O Amor Perdido romance Capítulo 66

Credence saiu da enfermaria. O céu estava escuro e o vento tempestuoso farfalhava as folhas do lado de fora da janela. A noite seria chuvosa.

Depois de alguns passos, Jonathan, com um cigarro entre os lábios finos, foi em direção a Credence. “Fiquei esperando por você por três horas, dezesseis minutos e nove segundos. Finalmente você resolveu sair.”

Ele não sabia que artifícios Rosalie tinha usado para manter Credence em seu quarto por três horas.

Jonathan admirava esse tipo de mulher. Ele sempre mantinha distância de tais mulheres, pois sabia que não estava à altura delas.

Credence ignorou a provocação de Jonathan e lançou um olhar para ele com seus olhos agudos. Ele perguntou , "Como ela está?"

Havia uma pitada de preocupação em sua voz.

Ele não dormiu por mais de dez horas, mas, seu olhar cansado não podia ser escondido, ele ainda estava de pé. Sua camisa e calça pretas pareciam limpas, sem qualquer vestígio de sujeira ou amassado. Era notável como seu orgulho estava gravado em cada parte de seu corpo severo.

Até mesmo Jonathan ficava deslumbrado com o ar de indiferença de Credence.

Ele pensou consigo mesmo, "Não é de se admirar que Rosalie ainda queira ficar com esse homem charmoso e cínico, embora ela soubesse que Credence é um homem casado."

O homem, que era mais alto do que Jonathan, lançou um olhar penetrante e impaciente para ele. Jonathan estava com tanto medo de seu olhar que fingiu um sorriso, e deu um tapinha no peito, produzindo um som alto e surdo.

“Credence, pode confiar em mim! Assim que recebi sua mensagem, providenciei o melhor médico para cuidar de Dorothy e... aham, Credence, não me olhe desse jeito. É assustador!”

"Oh, quase esqueci. O mais importante é que designei uma equipe de médicas. Não havia nenhum médico. Você ficou satisfeito com a seleção da equipe?"

"Sim."

Credence assentiu levemente e não deu mais corda para Jonathan, que continuava falando bobagens. Credence se virou e saiu.

Pela expressão carrancuda do homem, Jonathan não sabia se ele estava satisfeito ou não. Ele sabia que Credence, desde jovem se mostrava indiferente com os outros. Mas, isso era o de menos, ele seguiu Credence e continuou tagarelando.

“Credence, você consegue ficar calmo o tempo todo. Além disso, você tem quatro das seis principais características de um homem solteiro. Sinceramente, nenhuma mulher consegue lidar com você!”

“Dorothy é cega o suficiente para se apaixonar por você. Ela é gentil e boa, então ela está disposta a suportar essa sua cara de pau e o seu mau humor...”

Jonathan não conseguia parar de falar. Ele esperou por mais de três horas e tinha muito a dizer. Ele continuou bombardeando Credence com suas palavras.

Credence não o suportava mais. Enquanto esperava o elevador, encarou Jonathan, que falava sem parar, e disse rispidamente: "Cale a boca!"

Jonathan estava acostumado com o seu mau humor e não se importou nem um pouco. Apenas encolheu os ombros. O elevador abriu as portas, ele entrou e disse com arrogância: “Credence, digo isso para o seu próprio bem. Vai se arrepender por não me escutar! Se não quiser ser um homem melhor, mesmo uma mulher boa como Dorothy, uma hora vai acabar perdendo a paciência e te deixar um dia.”

Naquele momento, Jonathan não sabia que sua piada já havia se tornado realidade.

"Saia já daqui!"

Jonathan, que foi chutado por Credence, xingou: "Droga! Por que está fazendo birra comigo quando é você quem está machucando sua esposa? Para sua felicidade, eu, o diretor do hospital, me tornei seu consultor de relacionamento. Não é fácil para mim também! "

"Saia daqui! Fique longe de mim!"

Quando o elevador chegou ao saguão do primeiro andar, Credence saiu impassível. Maria não ligou mais para ele para informá-lo sobre o estado de Dorothy. Ele estava muito ansioso que suas sobrancelhas estavam fortemente franzidas.

......

Às 3h30, um Maybach preto dirigia pela estrada na noite deserta.

As luzes fracas da rua refletiam no para-brisa do carro e iluminavam o rosto contido e severo de Credence. Conforme o carro se movia, as luzes da rua às vezes eram brilhantes e às vezes mais escuras.

O homem não fumava. Ele apoiava as mãos no volante preguiçosamente e só queria correr para chegar o mais rápido possível nos subúrbios, onde Dorothy estava.

Ele sentia uma sensação de angústia, que parecia sufocá-lo. Ele precisava desesperadamente relaxar e se perder no corpo macio e perfumado de Dorothy.

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