O CEO sem coração romance Capítulo 60

Resumo de A folga do Rômulo: O CEO sem coração

Resumo de A folga do Rômulo – Uma virada em O CEO sem coração de Nikole Santos

A folga do Rômulo mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O CEO sem coração, escrito por Nikole Santos. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

LINDA

Sábado.

Eu chorei horrores a noite toda, olhando para as coisas do meu pai. Foi como se ele estivesse perto de mim.

Ao mesmo tempo que estava chorando de tristeza por não tê-lo mais aqui, também chorava por ter as coisas dele aqui comigo, que me confortam pela sua ausência.

Eu vou cuidar desse colar que tem a nossa foto e sempre que puder irei usá-lo. Para lembrar que meu pai sempre está comigo.

Tenho certeza que esse colar não foi o meu pai quem comprou. Pelo cheiro do pacote, cheiro de coisa que acabou de sair da loja. Foi o Rômulo quem comprou.

O que será que deu nele pra fazer isso?

Eu sei que ele foi para a plataforma ontem à tarde, então ele deve ter trazido essas coisas de lá, mas de onde ele tirou a bondade e a iniciativa de comprar esse colar e ainda colocar a foto?

Será que ele tem coração, debaixo de todo aquele jeito grosso e frio que ele tem?

De qualquer forma foi um belo gesto. Eu tenho que admitir. Ele conseguiu me fazer chorar e não foi por medo.

Será que eu deveria agradecer?

Com certeza eu deveria agradecer por trazer a caixa, mas esse presente deve ser tão caro que eu nem deveria aceitar.

Mas devolver um presente soa muito rude e indelicado.

Contudo, é vindo da pessoa do Rômulo, então não faria mal devolver e ser indelicada.

O que ele queria me dando esse presente? Será que achou que eu iria parar de implicar com ele?

Ele desdenha da minha vida de órfã e depois aparece com essas coisas…

Não dá pra entendê-lo.

Segurei o pingente e dei uma olhada, mesmo de cabeça para baixo. Quanto isso deve custar? A minha vida talvez.

Eu vou fazer uma caminhada e se eu passar pela frente da casa dele, talvez entre e agradeça ao menos pelo presente.

[•••]

RÔMULO

— Sr., Bom dia. — Sérgio me encontrou na sala de estar.

— Bom dia, Sérgio. — eu saí dos meus devaneios observando o jardim lá fora.

— Como foi a noite? — ele se aproximou de mim e colocou uma xícara de café e biscoitos em cima da mesa de centro.

— Foi péssima. Briguei com ela e meu pai ainda apareceu. — tive rápidas recordações da noite passada. Aliás, ontem a noite eu mal dormi pensando em tudo. — Sérgio, junte os funcionários, vou dar o fim de semana de folga a todos.

— O Sr. tem certeza?

— Tenho. Eu quero ficar sozinho.

— E os seguranças?

— Eles podem ir na hora do almoço.

— Está bem, Sr.

— Sérgio, você também está de folga. — frisei.

— Obrigado, Sr. — ele deu um leve sorriso e saiu em direção a cozinha.

Sempre que estou muito tenso, que preciso de paz, eu dou folga aos meus funcionários e fico sozinho em casa. Eu posso dizer que moro sozinho, mas não moro. Tem o zelador, a cozinheira, a faxineira, o Sérgio, os seguranças… a minha casa vive cheia.

Este fim de semana eu quero ficar sozinho para fazer coisas que eu não gosto de fazer na frente dos meus funcionários.

Tomei o café e comi os biscoitos, depois vi meus funcionários saindo com sorrisos no rosto.

E a casa ficou só pra mim.

Fui à cozinha e procurei uma garrafa de vinho.

Eu tomo cerveja, mas não gosto muito não, eu prefiro vinho ou uísque. Vou tomar vinho e depois eu tomo whisky.

Comecei devagar, coloquei em vídeos de músicas e fiquei no sofá assistindo enquanto bebia.

Me afastei da pia e fui até lá, me esbarrando em tudo que tinha pela frente. A garrafa foi comigo.

— Quem me incomoda? Só pode vir na minha casa quem já marcou. Quem eu dei autorização. — falei abrindo a porta. Tive um pouco de dificuldade, mas ela abriu e então parece que foi só pensar no diabo que ele apareceu.

Era ela na minha porta. Com a testa suada.

— O que você quer? — me escorei na porta.

Ela parecia intimidada comigo. — Eu… queria falar com você.

Quando foi que eu a deixei intimidada mesmo?

Acho que nunca.

Ela fica bem interessante desse jeito.

Eu fiquei a observando por alguns segundos.

Merda. Eu não posso encontrar com ela nessa situação. Vou falar o que não devo. Falar besteira.

— Agora não dá.

— O que? Por que?

— É minha folga de todo mundo. Dos funcionários, de você. Pode ir. — abanei a mão.

— Por que você tá bebendo? — ela olhou para a garrafa.

— Porque eu quero. Agora vai embora. Eu não posso falar com você hoje. Depois. Depois. — eu puxei a porta.

— Tá bom. — ela não contestou, só se afastou e então eu fechei a porta com força.

Desgraça. Vai mexer com a cabeça de outro que hoje só o álcool vai mexer com a minha.

Virei a garrafa.

@autora_nikole

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