O estrangeiro Capítulo 60

Charlie dormia profundamente encima do meu peito enquanto eu observava o sol nascer pela janela de nosso quarto. Eu ainda não havia me acostumado com o fato de levarmos uma vida de cônjuge, mas também nunca pensei que fosse tão bom e tranquilo, não brigávamos por quase nada. Meu único medo era estar privando ela de tudo que um dia eu já vivi.
Olho seu rosto corado.
Ela era orgulhosa demais para admitir que sentia falta da mãe e que gostaria de viver tudo aquilo que os amigos estão vivendo.
Os dias depois que o culpado pelo assassinato de meus pais foi preso pareciam mais tranquilos, mesmo com minha tia ainda sem entender o porquê de seu marido ter assassinado o próprio irmão. Eu ainda não sabia o que fazer com todo o dinheiro que recebi em minha conta, provavelmente nunca tocaria naquele dinheiro sujo.
Levanto da cama para mais um dia, preparei um café forte e torradas, Bob — o nosso Golden retriever ainda filhote achado dentro de uma caixa — era meu companheiro enquanto Charlie dormia. Coloquei ração em sua vasilha, ele cheirou o pote e olhou para mim, eu sabia o que ele queria.
— Não posso dar pão a você, isso já virou um mal hábito, Bob. — Repreendo. Ele permanece olhando para a sacola de pães, pego um e divido ao meio — não conte a sua mãe!
Ele late e pega o pão da minha mão. Pego minha caneca de café de cima da bancada e sento a mesa, não demorou para Charlie aparecer na cozinha dando um nó em seu hobby.
— Deu pão a ele de novo? — Indagou ela.
— Você sabe como o Bob é, ele nunca para.
Ela sorrir e senta à minha frente.
— Vai trabalhar hoje? — Pergunto.
— Melissa pediu que eu ficasse até uma da tarde hoje.
— Num domingo?
Charlie joga sua cabeça para o lado.
— É meu trabalho, Hunter.
Me sentia culpado por vê-la se esforçando tanto a troco de nada, o dinheiro da livraria mal dava para comprar a ração do Bob, sabia que ela estava se esforçando, mas eu sempre pensava que não era necessário. Certa vez, isso gerou uma briga nossa e desde então não comentei sobre.
Charlie foi para o quarto se arrumar para o dia de trabalho, depois voltou vestida apropriadamente colocando um brinca na orelha.
— Não esqueça de levar o Bob para passear. — Disse.
Não pude conter, meus olhos percorreram seu corpo. Charlie tinha belas curvas e através daquela calça jeans apertada eu ficava hipnotizado.
— Tem batom no meu dente? — Ela pergunta e vai para frente do espelho na sala.
Vou atrás dela e a abraço por trás. Pude ver ela sorrindo pelo reflexo do espelho.
— Sei o que quer... — disse num tom manhoso.
— Sabe, é?
Aproximo meu nariz de seu pescoço.
— Sim, mas eu realmente tenho que ir...
Meu desejo por ela cresce à medida que sua respiração se torna mais ofegante. Roço meu membro em suas nádegas. Charlie arfa e apoia suas mãos no espelho. Passo minhas mãos por sua cintura e consigo alcançar os botões de sua calça, deslizo o zíper e abaixo a altura de seus joelhos. Observo sua nádega coberta apenas pela sua peça íntima, a pele pálida chamava meu nome. Dou um tapa no local. Charlie solta um gritinho.
— Ainda quer me deixar assim — passo meu membro ereto contra sua bunda —, completamente louco por você?
Deslizo sua calcinha até o meio de suas coxas. Meu corpo inteiro lajeava por ela. Umedeço meus dedos com saliva e passo em meu membro, em seguida adentrou Charlie sem piedade. Ambos gememos em uníssono. Seu interior se contorcia ao meu redor, o local já úmido me fazia querer explodir em pouco segundos, fora os gemidos matinais de Charlie ao meu ouvido.
Segurei firme em sua cintura, ela estava com o rosto grudado ao espelho, pude ver meu reflexo atrás dela, atrás da minha mulher. Minha mão percorreu sua costa e chega ao seu cabelo louro, puxo com delicadeza e a obrigo a me encarar. Na expressão de Charlie eu não pude me conter, me desfiz em suas costas.
Ainda ofegante, tirei minha camisa e limpei o líquido seminal.
— Você me fez atrasar... — murmurou ela subindo sua peça íntima de volta.
— Mas foi por uma boa causa.
sorrir e veste sua calça novamente.
— Sempre é por uma
Charlie arruma os fiapos soltos em seu cabelo.
— Não tem tanta importância assim. — Digo.
— Como assim? — Ela vira-se para mim.
— Caso for demitida pode achar outra coisa.
— Sabe que eu gosto de trabalhar na livraria.
— Não disse que não gosta só que... ah, esquece.
a cozinha, sinto os passos pesados de Charlie atrás de mim.
— Agora diga, Hunter.
tem importância, Charlie. Eu deixei escapulir.
Ela solta um sorriso nasal e respira fundo.
Apenas o seu trabalho é importante, não é? Senhor advogado. — Esbravejou antes de sair da cozinha pisando firme. Eu fui
Não foi isso que
É sempre o que deixa a entender, Hunter! — Falou de forma ríspida. — Estou cansada de você brincar com o
— Charlie...
Estou atrasada, por favor não estenda esse assunto caso não queira uma
que eu pudesse abrir a boca para dizer qualquer coisa ela saiu batendo a porta. Olho para o lado e Bob olhava para mim com a língua de fora. No fundo eu sabia que era mais sobre a situação do que
[...]
que Charlie saiu, a campainha toca. Talvez ela tivesse esquecido algo, seria meu momento de pedir desculpas. Abro a porta e a visita quase me fez cair para
Quanto tempo, Hunter. — Indagou ela com um meio
— Eu digo o mesmo, Donna.
a mãe da Charlie na minha sala após meses me causava uma sensação estranha. Ela estava no meu sofá, olhando ao redor como se precisasse se certificar de
Bato as mãos nas pernas.
chá ou café?
Não, não precisa. — Ela fixa seus olhos azuis nos meus. — Apartamento