O Amor Perdido romance Capítulo 63

Assim que Credence saiu, Maria correu para o quarto de hóspedes.

Depois de passar pelo closet do lado de fora, ela abriu a porta do quarto em pânico. Então, ela sentiu um calafrio pelo corpo e seus lábios tremeram, "Sra. Scott, o que aconteceu com você?"

O pijama de Dorothy ainda estava todo desalinhado. Havia hematomas em sua pele, alguns deles de cor roxa ou preta. Foi um choque vê-la daquele jeito.

Dorothy sentia tanta dor, que não conseguia mexer o corpo ao ouvir a voz de Maria. Ela virou a cabeça vagarosamente e com os dedos tocou seu peito. Com um sorriso cansado e abatido ela disse: “Maria, aqui está doendo. Dói muito.”

Resmungar aquelas palavras foi muito doloroso, ela não tinha forças para amaldiçoar Credence.

Os olhos de Maria ficaram vermelhos e lágrimas escorreram pelo seu rosto, "Ele ... ele foi longe demais."

Ele a tratava com crueldade, como se não fosse sua esposa, mas sim uma inimiga mortal.

De pé ao lado da cama, Maria estava perdida e não sabia o que fazer. Ela queria ajudar Dorothy a se levantar e vestir roupas limpas, mas quando viu os ferimentos por todo o corpo de Dorothy, os quais não podiam ser escondidos, ela não se atreveu a tocá-la. Tinha receio de que poderia machucá-la.

"Maria, estou bem. Ajude-me a tomar banho."

Dorothy cerrou os dentes enquanto segurava a dor causada por Credence. Com a ajuda de Maria, ela entrou lentamente na banheira.

Maria abaixou-se para deixar a água na temperatura certa para Dorothy. Então foi buscar uma toalha e roupas limpas, antes de expressar sua preocupação: “Esperarei lá fora. Se precisar de alguma coisa é só chamar.”

"Tudo bem."

Dorothy acenou a cabeça, exausta. Depois de ficar cerca de quinze minutos mergulhada na banheira, sua pele ficou rosada. Não conseguia remover o cheiro e os vestígios de Credence do seu corpo. Ela não teve escolha a não ser pedir ajuda para Maria.

Maria entrou no banheiro e com uma toalha limpa secou o corpo de Dorothy, cuidadosamente. Então, a ajudou a se vestir e ir para a cama.

"Maria, obrigada."

Dorothy estava exausta e desanimada. Depois de agradecer a Maria, ela fechou os olhos e adormeceu, mas não dormiu um sono profundo.

Maria não conseguia se concentrar no trabalho, ficava relembrando a ordem de Credence. De tempos em tempos ela ia até o quarto de hóspedes, para verificar o estado de Dorothy.

Pela manhã, a temperatura de Dorothy estava normal. Ela adormeceu de novo após tomar um pouco de sopa.

Enquanto isso, Maria recebeu um telefonema de Credence. Ele perguntou sobre a condição de Dorothy em um tom indiferente e casual.

Mesmo estarrecida com o que Credence fizera a Dorothy, Maria relatou em detalhes o estado de Dorothy.

Ela não sabia o que se passava na mente de Credence. Ele apenas respondeu "tudo bem" antes de desligar o celular.

Era meio-dia, enquanto Maria cozinhava, os nervos de suas pálpebras começaram a se contrair sem parar.

Será que aconteceu algo com Dorothy?

Maria rapidamente colocou de lado a faca que estava segurando e correu para o quarto de hóspedes.

Ao se aproximar da cama, viu que o rosto de Dorothy estava vermelho e ela murmurava durante o sono. Maria ficou com tanto medo, que naquele instante seu coração quase parou de bater.

"Sra. Scott, o-o que há de errado?"

Maria aproximou-se gentilmente e com as costas da mão tocou a testa de Dorothy. Ela pode sentir o calor ardente, o que a deixou assustada e com o rosto pálido.

Febre!

Maria cambaleou até a mesa de cabeceira e tateou em busca do celular de Dorothy. Assim que o encontrou, ligou imediatamente para Credence: "A Sra. Scott está ardendo em febre e delirando. A Dra. Sanders foi para Monticello fazer um intercâmbio acadêmico de uma semana. Devo levar a Sra. Scott para o hospital?”

Os hematomas espalhados pelo corpo de Dorothy haviam se tornado escuros e arroxeados. Ela dormia, porém parecia estar em seu leito de morte. Maria estava extremamente preocupada em vê-la assim.

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