O estrangeiro Capítulo 23

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Os dias se passaram e Charlie estava cada dia mais estranha e distante de mim, chegou ao ponto de eu e ela nem nos falarmos por um dia inteiro. Hoje, uma quarta-feira, eu havia prometido a ela que iria vê-la à noite, eu não deveria me importar tanto, mas no fundo eu queria saber o que se passava naquela pequena cabeça. Já estávamos no meio da semana, eu continuava estudando feito louco e isso me fazia andar poucas vezes pela casa. Eu já não tinha tempo para mais nada além de livros e mais livros. Talvez devesse ser por isso que ela estava estranha comigo.

Durante a semana, Ashley continuava investindo em mim, e eu cada dia mais estava ficando com mais ânsia. Ela sempre inventava alguma desculpa para ficar sozinha comigo ou passar a mão em minha parte íntima, eu estava prestes a estourar.

Quando cheguei em casa após o trabalho, não havia ninguém em casa, nem Charlie, nem Donna que sempre estava na cozinha. Jantei e fui para meu quarto, comecei a revisar matéria feito louco.

Meu tio e minha tia estavam quietos a semana toda, normalmente eles me ligavam todos os dias, mas eu já nem lembro quando falei com eles pela última vez, eu só vinha mantendo contato com o advogado que me deixava ciente de todas as coisas que estavam acontecendo por lá. Maya havia me desbloqueado, mas eu já não estava me importando tanto com isso.

Quando olhei no relógio já estava tarde, era hora de parar e descansar. Tomei uma ducha e tirei a barba que já estava grande, vesti uma camisa branca e minha calça moletom. Hoje eu veria ver ela, eu ficaria com ela, com a minha menina.

Saí de meu quarto e já era meia noite e caminhei até a porta de seu quarto, como prometido a porta estava entreaberta, ela estava deitada sobre sua cama. Eu entrei e fechei a porta atrás de mim, andei até ela e me deitei ao seu lado.

— Charlie... — digo despertando-a de seu sono.

Ela acorda e esfrega os olhos, assim que olha para mim eu sinto uma certa tristeza em seu olhar.

— Eu vim ver você, mas quer que eu vá embora para você dormir? — Pergunto.

— Não, não. Eu queria muito ver você. — Ela diz sussurrando.

Seu olhar estava estranho, parecia que estava escondendo algo.

Eu respirei fundo e ignorei, ela me abraçou e me beijou. Eu a segurei firme sentindo aquele perfume doce que exalava de seu corpo, levei minha mão até seu quadril e a trouxe para mais perto de mim, mas havia algo diferente nela, parecia me recusar. Desgrudei nossas bocas e a encarei por longos segundos, os olhos azuis desviavam dos meus a todo momento.

— O que está acontecendo com você? — Pergunto.

— Do que você está falando?

— Você sabe muito bem, Charlie. Essa cara de sínica não engana a mim.

Ela respira fundo e umedece seus lábios.

— Não está acontecendo nada!

Esta sim, você anda estranha a semana inteira.

Por que está tão preocupado? Não temos nada.

Ela vira seu rosto. Eu não estava acreditando naquilo, fitei o teto e respirei fundo pela trigésima vez, esse assunto de novo não.

Você vai voltar a esse assunto novamente? Pensei que tivéssemos nos acertado a respeito disso. — Digo e me levanto da cama, ela por sua vez fica de pé na mesma me acompanhando.

— Eu estou falando a verdade, Hunter. Não somos nem amigos.

— E o que você quer de mim, Charlie? — Pergunto.

Ela rapidamente se cala, e olha para baixo. Eu já tinha interpretado tudo.

Nada, venha. — Me puxou para perto de si. — Esqueça tudo que eu

me beijar, mas eu estava enfurecido. A tomei em meus braços novamente, mas dessa vez com mais brutalidade, ela gemeu fundo. A joguei em sua cama e tirei seu pijama, puxei sua calcinha e a suguei com agilidade. Ela se contorcia de prazer, enfiei um dedo em sua intimidade e fiz uma trilha de beijos em seu corpo até chegar em sua boca. Tirei minha boca da mesma para olhar sua cara, mas o que me chamou atenção foi a mancha vermelha que tinha em seu pescoço. Naquela hora meu sangue subiu, eu estava totalmente enciumado e bravo. Empurrei seu queixo para o lado, mesmo com ela fazendo o possível

O que é isso no seu pescoço? — Pergunto cerrando

Do-do que você está falando? — Imediatamente seus olhos encheram de

para a mesma que estava assustada e me sentei ao seu lado. Eu bufava para não surtar e perder a razão, eu queria discutir com ela, esses problemas eu nunca tive com Maya, é a primeira vez que sinto essa sensação horrível. Ela me olhava fixamente com os olhos cheios de lágrimas, levei minhas mãos até meu cabelo. Aquilo não era o fim do mundo, para que

não vou sair daqui fingindo que isso não me afetou. — Digo calmamente. — Vou dizer que realmente, nós só temos sexo, nada além do sexo, e se um dia eu pensei que tivesse algo há mais, peço que me desculpe, não irá mais acontecer. Nós confundimos tudo, isso não deveria ter

que você vai fazer? — Aproximou-se e segurou em

O que eu já deveria ter feito antes de envolver sentimentos... talvez, aqui. Você é jovem, Charlie, não a culpo por querer outros caras da mesma idade que você.