O CEO sem coração A namorada do chefe

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LINDA

O Rômulo tá sentindo o peso do valor das coisas que eu comprei.

Eu deixei tudo em casa e vim trabalhar. Olha, até que esse trabalho não é tão ruim! O Gustavo é um ótimo chefe. Ele só me manda fazer anotações e atender ao telefone. Ainda fica contando coisas vergonhosas sobre o Rômulo. Eu me divirto.

— Linda, leve esses documentos lá para o seu namorado. Diga a ele que reveja tudo e assine. — Gustavo me entregou uma pasta com documentos.

Eis a parte chata: ter que cruzar com o Rômulo por aqui.

Levantei não muito animada com a minha tarefa, mas o Gustavo claramente nem sonha com a realidade do nosso relacionamento, então ele ficou rindo como se eu estivesse feliz em ir ver o Rômulo.

Saí da sala e fui procurar o escritório dele. O pessoal foi me orientando até que cheguei lá.

Era um lugar quieto. Só tinha uma recepcionista chiquérrima e silêncio.

— Onde está o Rômulo? Preciso entregar isso a ele.

— A Srt. tem hora marcada?

Hora marcada?

— Eu só vou entregar a pasta. É rápido.

— Mesmo assim. O Sr. Rômulo só recebe quem foi avisado.

Para entregar uma pasta?

— Olha, eu não preciso marcar nada, tá bom? Eu trabalho aqui, sou assistente do Gustavo e também sou namorada do seu chefe. Dispenso avisos. Agora onde é que fica a sala dele mesmo? Essa aqui? — eu apontei para uma porta e segui. A mulher veio atrás de mim. Eu entrei na sala e dei de cara com ele.

— Sr. Eu perguntei se ela tinha hora marcada. — A recepcionista se explicou, acho que com medo de ser demitida.

Tudo bem. Pode voltar ao trabalho. — ele abanou com a mão e ela saiu, fechando a porta. Ele apoiou os cotovelos em cima da mesa e me encarou. — Já começou a abusar do poder, não é?

— Acredite, foi muito doloroso ter que admitir o meu estado civil para aquela desesperada. Olha, o Gustavo mandou você revisar e assinar. — entreguei a pasta em cima da mesa.

Ele pegou, abriu e começou a ler. — Esse vestido faz parte do estoque da sua loja?

— Que loja?

— Da loja que você comprou hoje.

ri de verdade. A risada saiu verdadeira. — Eu só comprei o que eu precisava. Não mandei você me colocar dentro da loja mais cara da cidade. Você não queria uma namorada a sua altura? — eu dei uma volta e quando fiquei de frente para ele seus olhos estavam em direção a minha bunda. — Tira o olho.

lembre de eu nunca mais te dar o meu cartão. — ele voltou a atenção ao

Lembrarei. — eu abri a porta para ir embora.

O Gustavo não sabe

Eu percebi. — fechei a porta, mas continuei segurando na maçaneta. — Mas bem que você poderia contar. Ele acredita mesmo que temos algo e ele tá me contando todos os seus

disparou um olhar preocupado na minha direção e depois olhou pro livro. — Não. Não vou contar e você também não vai. Primeiro que ele é a melhor pessoa pra fazer com que todos acreditem no nosso relacionamento, segundo que já tem gente demais sabendo. Eu, você, a minha mãe e meu irmão, além do meu advogado… Aliás, a minha mãe quer te conhecer.

— Oi? — voltei para trás.