Cap. 23
O amor do grego
Alexandre
Uma montanha de problemas é o que estou vivendo nos negócios da empresa da família Lutof, mas ao menos Violetta está comigo.
Cada vez mais a sinto mais próxima, apesar do pouco tempo que posso passar com ela, devido a situação.
Porém isso me dá força para aguentar os absurdos diários na mídia, e da queda das ações da empresa.
Violetta não sabe de nada, que aquele merda do médico fez, não posso expor isso a ela não nesse momento.
Acabo de decidir após várias reuniões e conselho de especialista que a melhor estratégia para o momento e sair da presidência e da Grécia, deixando assim a empresa sem vínculo comigo ao menos por um tempo, mesmo cogitando inicialmente o enfrentamento com inúmeras entrevista é argumentação com a Violetta ao meu lado, não posso arrastar ela nesse momento para esse tipo de exposição excessiva, a gravidez dela já está indo para o final, e mesmo que talvez ela aceitasse me ajudar, eu não aceitaria pois, sou experiente e sei que mesmo tendo algumas perdas logo o mercado irá estabilizar, não é a primeira crise que enfrento, apesar quê dessa vez a causa é algo da minha vida pessoal.
Stavros, aquele bastardo está se aproveitando da situação e adquirindo ações que estavam com acionistas da empresas Lutof, mas eu já sei qual é a intenção dele, já estou no mercado a muito tempo para entender a sua ousada jogada.
Ele chegou a me ligar me oferecendo ajuda e apoio, já que disse que eu agora sou da família, e não faço mais parte do clã Santorini.
Na verdade, ele quer ter acesso a Violetta, pois ele é seu tio e atualmente o chefe do clã Sentauro, e seus pais são avós por parte da mãe da Violetta e querem conhecê-la.
Se depender de mim, eles não chegarão perto dela!
Mas antes preciso conversar com Violetta, pois quero ir com ela para longe por um tempo, esse também é um dos motivos, pois ela não precisa se envolver com eles.
Os Tufanis têm uma péssima reputação, apesar da riqueza.
São capazes de qualquer coisa, e Violetta não precisa da má influência deles.
Eu ainda acredito que ela só precisa conhecer mais o mundo, e estando ao meu lado ela irá aprender e aproveitar o melhor da vida com respeito e honra.
Por isso, preciso saber exatamente o que ela quer, se realmente ela me quer ou não.
Já passou da hora de resolvermos nossa relação!
Hoje estou voltando para casa depois de ter ficado preso em Atenas por dias, e não vejo a hora de conversarmos e resolvermos logo tudo entre nós e viajamos o quanto antes!
Acabei chegando um pouco tarde, mas logo fui ver minha menina.
Violetta está um pouco nervosa e até com a face e com olhar triste, mas logo ela disfarçou e jogou um balde de água fria nos meus planos com ela.
E o que é pior, ela teve a capacidade de usar minha deficiência contra mim, pois essa é única forma de me afastar dela.
Não posso, sequer tentar ao menos extravasar a minha raiva, e minha mágoa por ela fazer isso, pois infelizmente ninguém é obrigado a aceitar um homem incompleto.
Katrina que dizia que me amava não foi capaz, imagina Violetta? Eu nunca fui iludido, por isso queria manter tudo em segredo até fazer ela me amar!
Mas não, meu irmão ordinário estragou tudo.
Alexie pensa que irá tomar meu lugar como Ceo, da empresa Lutof, mas isso não irá acontecer!
Prefiro manter estranhos comandando tudo, a deixar ele um irresponsável como é, pisa na sala da presidência.
Confesso que foi mil vez pior ser rejeitado pela Violetta do que pela Katrina, eu até gostava da Katrina e doeu um pouco a sua rejeição na época, mas com Violetta é diferente eu a amo de verdade, e sua aversão a mim foi como morrer, pois sem ela não quero mais nada.
Uma lembrança dolorosa da rejeição da Katrina voltou com força, me dando assim o golpe final, ao menos Violetta não me viu vulnerável como outra chegou a ver!
Eu já tinha confiança na Katrina na época, pois faltava tão pouco para o nosso casamento que resolvi mostrar a ela que eu não tinha uma parte da perna direita, na verdade do joelho para baixo.
Pois, ela queria transar comigo na cama, então mostrarei a realidade a ela, achei que ela iria aceitar tranquilamente minha deficiência, pois ela me dizia que me amava tanto!
Suas atitude era de uma mulher apaixonada, mas então eu vi esse amor morrer, diante dos meus olhos, assim que ela me viu sem roupa na sua frente, e sem parte da minha perna.
Eu estava na cama sem a prótese mecânica, ela gritou de susto e com horror e sequer disfarçou a decepção e seu nojo, é ainda e saiu do quarto imediatamente, mas antes fez questão de me dizer:
— Sinto muito, querido, mas eu não posso me casar com homem incompleto!
Mesmo amando você Alexandre, isso é demais para mim.
Após dizer isso ela saiu e terminou tudo sobre o casamento, alegou que eu menti a ela, dando fim ao meu plano na época de formar uma família e ter filhos, e assim tira da minha cabeça o que estava me perturbando, pois eu já sabia nessa época que sentia algo pela Violetta.
Hoje, não sinto nada ao lembrar, mas na época me levou a uma solidão imensa, que me fez fechar o coração deixando ele duro como pedra.
Até me dar conta, que eu só estava tentando me enganar, pois eu já ia ver Violetta lá no colégio interno dela, mas fingia não sentir nada, usado a desculpa de tirar fotos atualizadas para que Alexie se interessasse por ela, mas eu sabia que ia mesmo por mim.
Pois eu sabia que era humanamente impossível ter ela, pois ela jovem demais e prometida ao meu irmão, mas enfim tudo aconteceu e ela foi minha como eu sempre sonhei, mesmo que contra a sua vontade inicialmente, mas sei que a atração forte dela por mim foi real e se eu fosse completo nada no mundo iria nos separar.
Mas, eu tenho que aceitar que ela não me quer!
Porém, está doendo demais, sinto como se meu coração fosse arrancado do peito, e chego a está sem força, minha mente está totalmente entregue a melancolia, pois eu a amo demais, e sou capaz de tudo por ela!
Mas infelizmente, para meu desespero isso não é o suficiente, o amor unilateral nunca é!
Acabei saindo e deixando ela no apartamento.
Dei o divórcio a ela, ao dizer que a repudiava, mas, estou fervendo de remorso, pois eu não tenho força para deixá-la ir.
Por isso estou voltando para casa, quero tentar mostrar a ela que posso me esforçar mais!
Até aceitei uma nova prótese de um novo material com tecnologia avançada, coisa que antes nunca fiz questão!
Por isso, eu quase não tenho flexibilidade, eu demorei muito tempo para me adaptar a essa prótese que estou que não tem nada de tecnologia, e enfim não sentir dor, que não tinha o menor ânimo para encarar o desafio de buscar uma outra melhor.
Mas com a chegada da Violetta na minha vida, fiz questão de ir atrás disso, pois segundo Barcelo meu médico e amigo essa nova prótese biônica irá representar quase uma nova perna real para mim, fora que poderá colocar um material sintético quase da mesma cor da minha pele, e assim será possível eu usa short e jogar bola, pois a prótese biônico é perfeita.
Eu sou covarde, isso eu tenho que admitir, pois nunca tive coragem de assumir minha falha, ou aceitar minha deficiência.
Minha perda foi física, mas sempre houve a parte emocional, essa sempre pesou mais, por isso eu nunca quis me expor.
Futebol sempre foi meu esporte dos sonhos, coisa que eu nunca fiz, após o acidente.
Então comecei a ser patrocinador de alguns times de futebol, uns com a marca da empresa Lutof, e outros eu faço em sigilo em meu nome mesmo.
Pois, foi a única forma de realizar um pouco do meu antigo sonho, de infância de jogar bola como um atleta profissional que chegaria a seleção da Grécia.
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