O Delegado (Duologia os Delegados vol1) Capitulo 3

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Antonella

— Não acredito que ele esteve aqui — eu respondi, em tom de lamento.

— Nella, você está vendo que todos estão olhando para nós como se a culpa fosse nossa? — Raquel pediu, e eu concordei.

— Uma coisa eu digo: eu vou matar o Davi dentro da delegacia, e vai ser agora. Quem é ele para querer tratar a gente assim, como se fôssemos crianças?

— Nella, vamos embora.

— Você acha mesmo que ele estava falando sério? — perguntei. Ele não seria capaz de fazer o que eu estava pensando, seria? Foi então que tive uma ideia: — Raquel, vamos até o banheiro — aproveitei que todos estavam distraídos com o novo show.

— O que vamos fazer lá? — ela perguntou. — OK, sem comentários bestas — Raquel completou, ao observar a expressão no meu rosto.

Fomos direto para o banheiro. Fechei a porta e me certifiquei de que não havia mais ninguém. Fui até a pia do banheiro e tirei da bolsa tudo que tinha dentro dela, tocando em tudo como se fosse algo diferente.

— Achei — gritei.

— O que é isso, Nella? — Raquel perguntou, curiosa.

— O filho da mãe do meu irmão colocou um rastreador na minha bolsa. Agora sim eu vou fazer picadinho dele.

— Ele está doido agora?

— Se ele não está, ele vai ficar, porque eu vou infernizar a vida dele, e vai ser agora. Você vem comigo?

— É claro que sim, como você vai para a delegacia?

— Ah, verdade. Vamos. Eu vou caçar agora, Senhor Davi — respondi, e partimos, com um último olhar em direção ao palco.

Raquel entregou a chave para o manobrista, e, enquanto ficamos aguardando o carro chegar, peguei um espelhinho, me arrumei, retoquei a maquiagem, e de lá seguimos direto para a delegacia.

— Vai entrar? — perguntei, já sabendo a resposta.

— Melhor não — eu já imaginava.

— Já venho — falei, saindo do carro.

Fui em direção ao prédio e passei por todos que estavam ali. Eu já os conhecia e eles sabiam que, quando eu estava ali, se tratava do Davi, por isso me cumprimentaram rindo.

— Antonella, querida, o que veio fazer aqui nesta madrugada? — perguntou um dos rapazes. Leandro, um amigo em comum.

— Esganar o Davi, por acaso ele está aqui? — perguntei, em um tom doce.

— Sim, está na sala dele. Quer que eu veja se ele pode te atender?

— Não mesmo, se você avisar, eu esgano os dois, e você sabe disso, não? — eu praticamente gritei com ele.

— Calma, Antonella — respondeu, em um tom de riso.

Saí de lá bufando e comecei a gritar chamando o Davi de filho da puta para baixo. Pedi até perdão a Deus nessa hora, por estar xingando a nossa mãe, que era uma santa por nos aguentar. Mas Davi ia pagar caro, ah, se ia!

Cheguei à sala dele gritando, abri a porta com tudo e reparei que ele tomou um belo de um susto, o que o fez se sentar rápido.

— Antonella, o que você está fazendo aqui? — perguntou. É sério mesmo que ele está me perguntando isso?

— Davi, eu quero saber que porcaria é esta que você colocou na minha bolsa! — eu já estava começando a me estressar.

— Do que você está falando?

— Não se faça de besta comigo, não — respondi, alterada.

Mas não estou me fazendo, e outra coisa, minha irmã, você está dentro de uma delegacia — disse ele, agora com a voz alterada.

Para de colocar rastreador em mim, senão eu vou me casar, vou fugir, sei lá! Me deixa em paz!

É para sua segurança — ele respondeu, calmo.

— Segurança minha? Pelo amor de Deus, Davi, isso é demais.

— Antonella, você não sabe como são os homens lá fora.

— Davi, meu filho, você acha que eu não sei o que é homem, não?

— Não quero ouvir.

— Puta que pariu, Davi, para de querer me controlar — falei, notando que ele estava todo

Não vem, não, Antonella, você sabe muito bem que eu tenho que cuidar de você.

eu sou de maior e vacinada, e não quero ninguém no meu pé querendo me controlar — agora sim estava a ponto de explodir.

— Antonella, não vem, que eu não vou deixar você ir naquele lugar!

Vou falar pela última vez: eu sou maior de idade — disse pela última vez antes que eu voasse no

que você foi fazer naquele lugar?

estava me divertindo, como qualquer mulher normal estaria fazendo, caso certo ogro filho da puta… Não, eu não posso xingar a nossa mãe

Atrapalho? — ouvi uma voz rouca. Puta que pariu, essa voz me deixou toda

Me desculpa, Diogo — respondeu Davi, meio sem graça.

estava curiosa querendo saber de quem era aquela voz maravilhosa. Virei-me e pensei: Vou falar palavrão de novo, puta que pariu, esse homem é um

tem problema, está tudo OK aqui? — perguntou o dono da voz

Me desculpe por estar gritando aqui na delegacia, senhor — eu me desculpei, já excitada só de ouvir a

Prazer, Diogo Venturini Nogueira — ele se apresentou, estendendo a mão para me

Prazer, Antonella Hauffenn. Sou irmã do idiota ali do lado — respondi, brincando, para disfarçar a excitação, e ouvi o gemido

o Diogo é o delegado — respondeu Davi, olhando para

Me desculpe, doutor, posso te chamar assim, ou de outra forma? — perguntei. Nossa, que delegado é esse, meu Pai? Pela roupa que estava usando, ele era bem musculoso e sexy pra caralho. Observei que o delegado gostosão estava distraído e o chamei de novo. — Doutor Diogo — hum, me ocorreu um pensamento pecaminoso, nós dois na cama, ulalá, esse homem deve ser bom de

desculpe, pode me chamar de Diogo mesmo — ele

Pode me chamar de Antonella. Bom, me desculpe por ter que sair, mas eu tenho que voltar para o local em que estava — fiz de propósito, para provocar meu irmão, mesmo não voltando para a casa de striptease. Isso deixaria o Davi com a pulga atrás da

desculpe, que lugar seria esse? — ele me perguntou, curioso, e, como eu gosto de provocar o Davi, abri um sorriso sexy e respondi, olhando para aquele