°Davi°
Depois de vários minutos nos beijando, nos afastamos no momento exato que a energia voltou.
Virei de costas respirando pausadamente e ela jogou-se na cama silenciosa. As luzes no centro da cidade acendiam aos poucos devolvendo toda magia que ela tem. E minha boca ainda formigava pelo beijo recente, o beijo que dei na minha melhor amiga.
_Imaginei que iríamos ficar nesse clima..._Suspiro profundamente.
_Vem aqui, Davi.
Reuni forças e cheguei perto dela sentando ao seu lado na cama. Seus lábios estavam levemente avermelhados e sua expressão facial tensa.
_Eu me vi tentanda a te beijar. Eu venho estado tentada a fazer isso desde o dia em que te conheci._Um sorriso bobo brinca em seus lábios._Não foi tão ruim assim pra você ficar com essa cara.
_Não foi ruim, Marina. Mas você está esquecendo de uma coisa importante._Digo vendo-a franzir a testa._Mesmo não tendo assumido relação, você está com o Rodrigo. O cara que me odeia pelo simples fato de ser seu amigo. Eu não quero problemas com ele, baixinha.
Ela tira o capuz que cobria sua cabeça e prende seus cabelos para o alto. Logo repousa suas mãos no rosto parecendo pensativa e então sento ao seu lado.
_Eu não gosto tanto assim do Rodi. Entre ele e você, eu prefiro você, Davi._Seus olhos azuis encaram os meus._Eu não sou propriedade do Rodi. Eu decido o que faço da minha vida, e se eu abro mão dele por você, ele só tem que entender.
Levanto da cama com uma mão no queixo e outra na cintura totalmente pensativo. Por mais que a Marina seja uma garota extraordinária, linda e tudo que um cara deseja, eu não estou procurando relacionamento. No momento eu só quero achar o Felipe. E eu sei onde essa história de melhores amigos virarem namorados vai parar. Ela é linda, saudável e perfeita, tem tudo pra namorar um cara como ela. O que eu, um cara que vive sofrendo por ter um defeito aparente, poderá oferecer a não ser problemas?
_Não, Marina._Com muito esforço, consigo dizer algo._Eu não quero que você abra mão do Rodrigo porque não vamos ter nada.
_O quê?
_É isso que você ouviu. Não podemos misturar as coisas, Marina. Somos amigos, amigos que se curtem, que se gostam. Só isso. Você está confundindo as coisas e não é bem assim que funciona. Desculpe.
_Sai daqui agora, Davi!_Ela grita me empurrando na direção da porta._Me deixa sozinha.
_Mas, Marina...
Ao me empurrar pra fora do quarto, ela fecha a porta com tudo. Bato algumas vezes chamando pelo seu nome, mas ela não responde.
Resolvo sair dali e voltar para meu quarto praguejando a vida. Como ela pode gostar de mim dessa forma? Sempre nos vimos e nos tratamos como amigos, posso arriscar dizer que nos tratamos como irmãos. O que eu tenho que chamou-lhe atenção?
Entrei no quarto, fechei a porta e peguei o celular. Ela tinha me bloqueado em todas as redes sociais e provavelmente se eu ligar, ela não atenderá.
_Droga!
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O Destino de Isabella (completo com mais um bônus )
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