O Docinho do Alfa romance Capítulo 5

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Assim que chegamos ao Java, o maravilhoso aroma de grãos de café flutuava pelo ar. Inconscientemente fecho meus olhos para absorver o cheiro. Esse lugar cheira como o paraíso. Curtis e eu caminhamos até o balcão e, enquanto esperamos pelo funcionário que provavelmente está nos fundos da loja, ele me diz que seu namorado e seu amigo estão sentados do outro lado da cafeteria.

Viro minha cabeça na direção que Curtis aponta e meus olhos caem sobre o homem mais atraente que já vi. Ele tem este cabelo preto sedoso - ou talvez seja marrom escuro. E seus olhos! São duas lindas orbes azul-cinza que eu sei que poderia encarar por horas... Isso é estranho? E nem me faça falar sobre seu corpo. Ele está sentado, mas já consigo ver que ele tem um corpo malhado como um caminhão. Seus braços são extremamente musculosos e provavelmente são maiores do que minhas coxas. Ele tem bíceps, tríceps - todos os 'ceps'!

E agora este homem, cujo nome nem sequer conheço, está me encarando com uma intensidade que nunca senti antes. Fico vermelha e olho para o chão, de repente achando meus sapatos extremamente interessantes. Olha só! Meu sapato direito tem um pouco de sujeira. Provavelmente devo limpar isso quando chegar em casa.

Sou interrompida dos meus pensamentos por Curtis, que está batendo em meu braço. "Hmm?" Eu digo enquanto levanto a cabeça para ver o que ele quer. Ele ri e diz "vai pedir algo?". É quando percebo que o funcionário saiu dos fundos da loja. Me viro para ver que é Tim, um cara do meu colégio com quem treinei alguns meses atrás. "Teresa! Que bom te ver de novo! Como está a faculdade? Sinto falta dos nossos turnos juntos", diz Tim com aquele sorriso de galã que normalmente funciona nas garotas, mas agora acho que não estou no clima para um garoto, mas sim para um homem. Meu Deus? De onde estão vindo esses pensamentos?

"Oi, Tim! A faculdade está bem. E você?", pergunto, evitando o comentário sobre sentir saudades. "Estou ótimo! Acabei de fazer a seletiva para o time de futebol, então espero ser selecionado." Lembro que Tim jogava futebol no colégio. Nunca fui a nenhum jogo - eu era a garota que ficava em casa para estudar - ou pelo menos usava os estudos como desculpa para ser antissocial. Ainda continuo um pouco tímida, mas estou tentando sair da minha zona de conforto.

"Ah, espero que consiga", digo, sem saber ao certo o que devo dizer nessa situação. Mal o conheço e ele está puxando assunto comigo. Acho que ele está apenas tentando ser gentil. "Pode me trazer um latte de baunilha para mim e um macchiato de caramelo para ele", assinalo na direção de Curtis. "Ooh! Vocês têm scones de mirtilo também?" pergunto, mordendo meu lábio com antecipação. "Ah, não temos nenhum pronto agora. Posso fazer agora mesmo", diz Tim.

Olho para trás de mim e vejo que uma fila está começando a se formar. "Não, está tudo bem. Nós apenas pegamos as bebidas. Quanto devo?", pergunto.

"Nada. É por conta da casa!" Tim sorri para mim. Estou prestes a dizer a Tim que ele realmente não deveria fazer isso no Java quando escuto um rosnado baixo rasgando o ambiente. Eu me sobressalto e viro minha cabeça na direção do som. Em vez de encontrar um urso pardo na sala, apenas vejo um cara extremamente carrancudo... Eu nem sei seu nome, mas é o cara muito atraente que estou rezando para que não seja o namorado do Curtis. Tem outro cara com cabelos loiros dourados e olhos castanhos na frente do George que é tão granado quanto ele. Eu nem percebi ele quando entrei.

"Que diabos foi isso?" pergunto a Curtis, alarmada pelo som. "Hm, foi apenas uma motocicleta passando ou algo assim", ele me diz. Isso não soou como uma motocicleta, mas acho que é isso que deve ser. Não vejo nenhum animal aqui. "Vamos, Teresa, vamos nos sentar."

Curtis pega os cafés e me leva até a mesa onde os outros caras já estão sentados. Eu dou uma risada do que Curtis acabou de me chamar porque Lillian sempre me chama assim. Eles provavelmente se dariam muito bem. Ambos agem como crianças de 6 anos.

Quanto mais nos aproximamos da mesa, mais nervosa eu fico. Isso acontece quando não saio de toda no ensino médio e sou jogada em situações sociais. E se eu não souber o que dizer? E se eles não gostarem de mim, ou acharem que sou estranha? E agora, percebo que como os dois caras estão sentados um de frente para o outro, vou ter que sentar ao lado de um deles, não do Curtis. Isso apenas contribui para o meu nervosismo.

À medida que nos aproximamos, ambos se levantam para nos cumprimentar, e meu Deus, eles são tão altos! Eu tenho apenas 1,58m, e o Brian deve ter cerca de 1,88m e o George uns 1,93m. Eu tenho que inclinar minha cabeça para olhar nos olhos deles. Curtis abraça Brian e o beija - bastante provocativamente, devo acrescentar. Eu sorrio um pouco, agradecendo aos céus que Curtis está com o Brian, não com o George.

Eu olho para George, que está sorrindo para mim, quase como se soubesse exatamente o que eu estou pensando. Eu arregalo os olhos e olho para baixo enquanto me distraio com o meu café. Eu pego e me sento na cadeira ao lado do George enquanto os outros dois se sentam na nossa frente.

"Então, essa é Teresa, minha amiga de Psicologia. Teresa, esse é o meu namorado Liam", diz Curtis apontando para Brian. "E aquele", diz Curtis acenando para George, "é George."