Resumo de 18- Uma grande surpresa.. – Uma virada em O Egípcio de Sandra Rummer
18- Uma grande surpresa.. mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Egípcio, escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Karina
No dia seguinte, chego ao meu trabalho um pouco mais cedo, embora não tenha dormido muito bem. Temo que Hassan não saia mais da minha mente. Então tomo a resolução de me dedicar naquilo que eu mais sei fazer: ser criativa. Pretendo tirar Hassan definitivamente dos meus pensamentos.
Entro na loja, que ainda está vazia, e me dirijo aos fundos dela. Passo pelas costureiras e entro no meu ateliê. Sento-me em frente à minha prancheta. Observo o vestido que desenhei. Agora preciso definir o tecido e a cor. Pego várias amostras de tecido e estendo sobre o papel, tentando imaginar como ele ficaria com eles.
Aos poucos o vestido vai tomando forma na minha cabeça. Coloco tudo no papel e vou até a sala de costuras para pedir sua produção e explicar como o imaginei.
Conversando com elas, decidimos fazê-lo em três tamanhos. P, M e G e poucos números GG, pois quase não está tendo saída. A maioria de nossas clientes são magras e, com essa onda de regimes, as mulheres estão sempre lutando contra a balança.
Volto para o ateliê e abro o meu caderno, um pedido está anotado. É de uma cliente. Ela quer um vestido de festa. Preciso criar três opções de vestidos e apresentar para escolher um.
Anna Frank.
Tento puxar na memória a cliente. Como não me lembro dela, vou até o meu PC e o ligo. Então jogo o nome dela em um programa que instalamos. Logo surgem informações sobre ela. Ali estão todos os seus dados. O que ela faz, suas preferências e sua numeração, e principalmente sua foto. Sua tez é bem branca, então já sei que não posso criar vestidos em tons claros. Ela ficaria apagada. Seu corpo é esbelto, tipo violão. Esse tipo de corpo é mais fácil, qualquer modelo cai bem.
Com as informações reunidas, começo a criar várias opções de vestidos. As horas passam sem que eu perceba. Estou ali pensativa quanto aos tecidos quando a porta se abre.
Rebeca surge com os olhos brilhando.
— Karina, temos um cliente à sua espera na loja. Ele quer dar um presente, mas não quer nada da loja. Você poderia atendê-lo e tentar ver o que ele planeja dar?
— Você disse um cliente? Um homem?
— Exato! E que homem!
Estremeço com as falas dela. Acho estranho um homem estar indeciso na loja. Geralmente quem precisava de meus serviços eram mulheres com preferências próprias. O homem é muito prático, uma vendedora sempre conseguia fazê-lo comprar o que está na vitrine.
— Bem, vou lá, então.
— Vai e se prepare… — ela suspira.
— Como? — pergunto, pegando meu caderno de anotação.
— O homem é um gato.
Meu coração se agita no peito.
Deus! Só espero que não seja quem eu estou pensando.
— Ele tem traços árabes, por acaso?
— Exatamente! Você o conhece?
— Sim. Sei quem é.
As garotas se afastam sem tirar os olhos dele. Ele sorri com divertimento, talvez percebendo como estou tensa. Dura como uma flecha.
— Quero comprar um vestido para festa.
Deus! Ofego.
Duvido!
— Entendo. Por favor, me siga até essa sala ao lado para acertarmos os detalhes — eu digo, tentando parecer fria e indiferente. Mas está difícil essa tarefa, pois minhas pernas não estão me ajudando muito. Penso enquanto tomo à frente e abro a sala para ele. Em frente a uma grande mesa, indico uma cadeira confortável para ele se sentar.
— Sente-se, por favor.
Hassan corre os olhos pela sala. Observando cada detalhe. Os quadros pintados com belas mulheres desfilando em uma passarela. Os dois vasos grandes, um de cada lado, com folhagens viçosas. A estante com muitos livros sobre moda. Meu diploma preso à parede.
— Então é aqui que trabalha? — Hassan diz, se sentando na cadeira.
— Nessa sala pego informações, tentando entender o que a cliente deseja, para criar algo de acordo com seu gosto. Tenho um ateliê atrás da loja — eu explico tudo, em um tom sério. Tentando ainda entender o que ele faz aqui.
Depois de passar os olhos pela sala inteira, seus olhos fixam-se no meu rosto.
— Eu gosto do lugar, é aconchegante, bem que Raissa me falou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
🙏🏻 Nossa, até que enfim um romance de verdade, literatura de verdade, com uma estória bem desenvolvida, uma redação decente e personagens que, embora tendo defeitos e limitações, evoluem, aprendendo a tomar decisões pesando as consequências e assumindo-as quando estas aparecem... Um romance que trata do desenvolvimento de um RELACIONAMENTO DE VERDADE e não apenas de uma sucessiva descrição de atos e fetiches sexuais, que é o que tem sido ofertado como "romance" hoje em dia no ocidente... Apesar de o protagonista masculino ser bastante fictício, a estória é bem desenvolvida e dá pra pular facilmente as cenas de sexo, que felizmente não são o centro da narrativa. A única coisa que ficou faltando foi um desfecho menos abrupto e melhor detalhado......
* isso é bem a realidade, Raissa... Como alguém que viveu esse "namoro para se conhecer", se casou com 11 meses de namoro e vive há 20 um casamento feliz, confirmo que esse é um caminho bem-sucedido para evitar um relacionamento sem futuro... 🌹...
É engraçado ver o nome do faraó Akhenaton, pai do faraó Tutankamon e marido da rainha Nefertiti, ser usado como sobrenome de árabes... 🤓...
PQP... Só tem mulher fraca das pernas nessas estórias? Tudo animal no cio sem cérebro? Depois não sabe por que se estrepa na vida... Acha que a vida é igual ficção, onde os canalhas mudam... Eu honestamente acho que mulher assim tem que se lascar mesmo, merece......
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Muito bom livro,leria de novo com certeza!...
Muito bom, amei....