O Amor Perdido romance Capítulo 76

As pessoas que estavam dentro do carro, testemunharam a cena de Juelz segurando Dorothy nos braços e a conversa animada dos dois.

Jonathan não pode deixar de falar o que pensava, "M*rda, o que está acontecendo? Eles estão procurando uma casa agora. Decidiram morar juntos?"

O carro foi preenchido pelo silêncio. Ninguém respondeu Jonathan. Apenas ouvia-se o movimento de respiração, de cada um ali dentro.

"Cale-se!"

Marvin esticou a perna direita e chutou Jonathan com força. Então, Benjamin, que estava dirigindo, desviou o olhar para o homem fraco sentado no banco de trás.

Credence parecia não saber o que estava acontecendo. Seu rosto frio e belo encostou-se na janela do carro, em silêncio. Seus olhos ficaram enfurecidos, quando viu a mulher esguia que estava sumida há quase três dias, e agora estava aninhada nos braços de Juelz. Ela tinha um sorriso leve e uma expressão travessa, ao olhar para seu acompanhante. Seu sorriso era encantador.

Durante os anos de casamento, ela costumava elogiá-lo imperceptivelmente. Ela nunca sorriu para ele de maneira descontraída. Mas, ela estava exibia esse lado dela para Juelz.

Credence fechou seus olhos com pesar. Mas, ele conseguia ver claramente a cena, seus lábios finos e esquálidos fizeram uma curva tênue, exibindo o escárnio.

Ele estava arriscando a própria vida, enquanto a procurava por todos os lugares. No entanto, ela se apaixonou por outro homem, bem debaixo do seu nariz.

Bom!

Muito bom!

Os nós dos dedos delgados cerraram-se em punhos e ele socou a porta traseira do carro.

Um alto "bang" soou.

Jonathan, Marvin e Benjamin não puderam deixar de estremecer ao ouvir o som ensurdecedor e começaram a suar frio.

Um homem traído com raiva era uma visão apavorante!

O interior do carro foi preenchido com um ar gélido de congelar os ossos.

No final, foi Marvin o mais corajoso. Ele endireitou as costas e sussurrou para o homem sem expressão, mas todos sabiam que ele estava furioso: "Credence, ela está bem ali. Você não quer sair do carro?"

Credence balançou a cabeça friamente. "Primeiro, vamos segui-los por um tempo."

Naquela manhã, os quatro homens seguiram Dorothy. Eles observaram Dorothy e Juelz irem a um restaurante de frutos do mar, para uma refeição suntuosa. Enquanto isso, eles só podiam ficar no carro e comer biscoitos sem gosto. Jonathan quase chorou enquanto comia.

Contudo, quando olhavam para Credence, ninguém ousou reclamar que o biscoito era intragável.

Eles chegaram a pensar em pedir comida. Mas, tendo em vista que Credence acabara de sofrer uma parada e seu rosto estava muito pálido, como seu alguém próximo tivesse falecido. Nenhum deles sentia vontade de comer.

Do outro lado, Dorothy propôs voltar ao hotel para descansar depois daquele banquete de frutos do mar. Porém, sua ideia foi rejeitada por Juelz.

A ferida na testa já estava cicatrizada, não foi nada sério, mas seu pé ainda doía por causa da entorse. Ela sentia-se exaurida, como se todo o sangue de seu corpo tivesse sido drenado. Então, simplesmente deixou seu corpo recair no ombro de Juelz e perguntou: "Diga-me, aonde vamos exatamente?”

Ao chegar em Palm City, Juelz estava ainda mais animado do que ela.

“Vamos, Dorothy, anime-se. Vou levá-la às fontes termais, disseram que é um passeio obrigatório de quem vem à Palm City!”

Juelz chamou um táxi. Ignorando a objeção de Dorothy, ele a empurrou para dentro do carro e disse ao motorista o endereço para o qual estavam indo. Então, ele tirou um coco, de tamanho médio, de sua mochila preta e cavou um pequeno buraco no topo com um canivete. Ele inseriu um canudo e o entregou a Dorothy. Seu belo sorriso era atraente sob à luz do sol, "Dorothy, eu comprei um coco para você como forma de desculpa. Não precisa ficar com raiva. Você não fica bem quando está brava."

Era como se estivesse persuadindo uma criança de três anos. Dorothy ficou sem palavras. Ela pegou o coco, mordeu o canudo com a boca e deu um grande gole, "Juelz, você tem quase 30 anos, não pode estar falando sério."

"Há algo de errado em querer agradar uma mulher bonita?"

Juelz pegou um coco da mochila e gostou de beber com canudo. “Dorothy, se eu puder continuar a comer e dormir com você, como fizemos nestes últimos dias, estou disposto a sacrificar vinte anos da minha vida.”

Aquelas palavras doces pareciam sair de sua boca com facilidade. Mas, na verdade, ele estava muito nervoso naquele momento. Havia exposto seus verdadeiros sentimentos de maneira jocosa, para que Dorothy não o odiasse ou que afetasse a amizade entre eles.

"Juelz Sherman, você está falando bobagem de novo. Acredite ou não, vou chutá-lo para fora do carro."

Cada vez que Dorothy o chamava pelo nome completo, significava que ela estava à beira de ataque de fúria.

Juelz era a pessoa que mais temia a ira de Dorothy. Ele temia que ela o ignorasse, então rapidamente lançou um sorriso e disse: “Dorothy, só estou brincando. Por favor, não leve as coisas tão a sério.”

Embora houvesse um sorriso em seu rosto, por dentro ele contorcia-se de vergonha e ressentimento.

Ele conhecia Dorothy antes mesmo dela se apaixonar por Credence. Todavia, ele nunca teve chance de entrar em seu coração.

Naquele instante, Juelz tinha muita inveja do homem esplendido com quem ele não podia rivalizar de jeito nenhum!

Quando chegaram à fonte termal, Dorothy olhou para o lugar movimentado. Ela não hesitou e imediatamente decidiu voltar ao hotel para tirar uma soneca.

Ela tinha uma ligeira misofobia e tropofobia, lugares com muitas pessoas a deixavam tonta. Portanto, ela não gostava de frequentar eventos onde havia aglomeração.

Ela achou o passeio decepcionante.

Eram quase 18h30 quando pegaram outro táxi para voltar ao hotel.

Tanto na ida quanto na volta, as habilidades de rastreamento de Benjamin foram bem executadas, nem o motorista do táxi ou mesmo Dorothy descobriram que estavam sendo seguidos.

Após tomar um banho, Dorothy vestiu uma regata e um shorts branco e deitou-se na cama. Como de costume, ela piscou os olhos ligeiramente, enquanto lia as notícias no celular. De repente, ela escutou uma batida na porta.

Ela se lembrou de que o encanamento da água quente do quarto de Juelz estava com problemas desde de manhã, e ninguém tinha ido consertá-lo ainda. Logo, deveria ser ele vindo usar o chuveiro dela.

"Juelz, pare de bater. Você é tão barulhento. Estou indo."

Dorothy se levantou da cama e deu uma olhadela para suas roupas, que pareciam um pouco inadequadas. Ela pegou um blazer azul claro da mala e o vestiu, calçou os chinelos e saiu correndo pelo quarto. Caminhou pela sala de cerca de 20 metros quadrados, e girou a maçaneta para abrir a porta.

Ao abrir a porta, ela certificou-se de que era mesmo Juelz. Ele segurava uma toalha de banho e roupas limpas. Parado no meio do corredor, ele arqueou as sobrancelhas para ela, “Meu banheiro ainda está quebrado, posso usar o seu Dorothy?”

"Pode ir. Lembre-se de deixar tudo limpo depois de terminar e de trancar a porta para mim."

Dorothy estava cansada e com sono. Ela bocejou algumas vezes e voltou para o quarto, ela só queria dormir.

O banheiro estava ligado à sala de estar e ficava um pouco distante do quarto, cerca de dez metros ou mais. Então, ela não precisaria se preocupar com o barulho do banho de Juelz. Ela poderia dormir em paz.

......

Credence e os outros viram Dorothy e Juelz entrando no hotel. Cinco minutos depois, eles também desceram do carro e subiram as escadas da entrada.

Quando a recepcionista os viu, lamentou, pois o hotel já estava lotado e, por enquanto, não tinha quartos disponíveis.

Os olhos de Credence se estreitaram e ele vociferou: “Benjamin, dê dinheiro a ela e peça o número do quarto de Dorothy, e verifique os dez últimos minutos das câmeras de segurança.”

A visão de mundo de um magnata rico era simples, mas ainda sim selvagem!

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