O Amor Perdido romance Capítulo 74

O olhar de Jonathan encontrou o de Marvin. Ambos observavam Credence e soltaram um suspiro, ao ver que amigo atormentado pelo mal-estar e ainda se importava com Dorothy. Eles se aproximaram para segurar Credence, que tentava se levantar e o acomodaram de volta na poltrona.

Era proibido fumar no avião, mas Jonathan estava com muita vontade de dar umas tragadas. Ele não escolha a não ser pegar um cigarro, colocá-lo embaixo do nariz e inalar o seu perfume. Ele se sentia extremamente inquieto: “Credence, pare de se torturar. Entramos em contato com todas as pessoas que conhecemos em Palm City, para pedir ajuda. Assim que houver notícias sobre Dorothy, eles vão nos avisar. Você não está bem fisicamente e se você piorar antes de encontrá-la? O que diabos pensa que está fazendo nessas condições?”

"Eu nunca vi você se importar tanto com Dorothy antes disso!"

Claro, Jonathan tinha receio de expressar este pensamento em voz alta, então a última frase ecoou em sua mente.

Marvin entregou para Credence um pacote de anti-inflamatórios e um copo d’água. Ele jogou quatro comprimidos na boca de Cedence e deu-lhe um pouco de água para engolir os remédios. Por fim, Marvin disse com sua voz cavernosa: “Credence, agora tente descansar um pouco. Assim que chegarmos em Palm City, não vamos detê-lo, mesmo que você queria revirar o mundo em busca dela!”

Benjamin também acenou com a cabeça preocupado. "A Sra. Scott ficará preocupada se você desmaiar."

O homem deitado na poltrona do avião virou-se de lado com os olhos fechados. Em suas mãos, ele segurava com força o cartão de crédito ilimitado, que Dorothy deixara quando partiu.

Parecia que o cartão de crédito ainda preservava a temperatura corporal e o cheiro de Dorothy. O cartão era a razão pela qual ele conseguiu chegar até ali, embora estivesse fisicamente exausto.

No fundo, ele sabia que os quatro anos de casamento não foram o suficiente para ele se apaixonar por aquela mulher teimosa. Contudo, seu corpo, especialmente seu estômago, já estavam acostumados com Dorothy, ele não conseguia mais viver sem ela.

ara o conforto de seu estômago e a felicidade de seu corpo, ele poderia tentar aceitá-la em seu coração, com o tempo.

......

Dorothy saiu da farmácia lentamente e parou na rua. Ela olhou em volta e encontrou uma imobiliária. Mancando, ela foi até lá.

Mais uma vez, ela escutou passos apressados vindo em sua direção. De repente, ela entrou em pânico e agarrou o antisséptico e a gaze com força. Quando virou na esquina, ela com agilidade pegou o frasco de remédio e bateu a sombra que se aproximava.

"Pare! Não chegue mais perto. Se você fizer isso, vou continuar batendo!"

"Dory, não me bata. Sou eu!"

O rosto e a cabeça de Juelz foram esbofeteados várias vezes. Ele estava com raiva, mas ao mesmo tempo a situação era cômica: "Como você ousa sair por aí desta maneira?"

Dorothy ficou atônita por um momento. Sua respiração ofegante pouco a pouco se acalmou. Ela franziu a testa enquanto olhava para Juelz e um sorriso atrevido apareceu nos lábios dele. Ela perguntou: “Juelz, por que está aqui? Você não ia sair com seus amigos? Por que voltou tão cedo?”

.“Aquelas mulheres não são bonitas. Estar aqui com você me deixa mais feliz.”

As palavras de Juelz deixaram Dorothy perplexa. Vendo que ele não se machucou, ela guardou o frasco na bolsa e disse sorrindo: “Tudo bem, tudo bem. Você chegou na hora certa, eu estava indo procurar uma casa para alugar.”

"Dorothy, o hotel não é bom? Por que você quer alugar uma casa?"

Juelz soltou um grunhido estranho e, em seguida, acenou com a cabeça em compreensão: “Eu sei! Você está preocupada que Credence a encontre aqui em Palm City, certo? Ficar hospedada no hotel não é uma solução de longo prazo, mas alugar uma casa é arriscado. É melhor comprarmos uma casa, eu tenho dinheiro o bastante e seria uma pena não o gastar!”

Ao ouvir o nome "Credence", o rosto de Dorothy não se contorceu em repulsa. No entanto, sua mão que segurava o frasco do antisséptico estremeceu.

Só então Juelz percebeu o frasco de remédio e a gaze em sua mão, bem como o ferimento na testa de Dorothy. Ele perguntou ansiosamente: "Dorothy, o que aconteceu com você? Não é de se admirar que você tenha me espancado, quando eu estava atrás de você. O que aconteceu? Você foi assaltada ou os homens de Credence a encontraram?"

“Maldição, esse canalha é extremamente eficiente!” Juelz pensou consigo mesmo.

“Juelz, por que Credence viria me procurar? Você pensa demais. Acabei de ser assaltada, o ladrão levou minha bolsa e eu caí na rua.”

Assim que Dorothy terminou de falar, soltou um suspiro de pesar. Ela se sentia um fracasso.

Ela era apaixonada por Credence desde os dezesseis anos, o amou incondicionalmente por dez anos. Mas, ele só lhe trouxera desespero e tristeza.

Ela pensou que seu amor seria retribuído, se devotasse todo seu afeto a ele. Era muita ingenuidade acreditar nisso?

"Bom, então vamos."

Juelz deu tapinha de alívio no peito: “Dorothy, mesmo que Credence não a ame, ele seria capaz de vir atrás de você. Vai saber se por um capricho ele vem para Palm City? Não alugue uma casa, o proprietário ou um vizinho pode acabar dando com a língua nos dentes. Se pretende realmente ficar em Palm City, então é melhor comprar uma casa. Escute-me, eu sempre tenho razão.”

“Mas... eu não tenho dinheiro para comprar uma casa.” Dorothy balançou a cabeça com um sorriso vago.

Para ser honesto, as palavras de Juelz foram muito razoáveis.

Se ela tivesse sua própria casa, comprasse os itens básicos, dos quais precisaria, ela poderia ficar o tempo que quisesse na casa. Se mantivesse certa descrição, ninguém notaria que ela era uma mulher divorciada e de outra cidade.

No entanto, suas economias eram muito pequenas.

Depois de deixar Credence, sua vida se tronava mais lamentável cada dia. Mas, ela não estava arrependida de sua decisão..

"Você não tem dinheiro, mas eu sim. O que é meu é seu. O que é seu ainda é seu."

A luz da iluminação da rua, Juelz olhou para Dorothy e disse em tom sério: “Nunca tive espaço em seu coração, certo?”

"Não, você sempre foi um bom amigo, meu melhor amigo."

“Isso é o suficiente. Como um mero melhor amigo com dinheiro, decidi comprar uma casa para você! Não está contente? Haha, suponho que seu silêncio é um sim.”

"Obrigada, Juelz."

Dorothy ergueu os olhos e o encarou. Vendo o sorriso extremamente sincero em seu belo rosto, ela corou e não disse mais nada.

As pessoas que a acolheram, ficaram gravadas no fundo de seu coração e ela se lembraria pelo resto da vida.

“Se você quer me agradecer, case-se comigo! Eu a esperarei de braços abertos...”

Dorothy sorriu e chutou Juelz. "Cala boca!"

No caminho de volta para o hotel, Dorothy se divertiu com Juelz e continuou rindo, como se o peso em seu coração tivesse se dissipado um pouco.

Não importava o que acontecesse, ela precisava continuar vivendo, certo?

Ao retornar para o hotel, Dorothy tomou um banho e vestiu um pijama confortável. Ela se deitou na cama e dormiu profundamente. Enquanto isso, o avião em que Credence e os outro voavam, de Talco City para Palm City, passou por cima do hotel onde Dorothy estava hospedada, rumando para a direção sul da cidade.

Ela estava tão cansada, que nem percebeu o barulho estrondoso do avião que passava no céu.

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