Benjamin recebeu o telefonema de Credence e seguiu suas ordens. Ele comprou um terno novo e levou um café da manhã fresquinho para o chefe.
Assim que abriu a porta e entrou, Benjamin sentiu o ar frio de Credence, o qual preenchia o ambiente. Foi impossível conter um estremecimento causado por um calafrio.
"Sr. Scott, aqui estão as roupas que você pediu."
Benjamin apertou a sacola em sua mão e disse com preocupação: "São quase oito horas. Sr. Scott, você ainda está com o estômago irritado. Você deveria comer algo primeiro."
“Não estou com fome.”
A frieza de seus olhos intensificou a atmosfera gélida. Ele pegou a sacola da mão de Benjamin e entrou no banheiro sem dizer uma palavra. Depois de vestir o terno preto, ele não hesitou em jogar fora a calça que havia acabado de tirar.
Ele tinha colocado seu casaco preto em Rosalie, quando fez isso ele sentiu pena dela. Porém, quando ele suspeitou que Dorothy havia sido drogada com Mosemary, fazendo-a perder o controle de si e atacar as pessoas, a pena que ele sentiu por Rosalie desapareceu e transformou-se em repulsa.
Fazia quatro anos. Era verdade que ele raramente se importava com Dorothy, também não aparentava gostar dela, contudo, ele conhecia sua personalidade muito bem.
Ela era uma mulher que relutava matar uma barata e até mesmo uma formiga. Dorothy sofreu e suportou todo tipo de obstáculo em seus quatro anos de casamento. Como uma mulher assim poderia ser cruel ao ponto de matar a própria irmã?
Qualquer individuo que fosse tentar um homicídio em público, ou era idiota ou estava fora de si, um lunático.
Ao abrir a porta, Credence franziu o cenho e encarou Benjamin. Ele ainda segurava o café da manhã. Depois de algum tempo, Credence massageou as têmporas com os dedos e saiu em passos pesados.
Benjamin o alcançou e perguntou: "Sr. Scott, o senhor está indo para a empresa ou ..."
“Estou indo para o pronto-socorro no outro bloco do hospital.”
Após alguns minutos, ele perguntou de maneira inexpressiva: “Como está sendo tratada a questão do vídeo de Dorothy, que está circulando pela Internet?”
“Não se preocupe, Sr. Scott. Quase tudo já foi apagado. Graças às nossas conexões, conseguimos excluir o vídeo da maioria dos portais de notícias importantes, mas ainda estamos lidando com alguns que insistem em fazer o ocorrido viralizar.”
“Espere por mim no carro.”
O rosto bonito de Credence ficou tenso e ele não disse mais nada. Lentamente pegou um cigarro e o isqueiro que estavam em seu bolso. Ele acendeu o cigarro e deu algumas tragadas, suas feições eram taciturnas. Em meio a fumaça branca, seus olhos pareciam ainda mais frios e implacáveis, como um lobo à espreita de sua presa. Aquele era o seu verdadeiro eu.
O Sr. Scott estava duvidando de Rosalie?
Graças aos céus, o Sr. Scott finalmente tinha recobrado o juízo.
Naquele momento, Benjamin sentiu um misto de sentimentos brotar dentro de si.
......
Na sala de emergência do segundo andar...
Rosalie, que deveria estar com a vida por um fio e precisando de uma cirurgia, estava sentada na mesa de operação. Seu rosto suave exibia uma expressão sombria, sem demonstrar qualquer outra emoção.
Ela tirou uma garrafa de vinho tinto e uma taça de um armário. Depois de pensar muito, ela decidiu colocar um pouco de vinho na taça e beber alguns goles.
Rosalie só tomou meio gole, para que não houvesse nenhum vestígio de álcool em seu hálito.
Contudo, seu amor por bebida igualava-se ao amor que sentia por Credence. Uma simples gota a fazia querer mais. Quanto mais ela bebia, mais ela queria continuar bebendo!
Desta vez, Dorothy definitivamente terminaria na prisão.
Ela não seria apenas uma mulher presa, mas uma bela mulher na prisão. Coisas inimagináveis poderiam acontecer a qualquer momento, até mesmo perder a vida!
Quando Dorothy morresse, enfim Credence pertenceria a Rosalie.
Observando o líquido vermelho e encantador no copo, Rosalie sorriu alegremente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Amor Perdido
Bom dia, haverá atualização desse livro?...