Dylan Cross:
Esperar a festa de casamento acabar é um sacrifício, quando tudo oque eu quero é Sofia comigo. Fico vendo-a sorrir para os convidados que a cercam, alguns encantados outros com más intenções e olhar é tudo oque eu posso fazer.
- Dylan? Será que podemos conversar. - Ao reconhecer a voz de Jorge me viro imediatamente para ele.
- Claro. - Digo.
Caminhamos até algumas das mesas afastadas do salão, mas ainda consigo ver Sofia de onde estamos.
- Eu não quero que a machuque. - Ele diz indo direto ao ponto. - Não de novo.
Sei de quem ele está falando. Da única pessoa em que temos em comum.
- Eu não sabia oque eu queria e isso fez eu me afastar dela. - Tento ser sincero com as minhas palavras enquanto ele me olha atentamente. - Percebi o quanto eu a amo quando fiquei sem ela.
- Ela chegou chorando em casa, eu não sabia o que fazer. - Ele conta e meu peito se aperta. - Ela chorava e soluçava, e eu não pude me aproximar e confortá-la. Sabe como isso doeu? Em momento algum quero vê-la chorando daquela maneira de novo. - Seu tom de voz é severo. - Se sua intenção não for a mesma que a dela, peço que por favor de afaste da minha filha.
Entendo a posição em que ele me coloca, ou eu fico com ela e a faço feliz, ou eu simplesmente desapareço.
- Entendo o que quer dizer. - Digo para ele. - Mas sua filha é tudo oque eu desejo, espero que me dê a honra de aceitar que eu me case com ela. - Digo para ele que por um momento fica surpreso e depois sorri.
- Tem horas que eu odeio você. - Ele diz e sinto um pouco das minhas esperanças indo embora. - Mas também o admiro, você tem atitude. Mas seu pedido não deve ser feito a mim. - Ele diz e compreendo.
- Creio que terei que me retirar da sua festa mais cedo. - Digo logo me despedindo.
Saio da festa sem muito alvoroço e vou para casa preparar o melhor pedido de casamento que Sofia poderia ter.
Passo na floricultura, no supermercado e em lojas de decoração que encontro aberta a essa hora da noite.
Assim que chego ao apartamento com todas essas coisas, arrumo tudo para que fique perfeito. Levo uma hora até que término.
Então só me resta esperar, e eu espero pelas próximas três horas esperando ouvir o barulho do elevador, até que ele chega.
O primeiro som são das portas se abrindo e logo as risadas começam, creio que os amigos ficarão com ela. Devo esperar por uma conversa ou ela ficará com eles?
Continuo ouvindo atentamente tentando criar coragem para abrir a porta e dizer tudo oque ela merece ouvir. Mas é tarde quando percebo o som da sua porta batendo.
Passo as mãos em meu cabelo frustrado, mas então a campainha toca.
Caminho lentamente até a porta e quando a abro encontro Sofia parada ali tímida, como sempre e linda.
- Sofia...- tento começar o meu discurso que preparei mentalmente enquanto a esperava, mas sua voz fria me interrompe.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....