Resumo de 55- Espera que eu fique calma depois de agir como um homem das cavernas? – O Egípcio por Sandra Rummer
Em 55- Espera que eu fique calma depois de agir como um homem das cavernas?, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O Egípcio, escrito por Sandra Rummer, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O Egípcio.
Eu prendo o ar quando seus olhos descem para os meus lábios. Meus pais sabem que nessa hora não podem entrar na sala. Por isso ficamos à vontade para conversar, nos beijar, nos tocar, nos amar. Valendo-me disso, eu o puxo mais para mim, para ficar bem perto de sua orelha. Chupo o seu lóbulo e dou-lhe uma mordidinha, em seguida sussurro:
— Hassan… quero tanto você…
Ele procura meus olhos.
Os negros ardentes nos meus.
Ele ofega e em um impulso me pressiona contra seu corpo, me mostrando como ele está duro. Eu tomo os lábios dele e o beijo, faminta. Suas mãos me trazem mais para si e me apertam com desejo, fazendo-me suspirar sobre os seus lábios quando sinto o quanto ele está excitado.
Nos beijamos longamente, até perdermos o fôlego. Hassan então solta meus lábios e me abraça em seguida, beija meus cabelos.
— Precisamos ir.
Eu assinto e visto um casaco que comprei recentemente. Ele é de pele sintética.
Logo chegamos ao Albert Hall Real. Hassan me ajuda a sair do carro e entramos em um hall de mármore onde empregados uniformizados orientam os convidados para a chapelaria. Eu deixo Hassan por um momento para guardar meu casaco. A chapelaria está repleta de mulheres bem-vestidas.
Dou uma olhada rápida no grande espelho acertando meus cabelos e sigo até a entrada, onde Hassan me espera. Mas ele não está só. Um homem de meia-idade e uma mulher um pouco mais jovem estão com ele. Hassan está obtuso, como se estivesse triste com alguma coisa. Com certeza estão falando do que houve no hotel.
Antes que eu me aproxime dele, uma sombra surge ao meu lado.
— Karina?
Eu me viro para a voz. Meu olhar encontra o peito de um homem. Ergo meu rosto e vejo Vinny sorrindo para mim.
Deus!
— Quase não te reconheci, está se vestindo como uma mulher madura — ele diz, sorrindo.
— Vinny, que surpresa agradável…
Ele dá mais um passo em minha direção e beija minha bochecha suavemente antes de dar um passo para trás e sorrir.
Vinny estudou comigo, ele é um pouco mais velho do que eu, alto e magro e tem uma cara de garotão surfista, cabelos loiros e grossos, arrebata os corações femininos, embora seja gay. É riquíssimo. Seu pai é banqueiro, fora a grande diversidade de negócios lucrativos.
— Não acreditei quando te vi — ele diz, com seu jeito gay.
Eu abro mais meu sorriso para ele.
— Só porque não pertenço à nata da sociedade, não quer dizer que não posso frequentar lugares assim.
Ele sorri.
— Estou feliz em te ver.
— Eu também, o que tem feito?
Ele levanta a mão para o meu rosto e empurra um cabelo rebelde atrás da minha orelha. Hassan surge ao meu lado e, esticando seu braço, envolve minha cintura.
— Karina, mal posso te deixar sozinha, que gaviões te rodeiam.
Inspiro fundo e demoradamente.
— Hassan, por favor! — eu o olho suplicante.
— Você disse a esse cara que está acompanhada e que seu namorado é árabe e, portanto, não aceita esse tipo de intimidade? — Hassan me pergunta com seriedade na voz e depois olha hostil para ele.
Hassan para no meio do caminho e olha para mim.
— Não fique brava comigo…
Ele deixa a frase morrer no ar, para que eu preencha as lacunas, mas eu não digo nada. Ele então continua:
— Quando eu vi a intimidade com que ele te tocou, quase perdi a cabeça. Não posso mudar quem eu sou.
— Você espera que eu fique calma depois de agir como um homem das cavernas?
— O que esperava que eu fizesse?
— As coisas não são assim, Hassan. Tão preto no branco. Isso tem que mudar, mas também sei que você é assim devido ao seu passado, porém nem todas as mulheres são como Helena.
Hassan solta o ar.
— Por Allah! Não comece a me analisar. Eu me sinto como se estivesse na lâmina de um microscópio. Vem, vamos! O recital já irá começar.
Por um momento, permito-me a ilusão de que tudo ficará bem entre nós, e isso alivia meus conflitos.
Quando entro, passo pela grande porta, um arrepio percorre meu corpo. Estar em uma “ópera house” é uma experiência mágica. Há algo na energia desses lugares. Essas paredes testemunharam muitos artistas, há muita história para contar. Elas ressoam as vibrações de todos os atores que já estiveram ali antes.
Hassan me orientou a caminhar até o elevador para acessarmos os camarotes.
É claro que ficaríamos no melhor lugar da casa, não poderia ser diferente.
Logo ocupamos nossos lugares em assentos dourados de veludo vermelho, extremamente confortáveis. Junto com mais dois casais. Recebemos um binóculo potente para poder apreciar tudo mais de perto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
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Muito bom livro,leria de novo com certeza!...
Muito bom, amei....