O Egípcio romance Capítulo 57

Resumo de 57- Quer dizer que já fantasiou comigo, Senhor Hajid?!: O Egípcio

Resumo do capítulo 57- Quer dizer que já fantasiou comigo, Senhor Hajid?! de O Egípcio

Neste capítulo de destaque do romance Romance O Egípcio, Sandra Rummer apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Quando terminamos de comer, Hassan me convida:

— Vem, vamos até a sala.

Ele me ajuda com a cadeira, e o vejo fazer um sinal discreto para o garçom nos deixar. Meu coração se agita em antecipação. Hassan segura a minha mão e me leva para um sofá branco com desenhos em dourado, muito confortável.

Hassan olha para mim. Ele agora está bem quieto, pensativo… apreensivo, inclusive, tanto é que o nosso bom humor, de antes, se dissipou.

Ele então me encara e me diz calmamente:

— Aproximadamente cinco mil anos atrás, os egípcios foram conhecidos como os primeiros a trocarem os “anéis do amor”. Esses anéis eram feitos em couro ou tecido. Eles viam o anel como um círculo, um símbolo muito poderoso. Este círculo não possui nem início e nem fim e representa a vida eterna e o amor imortal. Eles faziam uma pequena abertura em seu centro que significava o portão para um mundo desconhecido. Os anéis até hoje são muito respeitados na minha cultura, acreditamos que os usar no quarto dedo é ideal, pois é o dedo que liga uma veia especial, que se conecta diretamente ao nosso coração, a veia “amoris”, ou veia do amor. E este foi um dos motivos que levaram a ser o dedo oficial para se usar a aliança de casamento.

Eu estou sem ar, ouço cada palavra de Hassan com o coração tão agitado, que a impressão que dá é que ele irá sair do meu peito. Hassan tira do bolso de seu paletó uma caixa de veludo negro. Ele então me olha com intensidade e pega a minha mão direita e a coloca entre as suas:

— Karina, ciente de que terá que ser fiel a mim, me amar, honrar e respeitar, sabendo que, da mesma forma, agirei assim com você. Você quer se casar comigo?

Eu pisco com as falas de Hassan.

— Hassan… eu quero me casar com você. Mas acho tão… — não consigo terminar a frase, não quero ofendê-lo.

— Precipitado?

— É… Não podemos esperar um pouco?

Hassan ofega.

— Eu te amo. Acho que isso é o suficiente para nos casarmos. Allah, essa promessa tá me consumido vivo e minha vida é transparente. Por que a dúvida?

Sim, ele é lindo de tantos modos diferentes. Não digo a aparência, seus olhos são transparentes, ele mostra tudo que tem, não sabe esconder. Hassan faz questão de ser ele mesmo, com todos os seus defeitos. Se eu me casar, não estarei enganada com ele.

— Sinto que você ainda não confia em mim. Nem sei se acredita que eu te amo.

Hassan ofega e diz com muito amor:

— Isso é com o tempo, Karina. Acredito que com a nossa convivência isso será resolvido. Acredito que a confiança vem com o tempo.

Agora é a minha vez de ofegar. Deve ser a coisa mais estúpida que farei na vida, e ainda assim parece ser a coisa mais acertada a se fazer.

Se não der certo, será a maior de todas as quedas, porque parece ser a maior de todas as emoções que já pude sentir. O modo como nossos corpos reagem um ao outro, a forma como me sinto conectada a ele, sem esforço algum, tudo isso parece tão natural e certo, que só posso pensar que o fim vai ser devastador.

Hassan me olha ansioso, tão ansioso, que parece que não aceitar sua proposta agora gerará mais inseguranças, pois sei que faz parte de sua cultura o casamento rápido. E eu nunca fui covarde. Não tenho medo de errar, tenho medo de não viver. Tenho medo de deixar a felicidade passar por mim e não a agarrar.

— Tudo bem, eu aceito.

Hassan abre um sorriso lindo, que ilumina todo o seu rosto.

Como não o amar, meu Deus?

Ele então me abraça, eu me afundo em seus braços, perdida em seus carinhos. Na leveza do seu toque, me sinto mais viva. Eu ofego enquanto me deleito brevemente na intensidade da grande atração que surge entre nós sempre que estamos juntos. O nosso beijo começa carinhoso, ele sempre faz isso de modo doce, está sempre me provando primeiro.

Tão paciente…

Tão gentil.

É seu outro lado, oposto de suas atitudes às vezes tão arrogantes.

— Quando fala filhos, você quis dizer quantos? Pois para mim no máximo dois.

— Dois? — ele repete, como se assimilasse a informação.

Hassan não gosta muito da informação, mas assente com aquele jeitão árabe.

— Dois, então.

Eu assinto com um sorriso, mais tranquila em relação a isso. Então brindamos. Eu bebo o meu champanhe e Hassan bebe o dele devagar, com aqueles olhos de predador sobre mim. Quando finalizamos a bebida, Hassan se levanta e, pegando a taça da minha mão, a leva até a mesa. Olha o relógio e depois vem em minha direção.

— Bem, é cedo ainda.

Ele se senta no sofá, e eu vou em cima dele, beijo seus lábios provocativamente. Depois o encaro.

— Dizem que a noite é uma criança.

— Muito arteira, por sinal… — ele diz, ofegante.

— Quero fazer amor com você — digo, olhando-o nos olhos.

Hassan me olha alucinado com o que acabo de dizer, e então ele me beija.

— Você não tem ideia do quanto eu te desejo, quanto imagino você sem impedimento em meus braços…

— Quer dizer que já fantasiou comigo, Senhor Hajid?!

— Sim…

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