Dylan:
Assim que Sofia sai me deixando no corredor sozinho eu não sei oque fazer.
Tenho que me explicar para ela, mas por enquanto deixarei ela ir para o almoço na casa de seus pais.
Eu espero que ela volte a tarde toda, mas chega à noite e nada dela.
Ela vai dormir lá.
Posso conversar com ela amanhã.
Mas no dia seguinte ela também não apareceu.
Nem na terça e muito menos na quarta.
Na quinta eu ligo para ela, mas minhas chamadas são rejeitadas.
Mas que merda.
A semana se passa e eu não tenho notícias dela.
Quando chega final de semana eu vou para a casa de meus pais.
Quando chego lá todos estão conversando animados, coisa que eu não estou.
- Não vai adivinhar Dylan, a mãe de Sofia nos convidou para o casamento dela semana que vem. - Mel diz alegre.
Eu vou poder vê-la lá e poderei saber por que sumiu.
Nos sentamos todos na mesa para almoçar.
- Vai ser um casamento bem elegante, seria uma pena se a filha dela perdesse. - Minha mãe fala e eu fico em alerta.
- Por que ela não iria no casamento da mãe? - pergunto e minha mãe me olha como se entendesse algo.
- Porque ela está em Londres estudando. - Ela diz.
Londres?
É por isso que ela não voltou para casa todos esses dias?
Ela poderia ter me avisado, até porque brigamos no final de semana e essas notícias vem dias antes.
- É por isso que talvez ela nem vá ao casamento. - Mel diz.
Merda.
Preciso vê-la e conversar com ela.
- Titio, vovó e mamãe disse que você está namorando. - Lily diz. - Quando eu vou conhecê-la?
Olho para as duas mulheres que influenciam a minha menina.
Mas aí olho para a minha pequena.
- Logo irei trazê-la para brincar com você. - Digo acariciando seus cabelos.
- Vocês podiam ter filhos, assim eu teria alguém para brincar. - Lily diz e vejo as duas malucas sorrindo.
Penso em Sofia, não seria ruim se eu tivesse um filho com ela. Mas me lembro de Davina e por mais que meus país leiam as notícias, ainda não viram o blog da sky e não estão sabendo. Ou ao menos não me disseram nada.
- Mãe...- eu a chamo, preciso de sua atenção. - Preciso de contar uma coisa.
- Oque? – ela diz esperançosa.
Não sei que noticia ela espera.
- A Davina, ela está gravida. - Digo para ela que não esboça reação alguma.
- Então é verdade? Vimos em alguns sites de fofoca, mas pensei que se fosse verdade você mesmo nos diria. - Ela diz e sei que está chateada, porque já faz uma semana que essas notícias saíram.
- Me desculpe a demora para te contar. - Digo.
- Então a moça que vai trazer para casa como sua namorada é a Davina? - minha irmã pergunta.
- Oque? Não! - digo e elas me olham surpresas.
- Mãe, já me resolvi com a Davina. Vamos ter um bebê junto e só. - Digo para a minha mãe.
- Você contou a ela? - a pergunta vem e sei de quem estão falando.
Sofia. Eles sabem sobre oque eu sinto por ela, quando eu mesmo não entendo.
- Ela sabe, mas não foi eu quem contou. - Digo.
- Mas devia, se vocês estavam juntos ela precisava ouvir de você. - Minha mãe diz.
- Não estávamos juntos, não de verdade. - Digo me lembrando das migalhas que eu ofereci para ela.
Primeiro só algo casual e depois um relacionamento sem certezas de que só duraria o tempo que eu quisesse.
- É uma pena, vocês formavam um casal bonito. - Minha mãe diz e o assunto se encerra.
A conversa se volta para o bebê, minha irmã e mãe animadas.
Mas meus pensamentos não saem de Sofia, eu deveria ter oferecido mais a ela. Talvez eu ainda tenha chance.
Talvez ela ainda me aceite.
- Mãe tenho que ir, vou resolver algumas coisas na empresa. - Falo me levantando.
- O que vai fazer na empresa de domingo? - ela pergunta.
- Organizar algumas coisas por que vou passar uns dias fora. - Digo e saio dali.
Ouço cochichos quando estou saindo mais não me importo.
Nos próximos dois dias eu me mato de trabalhar na empresa para adiantar vários contratos e reuniões.
Na terça feira eu pego o primeiro avião para Londres.
Antes de eu embarcar meu celular toca.
- Alo. - Atendo sem ver quem é.
- Como você vai para Londres atrás de uma garota se nem sabe onde ela está? - minha mãe diz do outro lado da linha.
Não questiono como ela sabe, ela é mãe.
- Eu dou um jeito nisso, nem que eu tenha que revirar a cidade eu a acho mãe. - Digo e ela suspira do outro lado.
- Ainda bem que você tem a mim, ela está em uma pousada perto do centro da cidade, o nome é bellarossa.
- Obrigada mãe. - Agradeço.
- Só traga ela para casa filho e se case com ela. - Ela diz ordenando, mas eu sorrio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....