O Amor Perdido romance Capítulo 77

Dorothy estava com sono. Mesmo assim, ela conseguiu ouvir alguém bater na porta, mais uma vez.

Ela se virou com impaciência, imaginou que fosse Juelz vindo procurá-la depois de tomar banho. Então murmurou: “Juelz, estou exausta, quero dormir. O que diabos você está fazendo agora?

Prestes a fechar os olhos e continuar a dormir, Juelz gritou bem alto no banheiro: “Dorothy, atenda a porta. Deve ser a comida que pedi.”

Ao escutar a palavra “comida”, Dorothy imediatamente abriu os olhos, com alto astral. Sua sonolência havia desaparecido por completo.

Depois de sua chegada à Palm City, os lagostins, os quais podiam ser encontrados em todos os lugares da cidade, era a coisa mais inesquecível para ela. Essa iguaria local era tão deliciosa, que ela nunca enjoaria, mesmo se comesse em todas as refeições.

Dorothy saltou da cama, esfregou os olhos turvos e caminhou, com seus chinelos azuis, até a porta. Abriu a porta e cobriu a boca com uma das mãos enquanto bocejava. Então perguntou: “Quanto é o lagostim?”

Ela ficou esperando um bom tempo pela resposta do entregador, mas ele não disse nada. Ela ficou irritada e o encarou: “Por que você não me responde...”

Logo em seguida, uma sensação de aperto na garganta e sua voz sumiu. Sua visão estava turva e ela ficou ereta como se estivesse congelada.

Ela não via mais o que estava a sua frente. Havia apenas um corpo masculino familiar. O cheiro que exalava dele invadiu suas narinas.

A camisa preta, o par de calças da mesma cor e o rosto magnífico, deixaram Dorothy deslumbrada.

Por um momento, seu coração deu salto e ela se esqueceu de respirar. A expressão em rosto denunciava um sinal de alívio e uma alegria secreta. “Você... por que está aqui?”

Credence ergueu seus olhos gélidos, que pareciam estar cheios de ódio. Porém, ele falou com calma e a indagou: “Por que você foi embora sem me avisar?”

Sua atitude distante como sempre.

Dorothy zombou si mesma. Ela pensou que ele tinha vindo a Palm City para levá-la para casa. No entanto, ele só queria fazer outro interrogatório.

"Credence, eu não fui embora sem te avisar."

Dorothy pisco os olhos marejados. Seu cabelo comprido escondia a maior parte de seu rosto. Após algum tempo, ela disse em tom tênue: “Você não me ama! Antes de partir eu lhe mandei uma mensagem. Achei que você fosse me pedir para ficar, mas não esperava que... fiquei esperando uma resposta por muito tempo. Então, achei que você concordava em me deixar ir.”

“Muito bem. Então diga-me, se você quer tanto me deixar, por que andou de gracinhas com Juelz?”

Dorothy não respondeu e permaneceu em silêncio.

Credence nunca acreditara em suas palavras. Não importava o que ela dissesse, seria tudo em vão. Um desperdício de energia. Portanto, seria melhor permanecer em silêncio.

Credence não conteve o sarcasmo cortante. Ele endireitou o corpo e agarrou o queixo de Dorothy, forçando-a a erguer a cabeça e olhar para ele. “O que foi? O gato comeu a sua língua? Pensei que você fosse mais inocente Dorothy, não esperava que estivesse tão sedenta. Eu não a deixei satisfeita? Podemos tentar agora?”

Suas palavras foram ainda mais sarcásticas. Dorothy não o rebateu. Ela apenas piscou os olhos e lágrimas escorreram por seu rosto.

“Credence, eu quero o divórcio.”

Desdenhando dela, ela agarrou seu queixo com mais força. “Só eu posso dizer isso. Você não tem o direto de pedir divórcio.”

"Não é a mesma coisa?"

“Você deve se lembrar, de que precisar pagar pelo que fez!”

A porta fechou-se de maneira estrondosa, fazendo a sala estremecer. No instante seguinte, tudo ficou em silêncio.

Credence fechou a porta e se aproximou passo a passo, Dorothy o encarava em pânico. Recuando em seus chinelos azuis, ela disse: “Eu não fiz nada, Credence, eu não te traí. Já que você não me ama, vamos terminar em paz. Não parece razoável?”

O homem a encarou com os olhos tingidos de sangue e não pronunciou uma palavra sequer. Então, ele sorriu, fazendo Dorothy tremer e ser incapaz de se manter de pé.

Uma porta abriu-se repentinamente, rompendo o silêncio.

Dorothy ficou aflita ao olhar na direção do banheiro. De repente, ela lembrou-se que Juelz ainda estava no banho. Seu rosto empalideceu. Enquanto Credence a observava, seus lábios curvaram-se em um sorriso assustador.

A aura gélida do homem sem coração espalhou-se pela sala, Dorothy gritou em saiu em disparada para o banheiro. “Juelz, não abra a porta. Credence Scott está aqui. É melhor você não sair.”

Inconscientemente, ela temia que Juelz pudesse fazer algo precipitado, naquele momento. Se o fizesse, Credence poderia espancá-lo até a morte, sem misericórdia!

Juelz já havia se envolvido demais no assunto entre ela e Credence. Ela não podia permitir que isso acontecesse mais uma vez.

Mas, já era tarde demais para Dorothy impedi-lo. Juelz saiu do banheiro, os cabelos molhados e vestindo uma camiseta e uma calça praiana. Ele enxugava o rosto na toalha, ao mesmo tempo eu estendia uma mão para acariciar os cabelos de Dorothy. “Você teve um pesadelo? Aquele babaca do Credence Scott nunca nos encontrará! Vamos, deixe isto para lá. Hoje os lagostins vão nos livrar desta maré de azar. Você está cada dia mais magra. Fico preocupado de vê-la assim!”

"Cale-se!"

Juelz não tinha visto Credence. Dorothy quase se ajoelhou diante dele. Aflita, ela esticou os braços e agarrou Juelz, tentando empurrá-lo de volta para o banheiro. “Não cause mais problemas. Fique lá dentro. Agora vá.”

Depois de dar alguns passos, Dorothy viu as duas longas pernas de Juelz pararem de repente, e seu rosto bonito mostrou descrença: "É você? Credence Scott! Você realmente nos encontrou?"

No instante seguinte, Juelz pareceu se lembrar de algo. Ele afastou Dorothy para trás de si e então zombou de Credence, “Você quer forçá-la a voltar? Ha, só por cima do meu cadáver!”

Tudo aconteceu muito rápido. Dorothy foi jogada para trás por Juelz. As costas dele bloqueavam sua visão, ela não conseguia ver nada com clareza. De repente, uma forte brisa soprou em seu rosto. Depois disso, ela viu aquele homem frio e inflexível.

Dorothy viu o corpo esguio de Juelz balançar, seguido de gemidos de dor.

“Credence, vai se f*der!”

Em seguida, Juelz caiu agonizando, no limpo chão de mármore.

"Juelz! Você está bem?"

Devido à súbita reviravolta dos acontecimentos, Dorothy ficou completamente atordoada. Ela olhou ansiosa e aflita para Juelz. Então, ela rapidamente levantou a cabeça e encarou o homem que parecia ter saído do inferno. Seu rosto estava extremamente pálido.

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