa, as quais Dorothy não teve tempo de retirar. Ao lado da mesa havia as bonecas em forma de borboleta. Na cama, os travesseiros dos quais ela gostava e tinham padrões florais em azul. No meio de todas essas coisas, um lindo lótus francês. Mais borboletas ao redor dos padrões florais. Esse era o travesseiro favorito de Dorothy.
Ele se aproximou e colocou os braços na cama. Ele curvou seu corpo alto, e com seus dedos longos e pálidos, ele gentilmente pegou o travesseiro e cobriu seu rosto frígido com ele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Amor Perdido
Bom dia, haverá atualização desse livro?...